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segunda-feira, 12 de março de 2012

APOLOGIA





Apologia



                                                         Pr. Airton Evangelista da Costa





O QUE DIZ o minidicionário Silveira Bueno sobre.  "Apologia: Discurso para justificar ou defender. Apologético: Que contém apologia. Apologista: Diz-se da pessoa que faz apologia. Apologizar: Fazer apologia de".

   Dicionário Teológico, Claudionor C. de Andrade – "Apologia: [Do gr. Apologia, defesa] Discurso, ou tratado, em defesa de alguma coisa, principalmente de caráter religioso. Constituindo-se numa subdivisão da teologia, exige-se da apologia cristã que seja argumentativa, lógica e sistemática. Sua missão: sair a campo para resguardar a integridade das verdades referentes a Deus e à fé. Em sua primeira epístola, exorta-nos Pedro a estarmos sempre preparados para apresentar aos incrédulos a razão de nossa fé (1 Pe 3.15). Se definirmos a apologia cristã de maneira ampla, veremos que ela jamais esteve separada da evangelização. Afinal, como diz Salomão, quem ganha almas sábio é: prima pela apologia da fé que uma vez por todas foi entregue aos santos".

   A Bíblia fala de "certo judeu chamado Apolo, natural de Alexandria, varão eloquente e poderoso nas Escrituras. Era instruído no caminho do Senhor, e, fervoroso de espírito, falava e ensinava diligentemente as coisas do Senhor. Com grande veemência convencia publicamente os judeus, mostrando pelas Escrituras que Jesus era o Cristo" (Atos 18.24,25, 28). Eloquência, veemência, ousadia, fervor e conhecimento são as principais virtudes de um apologista.

   O apóstolo Paulo exorta-nos a defender a fé cristã com ardor, em nenhum momento fazendo ouvidos moucos às vozes inimigas da cruz:

   "Toda a Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça. Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas [replicar, argumentar], repreendas, exortes [animar, advertir, aconselhar], com toda a longanimidade [firmeza de ânimo, bondade, coragem, intrepidez] e doutrina" (2 Tm 3.16; 4.1-2).

   "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de eu se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" (2 Tm 2.15). Vejam bem, não deve saber apenas manejar, mas "manejar bem".

   Para obter bons resultados, o esgrimista precisa conhecer a sua arma, seu comprimento, largura, peso, origem, potencialidade. O obreiro que se lança ao trabalho de apologista, de forma permanente ou aleatória, não pode entrar na arena sem conhecer as Escrituras, pelo menos os tópicos em discussão. Sem o devido preparo, corre o risco de jogar a toalha logo no primeiro round.

  O obreiro precisa conhecer a doutrina a ser refutada.  Os contradizentes não devem ser tratados como inimigos ferozes a quem devemos combater sem dó nem piedade. Não são nossos inimigos em potencial.  São pessoas que pensam diferente. Num debate, o respeito mútuo é indispensável.

      Conhecer a doutrina que se deseja contestar ajuda em muito o trabalho do apologista. O argumento xeque-mate poderá ser encontrado no próprio ensino contradizente.  Exemplo: O kardecismo diz que Satanás não existe. Logo, quem enganou Eva? Teria sido um espírito mau, um desencarnado? Não foi, pois a raça humana estava começando e não havia espíritos desencarnados. O ensino kardecista poderia objetar dizendo que já existiam almas pré-existentes, prontas para a encarnação. O problema é que o kardecismo também ensina que as almas foram criadas simples e ignorantes. Como poderiam ter a astúcia, o conhecimento, a ousadia e a sabedoria para se rebelarem contra o Criador?

   Outro exemplo. As Testemunhas de Jeová negam a divindade do Senhor Jesus, mas na interpretação particular que o grupo faz das Escrituras Ele aparece como "o Senhor e o Salvador". Observem o artigo definido "o".  Se Jeová também é "o Salvador", estamos diante de dois salvadores e, portanto, de dois deuses. No meu site há uma série de estudos em que levanto essas questões, sob o título "A Bíblia das Testemunhas de Jeová...".

  Devemos ter o cuidado para não generalizar. Por exemplo, dizer que espiritismo, as testemunhas-de-jeová e o catolicismo estão errados em tudo que fazem e ensinam. Nossas observações serão pontuais. Cada caso será examinado à luz da Bíblia.

   Os argumentos devem ser replicados ponto a ponto, linha por linha, versículo por versículo, assunto por assunto.

09.03.2008

Revisado em 10.03.2012

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