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segunda-feira, 5 de julho de 2010

TOLERÂNCIA, INTOLERÂNCIA E VERDADE


Tolerância, Intolerância e Verdade  - Por Dave Hunt

“Porque é coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente” 
(1 Pedro 2:19)

Numa disputa sobre a capelania da Casa dos Representantes, se esta deveria ser católica ou protestante, qualquer preocupação com a sã doutrina dos candidatos esteve conspicuamente ausente. A política deturpa a Verdade eterna. Muitos itens do Protestantismo têm se tornado tão heréticos como o Catolicismo Romano, mas, quem se importa com o que Deus disse? [O que tem prevalecido em todos os setores da vida moderna é a frase que a serpente usou para ludibriar Eva: É assim que Deus disse?”]
Na visão atual, somente a “intolerância” poderia sugerir que a crença religiosa deva se conformar à Palavra de Deus. Suponhamos que um cristão se tornasse capelão; dificilmente ele poderia esquecer que deve agradar os membros do Congresso, sugerindo que estes rebaixassem os seus salários anuis de US$138.000. Declarar que todos os que não crêem em Jesus Cristo como único meio de salvação vão se perder eternamente seria considerado uma “intolerável intolerância”. Qualquer membro do Congresso que estivesse de acordo, seria sumariamente boicotado pelos seus confrades. Examinar as crenças morais ou espirituais de alguém, à luz da Escritura, nos dias de hoje, é considerado “prima facie” como fanatismo. Satanás deve estar às gargalhadas. Podemos ser honestos e francos em tudo, exceto no que é mais importante - que só Jesus Cristo salva!
George Bush Jr. foi severamente criticado por ter falado [quando era candidato à presidência] na Universidade Bob Jones, visto como esta universidade havia denunciado o Catolicismo Romano como antibíblico, esperando ganhar os católicos para Cristo. A sincera preocupação da Universidade Bob Jones [pelo menos naquele tempo] com a salvação dos católicos era considerada uma visão “anticatólica”. Testar o Catolicismo pela Palavra de Deus é automaticamente considerado “agressão contra os católicos”.
Sucumbindo à pressão, Bush desculpou-se. Se o Catolicismo é fiel a Cristo e à Sua Palavra [N. T. - pela qual todos nós seremos julgados, segundo João 12:48] e se a posição da Bob Jones estava correta, isso foi tratado como coisa insignificante. Confrontar um item tão vital, mesmo que de modo cauteloso, pode significar um suicídio político. Os católicos ficariam ofendidos e os seus votos seriam perdidos, o que significaria um preço alto demais para ser pago em favor da salvação eterna das almas.
O “Festival da Fé”, que aconteceu em Phoenix, Arizona, no dia 15/01/2000, reuniu 35.000 pessoas, contando cerca de 40.000 protestantes, católicos e igrejas ortodoxas. Ao ser questionado o motivo pelo qual os mórmons haviam sido excluídos, Paul Eppinger, Diretor Executivo do Concílio Ecumênico do Arizona, explicou que uma completa unidade entre os grupos religiosos viria com o tempo.
Sem levar em conta que o Mormonismo tem uma hierarquia ascendente de numerosos deuses, homens físicos [como Adolf Hitler, que foi apontado para se tornar mais um dos seus deuses], cada um deles ex-pecador redimido por muitos “jesuses” em vários planetas e que a salvação mórmon envolve rituais secretos que exaltam os mórmons a se tornarem deuses, governando na Terra, cada um deles com um outro Adão e Eva, com um outro Satanás e outro “jesus”, para morrer na cruz, etc. [N.T. - Esta multiplicação do sacrifico vicário faz lembrar a Missa católica].
Os mórmons parecem ser boa gente, com valores familiares conservadores. Eles falam de Deus, Cristo, Salvação, Ressurreição e Vida Eterna - mas, em qual significado “cristão”?
Como poderia Jim Carter, um proeminente professor da Bíblia, na Convenção Batista do Sul, insistir em que os mórmons são cristãos e não precisam ser evangelizados?
A batalha por Deus, tem feito as listas de bestsellers discutirem “itens comuns aos judeus, muçulmanos e protestantes fundamentalista”, sem dúvida evitando o “fanatismo” de declarar qual destes grupos tem a religião correta.  No dias de hoje, alguém poderia escrever um livro sobre os “fundamentalistas”, sem a menor preocupação de saber se o que eles ensinam é a verdade.
O senso comum nos diz que a tolerância exigida em relação às crenças religiosas seria uma tremenda loucura, quando aplicada a qualquer outro assunto. Será que a polícia deveria ser tolerante com o crime, os médicos com a doença, os juízes com o falso testemunho, etc.? Mesmo assim, a tolerância é o mandamento mundial em assuntos espirituais, o que, em qualquer outro contextos seria loucura!
Imaginem um médico que imaginasse ser mente estreita dar um diagnóstico definido, sugerindo que tanto um medicamento como outro seria igualmente eficaz. Isto seria tão ridículo como acusar de “intolerância “um jogador que atuasse em dois times diferentes, usando suas próprias regras”“. Mas a Deus não é permitida regra alguma que não possa ser ignorada o urevisada, a fim de conformar-se aos nossos objetivos egoístas. Não é de admirar que tenhamos um epidêmico engodo predominando nas escolas.
Sendo um privilégio de cada pessoa fixar os próprios valores no reino espiritual ou eterno, então, por que não acontece o mesmo em todos os demais setores da vida? O professor aposentado. B. D. L. Weide, adverte que “todo homem enganador (ou que quebra as regras) o qual não é confrontado, enfraquece a estrutura dominante da sociedade”. Pior ainda, é o que tem acontecido com a falsa pregação a respeito de Deus!
Inegavelmente, todo o universo físico é regido por leis, as quais o Deus Criador tem imposto. Se isto não acontecesse o caos absoluto iria reinar e nada poderia existir. Podemos ver a mão de Deus também nos instintos do mundo animal. Deus tem dado às criaturas inferiores instintos, sem os quais elas não poderiam sobreviver. Do mesmo modo, a consciência humana não pode ser explicada à parte de Deus.
Temos sempre ouvido a queixa: “Não há justiça no mundo“. Como iríamos reconhecer a ausência de uma perfeita justiça se nunca a tivéssemos observado.
O capítulo do amor (I Cor. 13)               nos confronta com um amor tão puro, tão belo, tão maravilhoso, que ultrapassa a capacidade humana. Contudo, reconhecemos que este amor existe. Temos o conhecimento inato de que a perfeita justiça, amor, verdade, etc. existem, porém não são da Terra . Isto é uma prova de que o homem foi criado  imagem e semelhança de Deus. E que a memória de que ele caiu continua indelevelmente estampada em sua alma e espírito.
O que porventura ele faça, ou aonde quer que ele vá, o homem deve agir dentro das leis físicas que Deus estabeleceu para governar o universo. A lógica e a factual observação e consciência concordam em que Deus igualmente ordenou leis espirituais definidas. Toda a evidência que vemos na natureza e em nossos corações nos proclama que quebrar as leis espirituais de Deus é muito mais grave do que violar as leis físicas. Umas são eternas e as outras são temporárias.
        Einstein reconheceu o intricado desígnio do universo; porém creditou-o à Matemática em vez de creditá-lo ao seu Criador. Isto é chocante, pois a Matemática não torna pessoa alguma responsável pelo pecado. Além disso, mesmo expressando o desígnio e função dos átomos, das moléculas e, portanto, das células vivas, a Matemática jamais trouxe o universo ou a si mesma à existência. A Matemática não possui a energia nem o poder criador, nem a inteligência para fazer coisa alguma acontecer. Ela também não tem fórmulas para expressar (e muito menos explicar) a alma, o espírito, o pensamento, as emoções, a justiça, a verdade, o certo e o errado, o amor, a alegria, a tristeza e a raiva.
        Certamente, Einstein o sabia, porém até mesmo as mentes mais brilhantes podem ficar cegas por causa da orgulhosa paixão de escapar à responsabilidade de prestar contas a Deus.
Mais, bem maior é a tolice dos que professam acreditar em Deus e ao mesmo tempo imaginam que Ele vai aceitar outra religião que não seja a Dele.
Do mesmo modo como os políticos aprenderam a fazer enganosas promessas, valendo-se de frases ambíguas, também os líderes religiosos aprenderam que não devem ter uma ”mente estreita”, se quiserem atrair muitos seguidores. As generalidades espirituais e morais provocam coceira nos ouvidos, podendo ser atraentes até mesmo para os ateus (2 Timóteo 3:1-5). 
Robert Schüller, mestre nesta estratégia, declara, com aparente sinceridade: “É isto que me faz diferente; conhecer as coisas mais importantes com as quais as fés estão de acordo, e tentar um enfoque sobre elas, sem ofender os que têm pontos de vista diferentes...”. Praticando o que prega, Schüller tenta agradar a sua audiência semanal na TV, a qual, segundo ele, chega a mais de um milhão de muçulmanos, milhares de pastores (católicos e protestantes) e centenas de rabinos).
Não interessa se muitas dessas fés principais não concordem sequer com Deus ou o céu e, muito menos, com Cristo e o Seu evangelho. Aparentemente, é mais importante evitar que se ofendam os que militam nas falsas religiões do que resgatá-los do inferno. Os políticos e tanto o pódio como o púlpito são peritos no “politicamente correto”, por amor à popularidade. A exata expressão “politicamente correto” é uma evidência de condenação aos políticos - a qual agora se adapta perfeitamente aos líderes eclesiásticos [N.T. - todos eles dominados pela ambição de brilhar nos púlpitos] .
Devemos nos lembrar da tentativa de Pat Robertson de conseguir a nomeação à presidência republicana. Ele foi desafiado pelos repórteres, os quais lamentaram que não sendo um evangelista, mas um anfitrião do “Talk-Show”, ele não insistisse numa agenda religiosa sobre pessoa alguma. Como a esperteza engole as professas convicções. Comentando o fiasco de Bush/BJU o jornal Jerusalem Post o chamou de “indução católica”. Cautelosamente, sem tomar partido, ele também criticou as “aspersões proferidas sobre os líderes cristãos evangélicos” e culpando John McCain por chamar Pat Robertson e Jerry Farwell de “agentes da intolerância”, o Post se opôs à “crítica contra qualquer religião”. Parece que a discordância não interessa, mesmo que seja sincera ou factual, com as crenças religiosas de qualquer pessoa (outras são apenas jogos divertidos), sendo considerada  “intolerante”. Na religião devemos ser “tolerantes”, a um grau jamais antes exigido. Esta é a atmosfera crescente nos dias de hoje. Os crentes verdadeiros devem confrontar firmemente esta tolice, por amor aos que estão sendo levados a apostatar.
Algumas semanas atrás, fui entrevistado por telefone pelo “Spiritual Seeker”, um popular programa de rádio. O anfitrião se vangloriou de que, durante duas horas, no domingo à noite, a equipe tivesse gasto um tempo falando de Deus, de religião e de espiritualidade, tendo apresentado um painel para os peritos o fazerem. “Peritos em Deus”? Tentei sugerir que, em vez de falarmos sobre Deus, deveríamos considerar cuidadosamente o que Deus disse a nosso respeito. Esta lógica simples fora descartada.
Recentemente Hal Taussig, membro fundador do Seminário de Jesus e pastor da Igreja Metodista Unida sugeriu “novos mitos da criação para substituir um obsoleto relato da mitologia bíblica”. Os eruditos modernos preferem um mito após o outro, e até mesmo criam o seu próprio mito. Não é hilário? Por que persistir em estudos eruditos dos mitos e das mentiras? Não fomos nós que inventamos o Cristianismo; portanto não podemos reinventá-lo.
A Bíblia é a única fonte do que Jesus falou e é nela que aprendemos tudo sobre Ele. E, se este registro não for verdadeiro, então nada sabemos a respeito Dele. Especular sobre o que Jesus disse ou fez seria uma completa perda de tempo.
Muitos dos chamados eruditos dizem que Jesus foi “um bom homem”, ignorando suas afirmações de ser Deus e o único Salvador. Se as suas afirmações não são verdadeiras, então Ele é um auto-enganado, egomaníaco ou um deliberado mentiroso, porém jamais um “bom homem”. Pelo modelo atual, Jesus seria um fanático ao dizer: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. (João 14.6). (N.T. - Isto é exatamente o que os eruditos emergentes estão negando.
Se os seguidores de Jesus simplesmente apresentassem outro Deus para ser acrescentado ao panteão romano, os romanos tê-lo-iam aceitado. Porém, eles declararam em Atos 4.12: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”.  Neste ponto eles não quiseram se comprometer, porque amavam os perdidos e sabiam que somente o evangelho de Cristo oferecia ao homem esperança de salvação. Por causa desta atitude “intolerante” muitos foram tolerantemente atirados aos leões.
O evangelho diluído de muitos pregadores modernos é sobre um “Deus” “tolerante”, o qual existe exclusivamente para nos beneficiar. Eles não dizem que devemos nos apresentar como pecadores arrependidos, confessando nossa culpa e merecendo a justa condenação de um Deus Santo. Em vez disso, somos persuadidos a “aceitar Cristo”, porque tudo vai melhorar, se o fizermos. ISTO NÃO É O EVANGELHO!
Crer que Cristo morreu pelos nossos pecados é reconhecer que somos vis pecadores, que a penalidade de Deus é justa e que a morte de Cristo pagou esta penalidade em nosso lugar. Confiar em Jesus para a salvação envolve dar as costas ao pecado. É irracional imaginar que Cristo pagou a penalidade do pecado, a fim de que pudéssemos continuar pecando (Romanos 6:1-2).
A promessa de que quem crê em Cristo jamais perecerá (João 3.16) implica em que se não nos arrependermos, voltando-nos para Cristo, quando nEle cremos (João 5.24), é uma boa nova somente para quem verifica que esteve sob condenação. Sim, os pecadores que não se arrependem “já estão condenados”  (João 3.18).
A insistência das chamadas sociedades livres sobre uma irracional “tolerância” tem exercido, de fato, uma pressão totalmente “intolerante”. Podemos ver isto em relação ao homossexualismo e à evolução. Só se podem fazer declarações em favor dessas crenças, sendo rotulado como “fanático religioso” ou “anticiência” quem diz algo ao contrário. A influência homossexual forma um imenso bloco de eleitores e os evolucionistas controlam as escolas; daí o poder que ambos exercem sobre a sociedade.
Filipenses 3.19: Cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas”, encaixa-se perfeitamente aos que reduzem o homem a um animal, apoiando as paradas do “orgulho gay” e as práticas que reduzem o tempo da vida humana à metade, contribuindo para a destruição de toda a raça humana, se todos as abraçassem. Em sua intolerância contra a Verdade de Deus, qualquer coisa pode servir, para satisfazer a sua luxúria. Nenhuma autoridade mais elevada do que os básicos desejos humanos é reconhecida. Aparentemente, o homem se transformou num pequeno deus. Estamos de volta à mentira da serpente. Na verdade, é a isto que a “tolerância” se resume: rebelião contra o Deus que nos criou.
As leis de Deus e o seu meio de salvação não podem ser por nós revisados. Os cristãos devem pregar um Evangelho não compromissado, confiando totalmente no Espírito Santo, para alcançar os perdidos. Esta é a única “intolerância” da qual o mundo poderia acusar, legitimamente, um cristão e que deveria ser o nosso emblema de fidelidade a Cristo.

Dave Hunt – “Tolerance, Intolerance and Truth”. 
Tradução e comentários de Mary Schultze, em 02/07/2010

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