Como Hitler anulou a fé cristã dos alemães
Acho curioso quando indago a uma pessoa a quem sou apresentada se ela é cristã e logo escuto esta resposta: “Não, sou católica romana”. Isso confirma algo que a maioria dos católicos sabe, embora o mundo não o saiba. Existe uma enorme diferença entre o Cristianismo Bíblico e o Catolicismo Romano. Embora a Igreja Católica Romana (ICAR, a qual, pelo menos neste ponto, foi honesta em não usar o nome de cristã) afirme que segue alguns dos principais dogmas da fé cristã, a verdade é que ela tem sua própria identidade doutrinária. Ela se apega às tradições antigas, que não se encontram na Bíblia, a maioria resultante de desvios doutrinários criados pela hierarquia sacerdotal, ansiosa de domínio sobre as consciências dos seus seguidores. As tradições católicas predominam nos ensinos contidos no Catecismo da Igreja Católica.
Consequentemente, não é surpresa que os judeus não tivessem conseguido seguir o evangelho entregue pela seita papista. O fato é que eles confundem o evangelho da graça com o de Roma.
E por que não iriam fazê-lo? Quando eles assistem na TV as notícias sobre o Natal e a Páscoa, a figura central apresentada nas telas é o papa, conhecido como “o cabeça da igreja cristã”. Desse modo, os judeus logo percebem que os cristãos costumam se ajoelhar diante de ídolos, adoram Maria como uma deusa e também outros “santos” criados pela ICAR, satisfazendo a sua (deles) idolatria religiosa. Para os judeus o Cristianismo é uma religião falsa, a qual desobedece aos dois primeiros mandamentos do Decálogo:“Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam”. (Êxodo 20:3-5).
Outro problema é que os judeus comparam o Cristianismo com Adolfo Hitler, o qual afirmava ser um católico romano. A doutrina central do Nazismo era a superioridade racial germânica, embora o Cristianismo jamais tenha ensinado a supremacia racial. Os dois mandamentos mais importantes, segundo o próprio Senhor Jesus confirmou são: “O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo...” (Marcos 12:29-31).
O Cristianismo bíblico ensina o amor à humanidade, enquanto a filosofia de Hitler ensinava o ódio e o derramamento de sangue. Então, é pura ignorância comparar o Cristianismo com a filosofia de Hitler. Quem for inteligente entenda isso, de uma vez.
Antes da II Guerra Mundial, havia 40 milhões de luteranos. É importante observar que fazer parte de uma igreja luterana, naquele tempo, não significava ser convertido (Como, aliás, acontece com tantos esquentadores de bancos, inclusive nas igrejas batistas de hoje). Os pais batizavam os filhos ainda crianças, continuando a tradição dos pais, conforme acontece na ICAR. Quando cresciam, os filhos de pais católicos casavam e quando faleciam eram sepultados, conforme os ritos católicos... Somente então, eles iriam enfrentar a eternidade sem Cristo (pois a ICAR afirma ser “a única igreja verdadeira”, porém não dá salvação a pessoa alguma, enchendo, assim, o inferno de analfabetos bíblicos).
É difícil um católico abandonar a ICAR, temendo ser excomungado. (Em meu caso, abandonei a igreja do papa, após ter lido algumas vezes o Novo Testamento e, portanto, as ameaças dos padres não me convenceram).
A Igreja Luterana começou a ser dominada pelo Liberalismo e com as doutrinas de Westcott e Hort (dois pastores anglicanos incrédulos), as denominações ditas protestantes deixaram de protestar contra os desvios teológicos da ICAR. As igrejas Luterana e Anglicana que dominavam o mundo eclesiástico na Europa, logo exportaram sua incredulidade para os Estados Unidos, na segunda metade do século 19, e este país encarregou-se de exportar essas heresias, através das novas versões da Bíblia, para os países da América do Sul. A verdadeira fé cristã começou a ser descartada, à medida que essas bíblias começaram a ser usadas.
Após a I Guerra Mundial, a Alemanha entrou em tremenda recessão. Uma lata de leite condensado chegava a custar uma sacola de dinheiro. Então, apareceu um homem esperto, o qual prometeu levantar a Alemanha do caos e logo foi recebido como “salvador”. Quando ele começou a se firmar no governo, nomeou um ministro das finanças genial - Hjalmar Schacht, o qual conseguiu empregar os alemães na construção de rodovias, mesmo com uma inflação galopante), e o povo alemão começou a adorar o seu Fuehrer. Para os alemães, Hitler trouxe grandeza, melhoria de vida e saúde. Ele trouxe poder à Alemanha e, poucos anos após ter assumido o governo, já se considerava um “Messias”.
O orgulho subiu-lhe à cabeça. Em 1932, ele nomeou Hermann Mueller como chefe do recém criado “Partido Cristão Alemão”, que nada tinha de cristão. O termo “cristão” foi usado para angariar a simpatia do clero e dos membros da Igreja Luterana. Logo depois Mueller foi nomeado o líder da Igreja Luterana, podendo angariar vultosas somas de dinheiro dos dízimos obrigatórios, as quais eram gastas na propaganda nazista. (Ainda hoje muitas igrejas gastam os dízimos para promover a riqueza e o status dos seus líderes; por isso não sou dizimista).
Qualquer pessoa que se opusesse a Mueller era considerada “herege” e a liberdade de expressão foi totalmente anulada, com os “hereges” sendo punidos. Pastores dissidentes (como Dietrich Bonhoeffer) eram levados à morte, com as figuras de Cristo e da Madona sumindo dos altares, sendo substituídas pelas fotos de Hitler e dos líderes nazistas. O Velho Testamento foi totalmente proibido, e os judeus passaram a ser considerados “imundos”. Os nazistas se consideravam a “raça divina” e não podiam conviver com os “suínos judeus”. Então, a perseguição começou... (E como a história se repete, pode ser que em breve tenhamos um governante mundial, muito pior do que Hitler, dominando as consciências).
Com a difusão do livro de Hitler, “Mein Kampf” (Minha Luta), os professores foram obrigados a substituir a Bíblia pelo mesmo. Pastores luteranos eram eliminados e substituídos por professores nazistas. (Hitler fora industriado pelos jesuítas a criar uma geração de fanáticos, usando uma literatura convincente). Privadas da Bíblia, as novas gerações deixaram de distinguir entre o certo e o errado, tornando-se facilmente controlada pela ideologia nazista. Ironicamente, a bandeira do Partido nazista usava o slogan: “Deus Conosco”.
A filosofia nazista ensinava que Jesus não era judeu. (Conforme dizia o meu falecido esposo alemão, eles criaram uma lenda de José do Egito, como vivendo na época de Jesus e seu pai era esse José inventado. Daí, terem abolido o VT, para evitar a negação dessa fábula). O importante era torcer a Sagrada Escritura, a fim de satisfazer a inclinação religiosa do povo alemão.
Por causa dessas mentiras, aos olhos de muitos judeus, o Novo Testamento é um livro desprezível. Quem deseja captar a atenção de um judeu para o Evangelho da Graça, deve conhecer bem o VT e, algum tempo depois, usando o Livro de Isaías e de alguns profetas menores, pregar discretamente o NT, apresentando o Senhor Jesus Cristo como o Messias prometido a Israel. Mostrar uma cruz a um judeu equivale a espantá-lo. O cristão que estiver pregando o Evangelho a um judeu precisa começar com Moisés, citando o Dez Mandamentos e Isaías, a fim de ganhar a confiança do mesmo.
Se o judeu for humilde ele escutará um cristão bastante embasado na Bíblia. Mas um cristão simplório, que mal conhece a Bíblia, e apenas fica citando o que escutou do pastor, dificilmente vai conseguir a atenção de um judeu.
Precisamos orar diariamente, pedindo que Deus nos dê capacidade de pregar aos nossos amigos judeus e que eles se convertam, porque para Deus não há impossíveis.
Mary Schultze/ Pr. Joseph Chambers - 22/07/2011.
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