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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Apostila – Teologia Sistemática

Apostila de Teologia Sistemática.

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Evangelização: folhetos e testemunhos

Alguma vez você já se perguntou qual o resultado da distribuição de folhetos? O relato abaixo, do pastor Dave Smethurst, de Londres, responde a essa pergunta:

"É uma história extraordinária a que eu vou contar. Tudo começou a alguns anos em uma Igreja Batista que se reúne no Palácio de Cristal ao Sul de Londres. Estávamos chegando ao final do culto dominical quando um homem se levantou em uma das últimas fileiras de bancos, ergueu sua mão e perguntou: "Pastor, desculpe-me, mas será que eu poderia dar um rápido testemunho?" Olhei para meu relógio e concordei, dizendo: "Você tem três minutos!" O homem logo começou com sua história: "Mudei-me para cá há pouco tempo. Eu vivia em Sydney, na Austrália. Há alguns meses estive lá visitando alguns parentes e fui passear na Rua George. Ela se estende do bairro comercial de Sydney até a área residencial chamada Rock. Um homem baixinho, de aparência um pouco estranha, de cabelos brancos, saiu da entrada de uma loja, entregou-me um folheto e perguntou: `Desculpe, mas o senhor é salvo? Se morrer hoje à noite, o senhor irá para o céu?' – Fiquei perplexo com essas palavras, pois jamais alguém havia me perguntado uma coisa dessas. Agradeci polidamente pelo folheto, mas na viagem de volta para Londres eu me sentia bastante confuso com o episódio. Entrei em contato com um amigo que, graças a Deus, é cristão, e ele me conduziu a Cristo." Todos aplaudiram suas palavras e deram-lhe as boas-vindas, pois os batistas gostam de testemunhos desse tipo.

Uma semana depois, voei para Adelaide, no Sul da Austrália. Durante meus três dias de palestras em uma igreja batista local, uma mulher veio se aconselhar comigo. A primeira coisa que fiz foi perguntar sobre sua posição em relação a Jesus Cristo. Ela respondeu:

"Morei em Sydney por algum tempo, e há alguns meses voltei lá para visitar amigos. Estava na rua George fazendo compras quando um homenzinho de aparência curiosa, de cabelos brancos, saiu da entrada de uma loja e veio em minha direção, ofereceu-me um folheto e disse: `Desculpe, mas a senhora já é salva? Se morrer hoje, vai para o céu?' – Essas palavras me deixaram inquieta. De volta a Adelaide, procurei por um pastor de uma igreja que ficava perto de minha casa. Depois de conversarmos, ele me conduziu a Cristo. Assim, posso lhe dizer que agora sou crente".

Eu estava ficando muito admirado. Duas vezes, no prazo de apenas duas semanas, e em lugares tão distantes, eu ouvira o mesmo testemunho. Viajei para mais uma série de palestras na Mount Pleasant Church em Perth, no Oeste da Austrália. Quando concluí meu trabalho na cidade, um ancião da igreja me convidou para almoçar. Aproveitando a oportunidade, perguntei como ele tinha se tornado cristão. Ele explicou:

"Aos quinze anos vim a esta igreja, mas não tinha um relacionamento real com Jesus. Eu simplesmente participava das atividades, como todo mundo. Devido à minha capacidade para negócios e meu sucesso financeiro, minha influência na igreja foi aumentando. Há três anos fiz uma viagem de negócios a Sydney. Um homem pequeno, de aparência estranha, saiu da entrada de uma loja e me entregou um panfleto religioso – propaganda barata – e me fez a pergunta: `Desculpe, mas o senhor é salvo? Se morrer hoje, o senhor vai para o céu?' – Tentei explicar-lhe que eu era ancião de uma igreja batista, mas ele nem quis me ouvir. Durante todo o caminho de volta para casa, de Sydney a Perth, eu fervia de raiva. Esperando contar com a simpatia do meu pastor, contei-lhe a estranha história. Mas ele não concordou comigo de forma alguma. Há anos ele vinha me incomodando e dizendo que eu não tinha um relacionamento pessoal com Jesus, e tinha razão. Foi assim que, há três anos, meu pastor me conduziu a Cristo".

Voei de volta para Londres e logo depois falei na Assembléia Keswick no Lake-District. Lá relatei esses três testemunhos singulares. No final da série de conferências, quatro pastores idosos vieram à frente e contaram que eles também foram salvos, há 25-30 anos atrás, pela mesma pergunta e por um folheto entregue na rua George em Sydney, na Austrália.

Na semana seguinte viajei para uma igreja semelhante à de Keswick e falei a missionários no Caribe. Também lá contei os mesmos testemunhos. No final da minha palestra, três missionários vieram à frente e explicaram que há 15-25 anos atrás eles igualmente haviam sido salvos pela pergunta e pelo folheto do homenzinho da rua George na distante Austrália.

Minha próxima série de palestras me conduziu a Atlanta, na Geórgia (EUA). Fui até lá para falar num encontro de capelães da Marinha. Por três dias fiz palestras a mais de mil capelães de navios. No final, o capelão-mor me convidou para uma refeição. Aproveitando a oportunidade, perguntei como ele havia se tornado cristão.

"Foi um milagre. Eu era marinheiro em um navio de guerra no Pacífico Sul e vivia uma vida desprezível. Fazíamos manobras de treinamento naquela região e renovávamos nossos estoques de suprimentos no porto de Sydney. Ficamos totalmente largados. Em certa ocasião eu estava completamente embriagado e peguei o ônibus errado. Desci na rua George. Ao saltar do ônibus pensei que estava vendo um fantasma quando um homem apareceu na minha frente com um folheto na mão e perguntando: `Marinheiro, você está salvo? Se morrer hoje à noite, você vai para o céu?' – O temor de Deus tomou conta de mim imediatamente . Fiquei sóbrio de repente, corri de volta para o navio e fui procurar o capelão. Ele me levou a Cristo. Com sua orientação, logo comecei a me preparar para o ministério. Hoje tenho a responsabilidade sobre mais de mil capelães da Marinha, que procuram ganhar almas para Cristo".

Seis meses depois, viajei a uma conferência reunindo mais de cinco mil missionários no Nordeste da Índia. No final, o diretor da missão me levou para comer uma refeição simples em sua humilde e pequena casa. Também perguntei a ele como tinha deixado de ser hindu para tornar-se cristão.

"Cresci numa posição muito privilegiada. Viajei pelo mundo como representante diplomático da Índia. Sou muito feliz pelo perdão dos meus pecados, lavados pelo sangue de Cristo. Ficaria muito envergonhado se descobrissem tudo o que aprontei naquela época. Por um tempo, o serviço diplomático me conduziu a Sydney. Lá fiz algumas compras e estava levando pacotes com brinquedos e roupas para meus filhos. Eu descia a rua George quando um senhor bem-educado, grisalho e baixinho chegou perto de mim, entregou-me um folheto e me fez uma pergunta muito pessoal: `Desculpe-me, mas o senhor é salvo? Se morrer hoje, vai para o céu?' – Agradeci na hora, mas fiquei remoendo esse assunto dentro de mim. De volta a minha cidade, fui procurar um sacerdote hindu. Ele não conseguiu me ajudar mas me aconselhou a satisfazer a minha curiosidade junto a um missionário na Missão que ficava no fim da rua. Foi um bom conselho, pois nesse dia o missionário me conduziu a Cristo. Larguei o hinduísmo imediatamente e comecei a me preparar para o trabalho missionário. Saí do serviço diplomático e hoje, pela graça de Deus, tenho responsabilidade sobre todos esses missionários, que juntos já conduziram mais de 100.000 pessoas a Cristo".

Oito meses depois, fui pregar em Sydney. Perguntei ao pastor que me convidara se ele conhecia um homem pequeno, de cabelos brancos, que costumava distribuir folhetos na rua George. Ele confirmou: "Sim, eu o conheço, seu nome é Mr. Genor, mas não creio que ele ainda faça esse trabalho, pois já está bem velho e fraco". Dois dias depois fomos procurar por ele em sua pequena moradia. Batemos na porta, e um homenzinho pequeno, frágil e muito idoso nos saudou. Mr. Genor pediu que entrássemos e preparou um chá para nós. Ele estava tão debilitado e suas mãos tremiam tanto que continuamente derramava chá no pires. Contei-lhe todos os testemunhos que ouvira a seu respeito nos últimos três anos. As lágrimas começaram a rolar pela sua face, e então ele nos relatou sua história:

"Eu era marinheiro em um navio de guerra australiano. Vivia uma vida condenável. Durante uma crise entrei em colapso. Um dos meus colegas marinheiros, que eu havia incomodado muito, não me deixou sozinho nessa hora e ajudou a me levantar. Conduziu-me a Cristo, e minha vida mudou radicalmente de um dia para o outro. Fiquei tão grato a Deus que prometi dar um testemunho simples de Jesus a pelo menos dez pessoas por dia. Quando Deus restaurou as minhas forças, comecei a colocar meu plano em prática. Muitas vezes ficava doente e não conseguia cumprir minha promessa, mas assim que melhorava recuperava o tempo perdido. Depois que me aposentei, escolhi para meu propósito um lugar na rua George, onde centenas de pessoas cruzavam meu caminho diariamente. Algumas vezes as pessoas rejeitavam minha oferta, mas também havia as que recebiam meus folhetos com educação. Há quarenta anos faço isso, mas até o dia de hoje não tinha ouvido falar de ninguém que tivesse se voltado para Jesus através do meu trabalho".

Aqui vemos o que é verdadeira dedicação: demonstrar amor e gratidão a Jesus por quarenta anos sem saber de qualquer resultado positivo. Esse homem simples, pequeno e sem dons especiais deu testemunho de sua fé para mais de 150.000 pessoas. Penso que os frutos do trabalho de Mr. Genor que Deus mostrou ao pastor londrino sejam apenas uma fração da ponta do iceberg.

Só Deus sabe quantas pessoas mais foram ganhas para Cristo através desses folhetos e das palavras desse homem. Mr. Genor, que realizou um enorme trabalho nos campos missionários, faleceu duas semanas depois de nossa visita. Você pode imaginar o galardão que o esperava no céu? Duvido que sua foto tenha aparecido alguma vez em alguma revista cristã. Também duvido que alguém tenha visto uma reportagem ilustrada a seu respeito. Ninguém, a não ser um pequeno grupo de batistas de Sydney, conhecia Mr. Genor, mas eu asseguro que no céu seu nome é muito conhecido. O céu conhece Mr. Genor, e podemos imaginar vividamente a maravilhosa recepção que ele teve quando entrou por suas portas.

Extraído de www.worldmissions.com – Redação final: Werner Gitt. Publicado na revista Chamada da Meia-Noite.

Fonte: Blog ARSENAL DO CRENTE - http://arsenaldocrente.blogspot.com

A Finalidade da Cruz


                                                                                   por Dave Hunt

“Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim...” (Gl 2.19b-20).

A ilusão do "símbolo" do cristianismo
Os elementos anticristãos do mundo secular dariam tudo para conseguir eliminar manifestações públicas da cruz. Ainda assim, ela é vista no topo das torres de dezenas de milhares de igrejas, nas procissões, sendo freqüentemente feita de ouro e até ornada com pedras preciosas. A cruz, entretanto, é exibida mais como uma peça de bijuteria ao redor do pescoço ou pendurada numa orelha do que qualquer outra coisa. É preciso perguntarmos através de que tipo estranho de alquimia a rude cruz, manchada do sangue de Cristo, sobre a qual Ele sofreu e morreu pelos nossos pecados se tornou tão limpa, tão glamourizada.
Não importa como ela for exibida, seja até mesmo como joalheria ou como pichação, a cruz é universalmente reconhecida como símbolo do cristianismo – e é aí que reside o grave problema. A própria cruz, em lugar do que nela aconteceu há 19 séculos, se tornou o centro da atenção, resultando em vários erros graves. O próprio formato, embora concebido por pagãos cruéis para punir criminosos, tem se tornado sacro e misteriosamente imbuído de propriedades mágicas, alimentando a ilusão de que a própria exibição da cruz, de alguma forma, garante proteção divina. Milhões, por superstição, levam uma cruz pendurada ao pescoço ou a tem em suas casas, ou fazem "o sinal da cruz" para repelir o mal e afugentar demônios. Os demônios temem a Cristo, não uma cruz; e qualquer um que não foi crucificado juntamente com Ele, exibe a cruz em vão.

A "palavra da cruz": poder de Deus
Paulo afirmou que a “palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus” (1 Co 1.18). Assim sendo, o poder da cruz não reside na sua exibição, mas sim na sua pregação; e essa mensagem nada tem a ver com o formato peculiar da cruz, e sim com a morte de Cristo sobre ela, como declara o evangelho. O evangelho é “o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16), e não para aqueles que usam ou exibem, ou até fazem o sinal da cruz.
O que é esse evangelho que salva? Paulo afirma explicitamente: “venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei... por ele também sois salvos... que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Co 15.1-4). Para muitos, choca o fato do evangelho não incluir a menção de uma cruz. Por quê? Porque a cruz não era essencial à nossa salvação. Cristo tinha que ser crucificado para cumprir a profecia relacionada à forma de morte do Messias (Sl 22), não porque a cruz em si tinha alguma ligação com nossa redenção. O imprescindível era o derramamento do sangue de Cristo em Sua morte como prenunciado nos sacrifícios do Antigo Testamento, pois "sem derramamento de sangue não há remissão" (Hb 9.22); “é o sangue que fará expiação em virtude da vida” (Lv 17.11).
Não dizemos isso para afirmar que a cruz em si é insignificante. O fato de Cristo ter sido pregado numa cruz revela a horripilante intensidade da maldade inata ao coração de cada ser humano. Ser pregado despido numa cruz e ser exibido publicamente, morrer lentamente entre zombarias e escárnios, era a morte mais torturantemente dolorosa e humilhante que poderia ser imaginada. E foi exatamente isso que o insignificante ser humano fez ao seu Criador! Nós precisamos cair com o rosto em terra, tomados de horror, em profundo arrependimento, dominados pela vergonha, pois não foram somente a turba sedenta de sangue e os soldados zombeteiros que O pregaram à cruz, mas sim nossos pecados!

A cruz revela a malignidade do homem e o amor de Deus
Assim sendo, a cruz revela, pela eternidade adentro, a terrível verdade de que, abaixo da bonita fachada de cultura e educação, o coração humano é “enganoso... mais do que todas as cousas, e desesperadamente corrupto” (Jr 17.9), capaz de executar o mal muito além de nossa compreensão, até mesmo contra o Deus que o criou e amou, e que pacientemente o supre. Será que alguém duvida da corrupção, da maldade de seu próprio coração? Que tal pessoa olhe para a cruz e recue dando uma reviravolta, a partir de seu ser mais interior! Não é à toa que o humanista orgulhoso odeia a cruz!
Ao mesmo tempo que a cruz revela a malignidade do coração humano, entretanto, ela revela a bondade, a misericórdia e o amor de Deus de uma maneira que nenhuma outra coisa seria capaz. Em contraste com esse mal indescritível, com esse ódio diabólico a Ele dirigido, o Senhor da glória, que poderia destruir a terra e tudo o que nela há com uma simples palavra, permitiu-se ser zombado, injuriado, açoitado e pregado àquela cruz! Cristo “a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz” (Fp 2.8). Enquanto o homem fazia o pior, Deus respondia com amor, não apenas Se entregando a Seus carrascos, mas carregando nossos pecados e recebendo o castigo que nós justamente merecíamos.

A cruz prova que existe perdão para o pior dos pecados
Existe, ainda, um outro sério problema com o símbolo, e especialmente o crucifixo católico que exibe um Cristo perpetuamente pendurado na cruz, assim como o faz a missa. A ênfase está sobre o sofrimento físico de Cristo como se isso tivesse pago os nossos pecados. Pelo contrário, isso foi o que o homem fez a Ele e só podia nos condenar a todos. Nossa redenção aconteceu através do fato de que Ele foi ferido por Jeová e “sua alma [foi dada] como oferta pelo pecado” (Is 53.10); Deus fez “cair sobre ele a iniqüidade de nós todos” (Is 53.6); e “carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados” (1 Pe 2.24).
A morte de Cristo é uma evidência irrefutável de que Deus precisa, em Sua justiça, punir o pecado, que a penalidade precisa ser paga, caso contrário não pode haver perdão. O fato de que o Filho de Deus teve que suportar a cruz, mesmo depois de ter clamado a Seu Pai ao contemplar em agonia o carregar de nossos pecados [“Se possível, passe de mim este cálice!” (Mt 26.39)], é prova de que não havia outra forma de o ser humano ser redimido. Quando Cristo, o perfeito homem, sem pecado e amado de Seu Pai, tomou nosso lugar, o juízo de Deus caiu sobre Ele em toda sua fúria. Qual deve ser, então, o juízo sobre os que rejeitam a Cristo e se recusam a receber o perdão oferecido por Ele! Precisamos preveni-los!
Ao mesmo tempo e no mesmo fôlego que fazemos soar o alarme quanto ao julgamento que está por vir, precisamos também proclamar as boas notícias de que a redenção já foi providenciada e que o perdão de Deus é oferecido ao mais vil dos pecadores. Nada mais perverso poderia ser concebido do que crucificar o próprio Deus! E ainda assim, foi estando na cruz que Cristo, em seu infinito amor e misericórdia, orou: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34). Assim sendo, a cruz também prova que existe perdão para o pior dos pecados, e para o pior dos pecadores.

Cuidado: não anule a cruz de Cristo!
A grande maioria da humanidade, entretanto, tragicamente rejeita a Cristo. E é aqui que enfrentamos outro perigo: é que em nosso sincero desejo de vermos almas salvas, acabamos adaptando a mensagem da cruz para evitar ofender o mundo. Paulo nos alertou para tomarmos cuidado no sentido de não pregar a cruz “com sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de Cristo” (1 Co 1.17). Muitos pensam: “É claro que o evangelho pode ser apresentado de uma forma nova, mais atraente do que o fizeram os pregadores de antigamente. Quem sabe, as técnicas modernas de embalagem e vendas poderiam ser usadas para vestir a cruz numa música ou num ritmo, ou numa apresentação atraente assim como o mundo comumente faz, de forma a dar ao evangelho uma nova relevância ou, pelo menos, um sentido de familiaridade. Quem sabe poder-se-ia lançar mão da psicologia, também, para que a abordagem fosse mais positiva. Não confrontemos pecadores com seu pecado e com o lado sombrio da condenação do juízo vindouro, mas expliquemos a eles que o comportamento deles não é, na verdade, culpa deles tanto quanto é resultante dos abusos dos quais eles têm sido vitimados. Não somos todos nós vítimas? E Cristo não teria vindo para nos resgatar desse ato de sermos vitimados e de nossa baixa perspectiva de nós mesmos e para restaurar nossa auto-estima e auto-confiança? Mescle a cruz com psicologia e o mundo abrirá um caminho para nossas igrejas, enchendo-as de membros!” Assim é o neo-evangelicalismo de nossos dias.
Ao confrontar tal perversão, A. W. Tozer escreveu: “Se enxergo corretamente, a cruz do evangelicalismo popular não é a mesma cruz que a do Novo Testamento. É, sim, um ornamento novo e chamativo a ser pendurado no colo de um cristianismo seguro de si e carnal... a velha cruz matou todos os homens; a nova cruz os entretêm. A velha cruz condenou; a nova cruz diverte.. A velha cruz destruiu a confiança na carne; a nova cruz promove a confiança na carne... A carne, sorridente e confiante, prega e canta a respeito da cruz; perante a cruz ela se curva e para a cruz ela aponta através de um melodrama cuidadosamente encenado – mas sobre a cruz ela não haverá de morrer, e teimosamente se recusa a carregar a reprovação da cruz”.

A cruz é o lugar onde nós morremos em Cristo
Eis o “x” da questão. O evangelho foi concebido para fazer com o eu aquilo que a cruz fazia com aqueles que nela eram postos: matar completamente. Essa é a boa notícia na qual Paulo exultava: “Estou crucificado com Cristo”. A cruz não é uma saída de incêndio pela qual escapamos do inferno para o céu, mas é um lugar onde nós morremos em Cristo. É só então que podemos experimentar “o poder da sua ressurreição” (Fp 3.10), pois apenas mortos podem ser ressuscitados. Que alegria isso traz para aqueles que há tempo anelam escapar do mal de seus próprios corações e vidas; e que fanatismo isso aparenta ser para aqueles que desejam se apegar ao eu e que, portanto, pregam o evangelho que Tozer chamou de “nova cruz”.
Paulo declarou que, em Cristo, o crente está crucificado para o mundo e o mundo para ele (Gl 6.14). É linguagem bem forte! Este mundo odiou e crucificou o Senhor a quem nós amamos – e, através desse ato, crucificou a nós também. Nós assumimos uma posição com Cristo. Que o mundo faça conosco o que fez com Ele, se assim quiser, mas fato é que jamais nos associaremos ao mundo em suas concupiscências e ambições egoístas, em seus padrões perversos, em sua determinação orgulhosa de construir uma utopia sem Deus e em seu desprezo pela eternidade.
Crer em Cristo pressupõe admitir que a morte que Ele suportou em nosso lugar era exatamente o que merecíamos. Quando Cristo morreu, portanto, nós morremos nEle: “...julgando nós isto: um morreu por todos, logo todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2 Co 5.14-15).
“Mas eu não estou morto”, é a reação veemente. “O eu ainda está bem vivo”. Paulo também reconheceu isso: “...não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço” (Rm 7.19). Então, o que é que “estou crucificado com Cristo” realmente significa na vida diária? Não significa que estamos automaticamente “mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus” (Rm 6.11). Ainda possuímos uma vontade e ainda temos escolhas a fazer.

O poder sobre o pecado
Então, qual é o poder que o cristão tem sobre o pecado que o budista ou o bom moralista não possui? Primeiramente, temos paz com Deus “pelo sangue da sua cruz” (Cl 1.20). A penalidade foi paga por completo; assim sendo, nós não tentamos mais viver uma vida reta por causa do medo de, de outra sorte, sermos condenados, mas sim por amor Àquele que nos salvou. “Nós amamos porque ele nos amou primeiro” (1 Jo 4.19); e o amor leva quem ama a agradar o Amado, não importa o preço. “Se alguém me ama, guardará a minha palavra” (Jo 14.23), disse o nosso Senhor. Quanto mais contemplamos a cruz e meditamos acerca do preço que nosso Senhor pagou por nossa redenção, mais haveremos de amá-lO; e quanto mais O amarmos, mais desejaremos agradá-lO.
Em segundo lugar, ao invés de “dar duro” para vencer o pecado, aceitamos pela fé que morremos em Cristo. Homens mortos não podem ser tentados. Nossa fé não está colocada em nossa capacidade de agirmos como pessoas crucificadas mas sim no fato de que Cristo foi crucificado de uma vez por todas, em pagamento completo por nossos pecados.
Em terceiro lugar, depois de declarar que estava “crucificado com Cristo”, Paulo acrescentou:  “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2.20). O justo “viverá por fé” (Rm 1.17; Gl 3.11; Hb 10.38) em Cristo; mas o não-crente só pode colocar sua fé em si mesmo ou em algum programa de auto-ajuda, ou ainda num guru desses bem esquisitos.

A missa: negação da suficiência da obra de Cristo na cruz
Tristemente, a fé católica não está posta na redenção realizada por Cristo de uma vez para sempre na cruz, mas na missa, que, alegadamente, é o mesmo sacrifício como o que foi feito na cruz, e confere perdão e nova vida cada vez que é repetida. Reivindica-se que o sacerdote transforma a hóstia e o vinho no corpo literal e no sangue literal de Cristo, fazendo com que o sacrifício de Cristo esteja perpetuamente presente. Mas não há como trazer um evento passado ao presente. Além do mais, se o evento passado cumpriu seu propósito, não há motivo para querer perpetuá-lo no presente, mesmo que pudesse ser feito. Se um benfeitor, por exemplo, paga ao credor uma dívida que alguém tem, a dívida sumiu para sempre. Seria sem sentido falar-se em reapresentá-la ou reordená-la ou perpetuar seu pagamento no presente. Poder-se-ia lembrar com gratidão que o pagamento já foi feito, mas a reapresentação da dívida não teria valor ou sentido uma vez que já não existe dívida a ser paga.
Quando Cristo morreu, Ele exclamou em triunfo: “Está consumado” (Jo 19.30), usando uma expressão que, no grego, significa que a dívida havia sido quitada totalmente. Entretanto, o novo Catecismo da Igreja Católica diz: “Como sacrifício, a Eucaristia é oferecida como reparação pelos pecados dos vivos e dos mortos, e para obter benefícios espirituais e temporais de Deus” (parágrafo 1414, p. 356). Isso equivale a continuar a pagar prestações de uma dívida que já foi plenamente quitada. A missa é uma negação da suficiência do pagamento que Cristo fez pelo pecado sobre a cruz! O católico vive na incerteza de quantas missas ainda serão necessárias para fazê-lo chegar ao céu.

Segurança para o presente e para toda a eternidade
Muitos protestantes vivem em incerteza semelhante, com medo de que tudo será perdido se eles falharem em viver uma vida suficientemente boa, ou se perderem sua fé, ou se voltarem as costas a Cristo. Existe uma finalidade abençoada da cruz que nos livra dessa insegurança. Cristo jamais precisará ser novamente crucificado; nem os que “foram crucificados com Cristo” ser “descrucificados” e aí “recrucificados”! Paulo declarou: “porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus” (Cl 3.3). Que segurança para o presente e para toda a eternidade!

SEJA UM PREGADOR DA PALAVRA

O slogan da empresa Oi é a seguinte: “Seja um ligador”. Ligador é a pessoa que fará várias ligações para quem quer seja. Esta é para os pregadores voluntários do Senhor Jesus a oportunidade de pregar a mensagem redentora para amigos e familiares e os que possuem amor a Sua Causa.
O pregador deve gastar tempo com o Senhor a sós sempre orando, ou em conjunto com outros irmãos a fim de sentir a comunhão plena. Gastar tempo junto de Deus.
Ser um pregador é a tarefa de semelhante ao carpinteiro. O carpinteiro utiliza do martelo e dos pregos. Ele usa a sua ferramenta e martela o prego. O prego ao entrar causa uma ferida e as feridas depois de bem ajustadas proporciona o móvel desejado.
O pregador leva uma mensagem que fere o home, porém, deve e com certeza trazer um grande benefício. Ele saberá usar bem seus instrumentos de trabalho. Ele deverá ser um estudioso da Bíblia. Conhecê-la em profundidade e paciência.
Ele fere, porém, o Senhor lhe dá em tamanha proporção a bálsamo para sarar suas feridas. Pois vale como diz o sábio: “A repreensão aberta do que o amor encoberto”.
O pregador não pode perder a oportunidade de falar aos seus contemporâneos de dia ou de noite. Conta-se que o ilustre evangelista D.L. Moody não ia para casa enquanto não falasse para alguém a respeito do Senhor Jesus.
O pregador precisa ter amor às almas. Elas são como peixes que estão no Mar. O pregador precisa ir atrás para que as alcance e este mister caberá a todos que foram chamados pelo Senhor para exercer este Ministério.
O pregador não busca o seu sustento do produto de seu trabalho. Jamais isso pode ser a tônica de um evangelista. Porque que cuida de seus enviados é o Senhor da Igreja.
Saiba dileto pregador! Que sua mensagem não será aceita por todos. Lembre-se que Jesus foi rejeitado primeiro, rejeitaram os seus profetas. No entanto, não perca o foco de falar incessantemente da graça Redentora.
O pregador necessita ser incansável tal qual o Seu Mestre. Leva a Boa Notícia aos que estão á beira da condenação. Quem precisa de socorro ou de ajuda? Geralmente são os necessitados. Quem precisa de médico ou do enfermeiro? Por conseguinte é o doente.
O pregador deverá tratar as almas como pessoas dignas de compaixão e de misericórdia. Seria um papel de Esperança e recuperação. O papel fundamental é resgatar. O doente já mais quer ser tratado, entretanto, a ação médica deva ser urgente para salvar a vida.
Assim tratará o pregador de levar a cura, a mensagem salvadora e de compaixão às almas cujas vidas necessitam de libertação e transformação.
Portanto, seja um pregador, conforme o coração de Deus. Aquele que anseia ver o Reino dos Céus expresso em muitos corações. Enfim, seja um Pregador Sincero da Palavra de Deus. Pense nisso. Fonte: Elcio Cunha

O homem tem uma costela a menos do que a mulher?"

É esta uma pergunta (e às vezes até uma afirmação precipitada!) feita por pessoas sinceras que desejam saber se aquela operação cirúrgica teve efeitos permanentes em toda a descendência masculina de Adão. Mas também é uma pergunta feita muitas vezes com o propósito de menosprezar o texto bíblico, dando a entender que a Bíblia declara (em algum lugar não definido) que todos os homens têm uma costela a menos que as mulheres! Em primeiro lugar, deve ser dito que não existe nenhum texto bíblico que faça qualquer menção ao suposto fato de a descendência masculina de Adão possuir uma costela a menos, ou a sua descendência feminina possuir uma costela a mais. Todos os seres humanos, quer sejam homens, quer sejam mulheres, têm 12 pares de costelas, a não ser que se verifique alguma anomalia genética que altere esse número, o que poderia acontecer indistintamente tanto no homem quanto na mulher. Anomalias desse tipo são observadas às vezes também em outros caracteres externos, tanto no homem quanto na mulher, podendo ser facilmente observadas. (É o caso, por exemplo, da chamada "hexadactilia", ou seja, do nascimento de pessoas com seis dedos, sejam nas mãos, sejam nos pés). Os primeiros sete pares de costelas são ligados diretamente ao esterno mediante cartilagens, e são chamados de "costelas verdadeiras". Os três pares seguintes não se ligam ao esterno, mas sim à sétima costela, também mediante cartilagens, e são chamadas de "costelas falsas". Os dois últimos pares ficam apenas nas partes laterais do tórax, não chegando à parte frontal; suas extremidades ficam flutuando, pelo que são chamadas de "costelas flutuantes". Em segundo lugar, a manutenção do padrão construtivo de todos os órgãos e sistemas do corpo humano, no decorrer das gerações, é uma das maravilhas do seu projeto, o que indica a existência de planejamento e propósito, bem como sabedoria infinitamente superior, e poder além de toda a nossa compreensão! Mesmo que algum acidente eventual acarrete a perda, por exemplo, de um dedo, os descendentes do acidentado nascerão com o número completo de dedos. Tórax e costelas 1 a 7 - costelas verdadeiras 8 a 10 - costelas falsas 11 e 12 - costelas flutuantes 13 a 15 - esterno 13 - punho 14 - corpo 15 - apêndice xifóide 16 - 1a vértebra dorsal 17 - 12a vértebra dorsal Caracteres adquiridos não se transmitem aos descendentes - é esta uma importante lei da Biologia, muitas vezes esquecida pelos defensores mais ardorosos da filosofia da Evolução, os quais, para defendê-la, chegam até a deixar de lado as evidências dos fatos observados. É conhecido, por exemplo, o caso de criadores de certas raças de cães, que durante séculos têm cortado a sua cauda, e apesar disto toda a sua descendência, nas sucessivas gerações, até hoje, continuou a nascer com cauda, como os seus antepassados. Extraído do site: natureza viva

Santo Daime

O Santo Daime é Cristão?
                          Pr. Airton Evangelista da Costa
Nas matérias pesquisadas, como a seguir, ensina-se que o culto do Santo Daime é uma prática religiosa cristã; que houve um casamento desse grupo com o Cristianismo. Isso é verdade? Não, não é verdade.  O fato de possuir ícones cristãos e cantar hinos de louvor a Jesus e a santos falecidos não garante aos seus seguidores estreita vinculação com o Cristianismo. Não pode ter havido – e não houve – um “casamento” com o Cristianismo. Casamento implica uma aceitação mútua. Se tivesse havido uma perfeita sintonia da doutrina do Santo Daime com a doutrina bíblica do Cristianismo, todos os cristãos estariam “expandindo suas consciências” e aumentando sua percepção para, por esse meio, receber o Espírito Santo. Para ser cristão, o Santo Daime deverá adaptar suas doutrinas e rituais às doutrinas cristãs.
      O Cristianismo não é pluralista. É verdade que pode acolher pessoas das mais variadas crenças, mas com a finalidade de fazê-las conhecer a Verdade que é nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. O Cristianismo é único e exclusivo. Por exemplo, cristãos e espíritas podem participar – e é possível que participem – do Santo Daime.  Essa participação não significa dizer que o Santo Daime seja cristão ou espírita. Pode ter alguns traços do Espiritismo e do Cristianismo. Somente.
     Ingerir um alucinógeno para entrar em contato direto com a divindade é prática totalmente contrária aos princípios e doutrinas do Cristianismo. A Bíblia diz que não devemos nos embriagar com vinho [com drogas, com alucinógenos]; devemos ser cheios do Espírito (Ef 5.18). O Apóstolo Paulo colocou a embriaguez e o Espírito em posições opostas e irreconciliáveis. São linhas que não se cruzam. O contato que o cristão tem com a divindade (Pai, Filho e Espírito) é através da oração e da leitura da Palavra (2 Cr 7.14; Mt 6.6).  Não há nenhuma necessidade de passarmos por experiências de expansão da mente, de alteração de nosso consciente. Na primeira epístola a Timóteo, o Apóstolo dar mais ênfase à proibição de bebida embriagante: O bispo não deve ser “dado ao vinho” (3.3). Os que estavam reunidos no dia de Pentecostes, quando sobre eles desceu o Espírito Santo, não estavam bêbados; não tomaram qualquer tipo de droga. Disse Pedro: “Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo a terceira hora do dia” (Atos 2.15).
     Todas as pessoas convertidas ao Cristianismo pela fé em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, mediante sincero arrependimento, recebe o Espírito Santo.
    Nada tenho contra os seguidores do Santo Daime ou de qualquer outra crença. Mas é bom que fiquem estabelecidas as diferenças.
Vejamos as matérias:
Saiba mais sobre o Santo Daime,         
a religião que nasceu na floresta 
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/2001-religiao-santo_daime.shtml

RICARDO FELTRIN 
Editor de Cotidiano da Folha Online  

O doutrina do Santo Daime começou na floresta amazônica no início do século 20. O pioneiro foi Raimundo Irineu Serra, descendente de escravos, que trabalhou como demarcador de terras brasileiras na região.

Serra, que ficaria conhecido como o Mestre Irineu, recebeu a revelação da doutrina, que é eminentemente cristã. Irineu afirmava ter recebido a "iluminação" numa aparição de Nossa Senhora da Conceição em plena floresta. A aparição foi na região de Basiléia, no Acre.         

Ninguém sabe ao certo quem foi o primeiro povo a preparar e a beber o daime de forma ritualística. Há registro de seu uso por tribos indígenas da Venezuela, bem como de povos antigos do México pré-colombiano, como os toltecas.       

Diferentemente desses povos, o daime "casou" com o cristianismo no Brasil. Toda a doutrina e a maioria absoluta de seus hinos faz referências a ícones cristãos, como Jesus, Nossa Senhora e José. Sempre antes e depois do ritual é rezado Pai-Nosso, Ave Maria e Salve Rainha, entre outras orações.      

Como é feito o daime        

O daime é feito a partir da mistura de duas plantas, o cipó conhecido como jagube (banesteriopsis caapi) e a folha de chacrona (psicotrya viridis), também conhecida como rainha.      
O preparo da bebida também obedece a uma ordem ritualística: só os homens podem manipular o cipó, e só as mulheres tocam as folhas; são cantados hinos durante todo o feitio (preparo). 

O preparo de uma "carga" de daime, que depois será consumida por fiéis de várias igrejas do país, pode durar semanas ou até mesmo mais de um mês. E não pára porque há turnos de fiéis.      

Apesar de ter seu cultivo, preparo e uso garantidos pela Constituição Federal, o daime ainda é considerado uma droga psicoativa (ou alucinógena).

Contato com o espírito      

Os adeptos da doutrina, no entanto, afirmam que a bebida tem propriedades enteógenas (que expandem a consciência). Uma das teses é que o daime possibilitaria ao ser humano ter contato direto com o Espírito Santo.

A idéia é que a maioria das pessoas está "entupida" demais com as preocupações cotidianas e materiais para ter uma experiência direta com o espírito.    

O daime abriria essa porta, mas muitas vezes, um preço deve ser pago. É comum que pessoas, mesmo as mais experientes, vomitem ou tenham fortes diarréias durante os rituais que podem se estender por até 14 ou 15 horas. Também é comum adeptos terem crises de choro ou mesmo de riso.        

Essas reações seriam apenas decorrências da "limpeza" que deve ser feita antes de o fiel entrar em contato com outras dimensões.     

A diferença entre o daime e outras religiões é que, nele, o mestre é algo relativizado: o mestre, propriamente dito, é a bebida, e é em torno dela que a "evolução" do discípulo acontece.   

A experiência de alguém com o daime pode até ser descrita em palavras, mas é difícil transportar para a escrita as sensações e visões que ele proporciona.
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Santo Daime
Seita que utiliza em suas cerimônias um chá alucinógeno de mesmo nome, feito da mistura de um cipó chamado jagube com uma folha denominada rainha, ambos da Amazônia. Fundada no Acre em 1938 por Irineu Serra, integrante das expedições do Marechal Rondon, popularizou-se no Rio de Janeiro na década de 1980, e suscitou polêmica sobre os efeitos provocados pelo consumo de sua bebida.
©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
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A DOUTRINA DO SANTO DAIME
www.xamanismo.com.br/download/A%20DOUTRINA%20DO%20SANTO%20DAIME.
“O movimento religioso do Santo Daime, começou no interior da Floresta Amazônica, nas primeiras décadas do século XX, com o neto de escravos Raimundo Irineu Serra, natural do Maranhão. Ao Mestre Irineu, como passaria mais tarde à história, foi revelada uma doutrina de cunho cristão e eclético, reunindo tradições católicas, espíritas, esotéricas, caboclas e indígenas em torno do uso ritual do milenar chá conhecido pelos povos íncas como ayauasca (vinho das almas) e por ele denominado Santo Daime. De uso bastante difundido entre povos indígenas da Amazônia Ocidental, a bebida é obtida pelo cozimento de duas plantas nativas da floresta tropical, o cipó Jagube (banisteriopsis caapi) e a folha rainha (psicotria viridis)”.
“Tem propriedades enteogênicas, isto é, produz uma expansão de consciência responsável pela experiência de contato com a divindade, através do encontro interior com o nosso Eu Verdadeiro”.
“O Mestre Irineu recebeu os ensinos diretamente de Nossa Senhora Da Conceição, que lhe apareceu numa das primeiras vezes que tomou a bebida na região de Brasiléia, Acre. Pouco depois, a Amazônia conheceu outros homens que, através da sabedoria revelada por estas “Plantas Professoras”, criaram escolas e linhas espirituais ligadas às tradições ayuasqueiras. Tal como nos legou o Mestre Irineu, a doutrina traz uma nova ênfase nos ensinos cristãos e uma nova leitura dos Evangelhos à luz do sacramento enteogênico, para afirmar, nos tempos de hoje, os mesmos princípios de Amor, Caridade e Fraternidade”.
“O seringueiro e construtor de canoas Sebastião Mota de Melo, natural de Eurinepé, Amazonas, foi um homem simples de sólida convicção espírita e trabalhador incansável. Discípulo do Mestre Irineu, dele recebeu o dom de trabalhar com o Santo Daime. Reuniu em torno de si centenas de adeptos - não por proselitismo, mas de forma natural, como resultado da amizade e do respeito que ele conquistou, ao atender a todos que o procuravam em busca de um conforto para os males da alma e do corpo. Há cerca de 15 anos retirou-se dos arredores do Rio Branco, Acre, onde havia fundado a comunidade religiosa conhecida como Colônia Cinco Mil, e levou parte de seu povo para uma área virgem no interior da floresta, denominada Rio do Ouro, onde trabalhavam a seringa e construíam casas, desenvolvendo também atividades agrícolas. Dois anos depois fundou o assentamento que se transformaria na atual Vila Céu do Mapiá, no município de Pauini, Amazonas”.
......
“O uso do Santo Daime como sacramento enteogênico em um trabalho espiritual de auto-conhecimento obedece a regras rituais recebidas por inspiração divina pelo Mestre Irineu e pelo Padrinho Sebastião. Não há uso indiscriminado, pois como um sacramento, a bebida é somente distribuída em datas que obedecem ao calendário religioso anual e dentro das regras preestabelecidas”.
........
“A Doutrina do Santo Daime é uma prática religiosa cristã, ecumênica, que repudia toda forma de fanatismo, sectarismo, racismo e intolerância religiosa. Através de suas condutas os seguidores têm provado que a ingestão ritualística do Santo Daime no contexto religioso, ao lado da prática social decorrente da doutrina, amplia nossa capacidade perceptiva, criativa, cognitiva e de discernimento, além de ajudar a assumir nossas responsabilidades pessoais e coletivas. Constitui-se, portanto, em um agente profilático e terapêutico a serviço da elevação da consciência do ser humano”.
www.palavradaverdade.com

Nascimento de Jesus Cristo

Jesus não nasceu em 25 de dezembro
Tipo: 12. Batalha Espiritual / Autor: Pr. Carlo Ribas

Para que você possa saber, segundo a Bíblia, que Jesus Cristo nasceu em setembro, vamos aos fatos:

Jesus Cristo nasceu na festa dos Tabernáculos, a qual acontecia a cada ano, no final do 7º mês (Iterem) do calendário judaico, que corresponde ao mês de setembro do nosso calendário. A festa dos Tabernáculos (ou das Cabanas) significava Deus habitando com o Seu povo. Foi instituída por Deus como memorial, para que o povo de Israel se lembrasse dos dias de peregrinação pelo deserto, dias em que o Senhor habitou no Tabernáculo no meio de Seu povo (Lev 23:39-44; Nee 8:13-18 ).

Em João 1:14 ("E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.") vemos que o Verbo (Cristo) habitou entre nós. Esta palavra no grego é skenoo = tabernáculo. Devemos ler "E o Verbo se fez carne, e TABERNACULOU entre nós, e...". A festa dos Tabernáculos cumpriu-se em Jesus Cristo, o Emanuel (Isa 7:14) que significa "Deus conosco". Em Cristo se cumpriu não apenas a festa dos Tabernáculos, mas também a festa da Páscoa, na Sua morte (Mat. 26:2; 1Cor 5:7), e a festa do Pentecostes, quando Cristo imergiu dentro do Espírito Santo a todos os que haveriam de ser salvos na dispensação da igreja (Atos 2:1).

Vejamos nas Escrituras alguns detalhes que nos ajudarão a situar cronologicamente o nascimento de Jesus:

· Os levitas eram divididos em 24 turnos e cada turno ministrava por 15 dias; 1Cr 24:1-19 (24 x 15 dias = 360 dias = 1 ano)

· O oitavo turno pertencia a Abias (1Cr 24:10)

· O primeiro turno iniciava-se com o primeiro mês do ano judaico – mês de Abibe Êxo 12:1-2; 13:4; Deut 16:1.

Zacarias, pai de João Batista, era sacerdote e ministrava no templo durante o "turno de Abias" (Tamuz, i.é, junho) (Luc 1:5,8,9). Terminado o seu turno voltou para casa e (conforme a promessa que Deus lhe fez) sua esposa Isabel, que era estéril, concebeu João Batista (Luc 1:23-24) no final do mês Tamus (junho) ou início do mês Abe (julho). Jesus foi concebido 6 meses depois (Luc 1:24-38), no fim de Tebete (dezembro) ou início de Sebate (janeiro). Nove meses depois, no final de Etenim (setembro), mês em que os judeus comemoravam a Festa dos Tabernáculos, Deus veio habitar. Nasceu Jesus, o Emanuel ("Deus conosco").

sábado, 27 de junho de 2009

pai-pastor-filho-roqueiro

O filho roqueiro de um pastor da igreja está prestes a completar 18 anos. Louco pra dirigir, o rapaz resolve pedir o carro emprestado ao pai. Depois de pensar um pouco, o pastor responde:

- Filho, vamos fazer o seguinte: você melhora suas notas na escola, estuda a Bíblia todos os dias e corta esse cabelo. E aí voltamos a conversar.

Um mês depois, o rapaz volta a perguntar ao pai se pode usar o carro.

- Filho, eu estou realmente orgulhoso: você dobrou suas notas na escola e estudou bem a Bíblia. Mas não cortou o cabelo! E como fica o nosso trato?

- Papai, lendo a Bíblia, eu fiquei intrigado - responde o filho - Sansão usava cabelos longos, Noé também. Até Jesus tinha cabelos compridos! E todos eram boas pessoas!

E o pai:

- É verdade filho… e todos eles andavam a pé…

Moral da estória: não use a Bíblia para se justificar...

Fonte: desconhecida (recebemos por email)

Namoro Cristão

Princípios para um Namoro Cristão

Pr. Cleverson de Abreu Faria

O namoro cristão é uma preparação. Um período extremamente importante na vida de dois jovens cristãos e de muitas responsabilidades. Representa um período de transição entre dois jovens ou adultos, um homem e uma mulher, crentes no Senhor Jesus Cristo, sendo que ambos devem ter um bom nível de maturidade. Ambos mantém um bom ritmo de comunicação, sendo através deste relacionamento orientados e preparados por Deus para um futuro casamento. Namoro cristão deve sempre visar o casamento. Um namoro que não tem como alvo um futuro casamento, sequer deve ser iniciado.

Embora o desejo seja que ambos se tornem íntimos em seu relacionamento, isso não quer dizer liberdade no aspecto físico e muito menos liberdade sexual entre o casal de namorados. A relação sexual está destinada a ser desfrutada apenas entre pessoas devidamente casadas (Hebreus 13.4; Gênesis 2.24; Cantares de Salomão 4.12; 1Tessalonicenses 4.3-5; Colossenses 3.5-6; 1Coríntios 6.15-20; 1Timóteo 5.22; 2Timóteo 2.22).

Este é um período de conhecimento mútuo, conhecimento da alma, do coração, nunca do físico um do outro. O aspecto físico está destinado para depois do casamento. Portanto, exige disciplina própria, vigilância constante. É um tempo onde se obtém oportunidade de duas personalidades diferentes se harmonizarem, conhecerem um ao outro. Comunhão espiritual é fator primordial. Lembre-se que quanto mais próximo cada um estiver de Deus, mais próximo estarão um do outro. Este período também serve para confirmar a perfeita vontade de Deus para a vida de ambos.

O padrão de Deus para um namoro bem sucedido é este:

1) Espiritual – forte. Deus em primeiro lugar, nunca seu namorado (a).

2) Vontade, emoções e mente dentro do plano de Deus.

3) Corpo (físico) – sob controle.

Quando um namoro está fora do padrão de Deus, o que acontece é justamente o contrário:

1) Espiritual – fraco. A sensibilidade espiritual está cauterizada.

2) Emoções, vontade e mente – descontrolada.

3) Físico – sensual.

Portanto, fora do padrão de Deus ocorre que o lado espiritual fica cauterizado; a mente, a vontade e as emoções raciocinam de forma sensual e o físico fica corrupto.

Uma pergunta séria a se pensar: A vontade de Deus é mais importante que o seu namoro?

Como Começar um Namoro Cristão?

Alguns aspectos são importantes para um começo no namoro cristão. Geralmente não sou de estabelecer uma idade certa para alguém namorar. Antigamente isso era o costume, hoje com o decorrer dos tempos e uma mudança na cultura não se faz mais tal coisa. Porém, ainda assim, existem pais que estabelecem uma determinada idade para que seus filhos venham a poder namorar. Eu creio que isso é benéfico e sábio por parte dos pais, mas não uma exigência. Vejamos alguns requisitos importantes para se começar um namoro:

  1. Salvação. Ambos os jovens ou adultos devem ser verdadeiramente salvos, ou seja, ambos já devem ter aceitado a Jesus Cristo como seu único Senhor e Salvador pessoal (João 3.16; Lucas 19.10; Romanos 10.9-10).
  2. Maturidade física e Espiritual. Não devem ser crianças, pois maturidade é importante e essencial no relacionamento entre duas pessoas (Efésios 4.13; 1Coríntios 14.20).
  3. Comunhão com Deus. Primeiramente Deus deve estar sendo uma fonte de luz em sua vida, uma fonte de vigor espiritual. Se não tiver comunhão com Deus, nunca será abençoado em qualquer tipo de relacionamento (1João 1.6-7).
  4. O rapaz inicia. Em nosso tempo moderno é "comum" uma moça querer iniciar um namoro. Mas isso fere o princípio bíblico. Mesmo num namoro, o rapaz é o líder, é ele quem deve iniciar, é ele quem deve pedir à moça para namorar.
  5. Permissão dos pais. Ambos os pais dos pretendentes devem estar de acordo com o namoro. Isso demonstra confiança e honra dos filhos para com seus pais. Um namoro onde os pais não apóiam, geralmente resulta em muitas dificuldades. Isso não significa que os pais são a autoridade final no namoro, significa que estão querendo a bênção paterna para o relacionamento.
  6. Apoio do seu pastor. Isso é importante e muitas vezes negligenciado pelos cristãos. O pastor de ambos deve apoiar e dar sua bênção. Pode ser que pastor veja coisas que eles não estão vendo e por isso é importante receber o apoio, o conselho deste servo de Deus.
  7. Comunicação e visitas. Deve-se procurar estabelecer um determinado ritmo nas visitas por parte do rapaz à casa da moça. É claro que não todos os dias. Estabelecer uma boa comunicação entre ambos.
  8. Confiança dos pais. No decorrer do namoro, deve procurar ganhar e manter a confiança dos pais. Verificar como é a relação entre a pessoa e seus pais. Procurar ser sensível para qualquer mudança.

Como Continuar um Namoro Cristão?

  1. O interesse deve estar voltado para a personalidade da pessoa, a parte imaterial. É importante que isso esteja bem claro na mente dos namorados.
  2. O interesse deve ser estabelecido na parte espiritual da pessoa, não em seu corpo físico, não no dinheiro que o outro tem, não no carro, na casa, na popularidade, na beleza, etc. A parte espiritual é a mais importante sobre todas. Mais uma vez: quanto mais próximos estiverem de Deus, mais próximos estarão um do outro. O contrário também é verdadeiro: quanto mais longe estiverem de Deus, mais longe ficarão um do outro.
  3. Reconheça que cada cristão é chamado de propriedade particular, pessoal, peculiar de Deus (1Pedro 2.9). O namorado que não respeita tal fato está desrespeito os princípios de Deus e desrespeitando o próprio Deus, bem como a pessoa, a família dela, a Palavra de Deus e o futuro casamento.
  4. Evitar contato físico exagerado. Todo namorado gosta de receber um carinho, beijos e abraços. Porém, deve-se parar por aqui. Procure a todo custo evitar continuar os avanços físicos, como tocar em outras partes do corpo da moça, por exemplo. Isso pode provocar desejos sexuais que não pode ser satisfeito devidamente antes do casamento (1Tessalonicenses 4.3-8; 1Coríntios 7).
  5. Existem condições onde a frequência de visitas deve ser limitada. Isso exige paciência por parte de ambos. Algumas vezes a saúde, doença, serviço militar, estudos, trabalhos, deveres pessoais impedem que estejam juntos. Sejam pacientes nessas horas.
  6. Cautela com o modo de vestir, cautela em sua conversa, cautela em seu comportamento e mesmo nos gestos. Lembre-se de semear um ambiente agradável em que vale a pena estarem juntos.
  7. Evitar ficar sozinhos em ambientes fechados e por muito tempo. Procure estar em atividades com outros jovens, ou seja, procure envolver seus amigos em suas atividades.

Qual o Perigo de Acariciar?

  • Mata a espiritualidade de ambos os namorados.

  • Pode fazer com que fiquem cegos para os valores verdadeiros, as virtudes de cada um.

  • Pode fazer com que abaixem os padrões da moralidade.

  • Pode conduzir para a realização do ato sexual não permitido por Deus antes do casamento.

  • Pode conduzir para depravação, destituição da dignidade.

  • Pode conduzir para o desenvolvimento de um desejo de satisfação não natural.

  • Pode causar frustração e nervosidade.

  • Pode conduzir para um casamento errado, com a pessoa errada.

  • Pode conduzir para contrair doenças.

  • Pode conduzir ao desrespeito mútuo.

Conselhos Práticos

  • Nunca case com alguém que não seja cristão (2Coríntios 6.14-18; Amós 3.3).

  • Ore para a escolha de Deus (Salmo 37.5; Provérbios 3.6).

  • Evite casar sob pressão (Romanos 12.1-2). Não case pensando que sua vida se endireitará depois do casamento. Não case com alguém pelo qual não tenha respeito.

  • Não case cedo demais ou de repente (Tiago 1.4-5). Procure ver sua relação com Deus, os hábitos da pessoa, os pais, o modo de vida.

  • Não case tendo uma perspectiva errada do sexo (Gálatas 5.16-25). Alguns casam para desfrutar do sexo, mas casamento não é apenas sexo, muito mais está envolvido.

  • Casamento é para sempre, ou seja, "até que a morte os separe" (Gênesis 2.24; Romanos 7.1-3; Mateus 19.6).

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Hermenêutica - e-book gratuito

Apostila sobre Hermenêutica.
E-book gratuito.
Tipo do Arquivo: .pdf
Tamanho: 324Kb

A Hermenêutica é a ciência que estuda a arte da interpretação da Bíblia Sagrada. Aborda toda a sistemática do aprendizado da Bíblia através de métodos e formas que buscam interpretar corretamente o que "realmente" Deus está falando através das Escrituras Sagradas.

Para o download do arquivo Hermenêutica, clique aqui.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

A parábola da denominação rejeitada

A parábola da denominação rejeitada - Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho
Um dia, Deus, o Todo Poderoso, o Pai de Jesus, decidiu dar um basta. Era hora do juízo. Jesus fizera uma afirmação enfática (“E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim” – Mt 24.15) e ele iria cumpri-la. Antes do juízo, haveria um grande avivamento, com seu povo proclamando ao mundo a salvação em Jesus. A obra missionária teria um avanço como nunca, em toda a história. Ele não tinha preferência por nenhuma denominação, pois aceitava a todas, mas achou que uma, bem estruturada, com séculos de existência, e com igrejas em todos os países do mundo, poderia ser a ponta de lança do movimento. No passado, ela tivera grandes evangelistas e missionários.
Ele enviou seus anjos a diversos segmentos desta denominação. Eles ficaram alvoroçados. Pregar o evangelho era algo que eles mesmos quiseram fazer e Deus não deixara, confiando a tarefa à igreja (1Pe 1.12). Eles deveriam ir a vários líderes desta denominação e lhes dizer o que Deus iria fazer e o que esperava deles. Que alarido! Por fim, as coisas iriam se ajeitar. Chegara a hora!
Um grupo de anjos foi enviado a uma reunião de professores de seminários. Como pessoas que preparam pastores e pregadores, eles deveriam incutir no coração de seus alunos um profundo amor pela evangelização, paixão pelas almas perdidas, enfatizar a preparação de mensagens evangelísticas, e firmar a igreja na Palavra para ela dar um testemunho sério. Os seminários eram postos chaves.
Foi um choque. Os teólogos discutiam o alinhamento com uma ideologia política. Depois, finanças. Depois, técnicas de ensino. Depois, comentários sobre como seus seminários eram bons e como eles tinham dúvidas sobre os outros, sem o peso intelectual e acadêmico que eles tinham. Os anjos os procuraram, assim mesmo, e lhes expuseram o plano de Deus. Os líderes ficaram atônitos, sem saber o que dizer. Por fim, um deles explicou aos anjos que eles estavam defasados. Não haveria um juízo final. A graça salvara todos os homens. A obra de Jesus tinha um alcance que o céu não imaginava. Não havia uma coisa como “salvação”. A igreja não tinha que se preocupar com isto, mas em ser amiga, mais humana, mais próxima dos homens. Um dos anjos perguntou como as pessoas sem Cristo seriam salvas, se não pela cruz de Jesus. Um teólogo respondeu que era difícil sustentar o exclusivismo, a idéia de que só Jesus salva. Isto era coisa de Cipriano. Numa época de luzes, de bondade disseminada, de educação mais refinada, como sustentar que Deus iria “assar pessoas por toda a eternidade” só por não serem da igreja?
Os anjos já tinham ficado desconfiados ouvindo as palestras. Viram sistemas educacionais humanos serem apresentados como padrão para os seminários. Era pedagogia da libertação, pedagogia humanista, pedagogia iluminista e muitos pensadores perdidos mostrados como modelos. Um anjo até perguntara a outro: “Ué, por que não seguem a pedagogia de Paulo? É tão simples: ‘e o que de mim ouviste de muitas testemunhas, transmite-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros’ – 2Tm 2.2)”. Mas como não foram treinados com a habilidade verbal dos teólogos, ficaram sem ter o que dizer.
Um anjo tentou argumentar, dizendo que não era isto que a Bíblia dizia. Os teólogos riram e um disse que a Bíblia expressava uma visão culturalmente limitada de escritores rudes, e que critérios hermenêuticos e pesquisas de crítica textual hoje mostravam o que eles deveriam ter dito. Aflito, um anjo jogou a última cartada. “Mas não foi isto que Deus previu!”. Os teólogos voltaram a rir. Um deles orientou o anjo a procurar as obras de Pinnock. Deus não era onisciente, estava aprendendo com os homens, e não existe algo como o futuro. Logo, o que Deus previra não aconteceria, pois o futuro está aberto. E perguntou ao anjo: “Você não conhece o teísmo aberto?”. O anjo perguntou que teologia ele sustentava, e o teólogo respondeu que era um “teólogo pós-cristão”. Anjos não costumam desmaiar, mas este quase o fez.
Os anjos desistiram de argumentar e se foram. Quando saíam, um dos mestres disse a outro: “Anjos coisa nenhuma! Esses aí se esqueceram de tomar o remédio hoje!”
Outro grupo de anjos foi a uma reunião de pastores. Era um ótimo lugar. Os pastores discutiram o novo regimento, depois liturgia e depois ordenação feminina. Nada sobre o avanço do reino. Os anjos esperaram pacientemente, e procuraram os líderes e expuseram o recado de Deus. Os pastores disseram que isto não estava em pauta. O “chefão”, por exemplo, disse que estava preocupado com uma mega-igreja e não se aliaria a colegas que tinham uma visão diferente, muito pequena. Eles até o haviam criticado. Outro disse que quando Deus o chamara pusera um sonho no seu coração: ele seria um dos “grandões”, escreveria seu nome na história da denominação. Como levaria sua igreja a sustentar um monte de pastores e missionários sem expressão em lugares insignificantes, que não davam retorno de grandes multidões? Como ter uma igreja grande assim? Um terceiro disse que chamar as pessoas de pecadoras e dizer que elas precisam se arrepender e crer era pouco produtivo. Ele fizera pesquisa no seu bairro, descobrira o que as pessoas queriam e lhes oferecia um ambiente amigo. Criara um ambiente de descontração, de liberação de energias, de camaradagem, e evangelizar era algo polêmico. O quarto disse que a prioridade era o novo sistema de som e o novo uniforme para a equipe de coreografia, além de construir uma quadra de esportes para chamar a rapaziada do bairro. Missões lá no fim do mundo? Não fazia sentido! Sua igreja nada ganharia com isto.
Boquiabertos (anjo tem boca) os anjos se retiraram. Ainda ouviram um pastor dizer: “Cada uma que aparece!”.
O grupo que foi a uma assembléia convencional se assustou com as discussões e notou que os pastores não procediam como exigiam que suas ovelhas procedessem nas assembléias das igrejas. Alguns eram grosseiros e violentos. Mas procuraram os pastores responsáveis e expuseram sua missão. Foram orientados a se inscreverem como mensageiros para terem direito a voz, pois não eram autoridades políticas a quem se franqueia a palavra. E então encaminhassem seu assunto à “Comissão de Assuntos Eventuais”. Outro pastor disse que tal nome estava errado. Deveria ser “Assuntos Especiais”. Os dois travaram longa discussão. Os anjos ficaram meio desnorteados, mas insistiram em que tinham uma mensagem de Deus e não podiam perder tempo com burocracia. Então lhes deram cinco minutos, após o programa de missões, já que o assunto deles era missões. Mas, findo o programa missionário, as pessoas se retiraram, conversando em voz alta, os adolescentes que entraram com bandeiras e trajes típicos fizeram muito barulho nos bastidores, os crentes que ficaram estavam se confraternizando e outros já estavam muito cansados. A mesa conversava entre si sobre a ordem do dia da próxima sessão, e a palavra dos anjos passou em branco.
Os anjos destinados a falarem com os músicos não tiveram melhor proveito. Depois que expuseram sua missão, ouviram como resposta que músicas sobre conversão, arrependimento e cruz não atraíam os não crentes. A linguagem tinha que ser amiga, descontraída. E que compor músicas falando sobre evangelizar, contribuir, fazer missões, não dava certo. A linguagem era adorar, contemplar, ser adorador (ser servo não dava ibope), mergulhar nos rios, subir acima dos querubins, entronizar. E ritmo que levasse a pensar e refletir sobre situação espiritual era sinal de fracasso. O negócio era um ritmo agitado para as pessoas se soltarem. Foi então que um dos anjos entendeu porque o fundo musical de um momento de oração silenciosa fora a bateria violentamente espancada. O anjo se admirara da capacidade dos humanos em se concentrarem e refletirem, e cultivarem momento de oração silenciosa com aquele barulho todo. Mas agora via que era outra coisa. Outro anjo compreendeu porque não falavam de Jesus, de cruz, de perdão. Eles queriam entretenimento e levar as pessoas a terem bons momentos.
Outros anjos foram enviados a pessoas. Um empresário disse que não sustentaria missionários. Como gastar seu dinheiro assim? Ele fora abençoado materialmente porque participara de um congresso onde aprendera a saquear as riquezas dos ímpios. Ganhara muito, é verdade, mas se comprometera com o ministério de um pastor da televisão que orara por ele e levara seu nome para uma fogueira santa em Israel. Já assumira compromisso. Outro disse que não gostava de árabes nem de africanos. Por que contribuir para evangelizá-los? Um terceiro não quis receber os anjos e disse à secretária: “Dízimo é coisa da Lei e é uma exploração dos pastores insistirem nisso, e agora vêm esses camaradas dizendo que são anjos e que devo investir em missões! Meu dinheirinho é sagrado! É meu! Cada pirado!”.
Desolados, os anjos voltaram para dar relatório a Deus. Mas este, que sonda as mentes e os corações, já sabia de tudo, mesmo com Pinnock e outros dizendo que não. Agradeceu aos anjos pelo esforço, e disse: “Tudo bem. Isto apenas prova que o tempo deles passou. Eles perderam o rumo”. Mestre em escolher coisas pequenas e sem valor, Deus decidiu usar um pequeno grupo, piedoso, que não recebia muita atenção dos luminares denominacionais e eclesiásticos, e que os intelectuais evangélicos ironizavam. Ele disse: “Usarei este povo”.
Aquela denominação perdeu sua grande oportunidade.
O avivamento floresce em outros segmentos, ela olha para si mesmo, seus pastores continuam pensando em megas-igrejas e hiper-ministérios, não apóiam os outros nem investem na evangelização mundial. Deus vai usando outras pessoas. Quando o fim vier, ele acertará as contas.

Fonte: Blog Pr. Isaltino Gomes




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