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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Impostos, Tributos e Contribuições

César e Deus

Por: Dave Hunt


Toda criança que freqüenta uma EBD conhece bem esta passagem bíblica de Marcos 12:13-17: “E, chegando eles, disseram-lhe: Mestre, sabemos que és homem de verdade, e de ninguém se te dá, porque não olhas à aparência dos homens, antes com verdade ensinas o caminho de Deus; é lícito dar o tributo a César, ou não? Daremos, ou não daremos? Então ele, conhecendo a sua hipocrisia, disse-lhes: Por que me tentais? Trazei-me uma moeda, para que a veja. E eles lha trouxeram. E disse-lhes: De quem é esta imagem e inscrição? E eles lhe disseram: De César. E Jesus, respondendo, disse-lhes: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E maravilharam-se dele”.

Se Jesus tivesse respondido “sim”, isso teria sido uma afronta ao patriotismo dos judeus; se tivesse dito “não”, estaria incorrendo num crime de traição a Roma, podendo ser crucificado no ato.

Em João 15:25, Ele disse: “Odiaram-me sem causa”. Quando os fariseus e seus lacaios levaram Jesus diante de Pilatos, eles disseram: “Havemos achado este pervertendo a nossa nação, proibindo dar o tributo a César, e dizendo que ele mesmo é Cristo, o rei” (Lucas 23:2). Mentira!!! Jesus havia admoestado os Seus discípulos para que não revelassem que Ele era o Messias. (Mateus 16:20).

No contexto atual, Cristo seria erroneamente interpretado pelos que recomendam aos cristãos não pagarem impostos (contrariando Romanos 13:7-8). Esses advogados da sonegação ao governo dizem que o dinheiro dos impostos que pagamos é usado para propósitos ímpios [ou então é embolsado pelos políticos inescrupulosos]. Ora, esses radicais devem ser acusados do exato pecado de rebeldia, que nosso Senhor não cometeu.

A resposta de Cristo não foi dada no sentido de evitar uma ofensa aos judeus e aos romanos; Ele quis expressar uma verdade cristalina de sabedoria e amor. De fato, se Ele temesse os homens, jamais teria conseguido escapar dessa armadilha que os rabinos lhe armaram. Salomão disse: “O temor do homem armará laços, mas o que confia no SENHOR será posto em alto retiro” (Provérbios 29:25). Exatamente por não temer homem algum foi que Cristo jamais caiu numa armadilha armada pelos Seus inimigos. Este Seu maravilhoso exemplo deve permanecer conosco, até hoje. Como Ele disse aos judeus, em João 8:31:32: “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. A verdade faz-nos temer somente ao nosso Deus, deixando de temer as críticas dos homens e fazendo-nos perder qualquer interesse nos seus aplausos.

Cristo jamais quis aplacar ou agradar os romanos ou os judeus; o que Ele sempre quis foi realizar a vontade do Pai: “Eu não recebo glória dos homens... e aquele que me enviou está comigo. O Pai não me tem deixado só, porque eu faço sempre o que lhe agrada” (João 5:41; 8:29). Nesse mesmo ato, Cristo denunciou claramente as consciências endurecidas dos líderes religiosos do Seu tempo, bem como as nossas, que têm sido, hoje em dia, a verdadeira razão da nossa infidelidade: “Como podeis vós crer, recebendo honra uns dos outros, e não buscando a honra que vem só de Deus?” (João 5:44). Essa questão deve ser encarada com relação às coisas que são de Deus e às que são de César. É claro que uma coisa que não pertence a César é a honra. Somente Deus merece a nossa honra e o nosso louvor (Apocalipse 4:9-11; 5:11-14).

César procura imitar Deus... E os que entram em seu jogo corrupto ficam obrigados a prestar-lhe honra, pensando que isso vai facilitar a execução da obra de Deus; por isso, acabam caindo na armadilha que Cristo evitou.

Infelizmente, os crentes de hoje têm caído fragorosamente na armadilha humanista de buscar honra uns dos outros, trocando elogios e tapinhas nas costas. Aos que realizam a obra de Deus visando a aprovação dos homens, Cristo admoestou: “GUARDAI-VOS de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus. Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente. E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente ... E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram os seus rostos, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.” (Mateus 6:1-6, 16). Esses deveriam receber honra somente do Pai.

Os cristãos modernos costumam honrar as celebridades e os líderes famosos, achando que podem fazer prosperar a obra do Senhor, se conseguirem o favor dos incrédulos. [Assim têm feito pregadores famosos, como Billy Graham, por exemplo, que se tornou amigo de presidentes reis no mundo inteiro]. Com esse objetivo, a mídia tem fabricado uma porção de “heróis”, até mesmo entre os inimigos do Evangelho de Cristo, adulando-os e cultivando a sua amizade, especialmente quando são pessoas famosas. [Uma coisa é certa: os verdadeiros profetas são sempre apedrejados, enquanto os falsos geralmente são honrados na mídia evangélica e secular].

Ao contrário desses cristãos “politicamente corretos”, nosso Senhor, sem qualquer parcialidade, devotou-se amplamente aos pobres e desamparados. Ele jamais sonegou uma resposta impopular aos líderes políticos e religiosos, quando estes Lhe faziam uma pergunta capciosa, como esta: “é lícito dar o tributo a César, ou não?”.

Os romanos adoravam César como um deus; por isso Jesus quis deixar bem claro, com a Sua resposta: “César não é Deus”. Foi uma boa “direta” contra o imperador romano, que se considerava um deus. Foi assim que Jesus condenou os que davam a um simples homem uma honra à qual somente o verdadeiro Deus - o Deus de Israel - tem direito. Os governantes humanos têm uma esfera limitada de autoridade, sempre abaixo de Deus, enquanto a autoridade de Cristo é sobre todos, estendendo-se de eternidade a eternidade, nos céus e em todo o universo por Ele criado.

A distinção feita por Cristo - entre César e Deus - contém uma poderosa admoestação aos líderes do nosso tempo, tanto na esfera política como na esfera religiosa. A verdade é que as autoridades civis de hoje fazem uma pública reivindicação de deidade. Isso porque o direito de governar os assuntos humanos é comummente usurpado pelos governantes. Deus foi expulso das escolas públicas, nos Estados Unidos [e em todos os países ocidentais] e, consequentemente, de uma ampla faixa da população dita “cristã”, com o governo tentando ser Deus e os homens concordando, placidamente.

Enquanto isso, muitos que afirmam ser cristãos, têm feito parcerias com César e Deus, ao mesmo tempo, o tipo de parceria rejeitado por Cristo. Quando um presidente, “evangélico” vence a eleição, os cristãos ficam cheios de esperança que as coisas possam melhorar, com o país se tornando “espiritualmente reconstruído”, como se uma coisa que pertence a César (o poder temporal) pudesse melhorar as coisas de Deus (poder espiritual). Não devemos ficar entusiasmados com este ou aquele candidato, pois Cristo disse a Pilatos: “O meu reino não é deste mundo” (João 18:36). [Enquanto Ele não voltar para governar durante o Milênio, as coisas vão continuar precárias, sem o aval do nosso Senhor]. Por isso, não devemos ficar empenhados em favor deste ou daquele partido político, com vistas a alguma melhoria no país ou em nosso orçamento: “Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente”. (2 Timóteo 2:4,5). Paulo também disse: “Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1 Timóteo 6:9-10).

Nem uma única vez Cristo falou contra os opressores romanos, nem contra Herodes. Ele não quis organizar qualquer milícia com os Seus discípulos, desejando reivindicar o mundo para Ele. [A teologia “Reino Agora” é uma aberração contra os planos do Senhor. O mundo engloba tudo que diz respeito a César: fama, riqueza e poder (temporal). Isso não é de Deus]. Cristo jamais omitiu Sua contundente reprovação contra os líderes religiosos do Seu tempo, os quais representavam erroneamente o papel de Deus. O exemplo de Cristo é uma reprovação ao tempo gasto pelos cristãos que fazem lobby político, ação social e outras “boas ações”, em parceria com os incrédulos. Isso não tem a aprovação do Espírito Santo. Quando nos juntamos aos ímpios, estamos contribuindo para o avanço da apostasia, trazendo heresias para dentro da Igreja do Senhor. [Satanás se deleita com essas parcerias].

As promessas que Deus fez a Israel, o povo escolhido, têm sido confundidas pelos cristãos, achando que Igreja é o Novo Israel de Deus. Israel não é a Igreja nem a Igreja é Israel. Existe uma deliberada negação desta verdade bíblica. Os cristãos não são do mundo. Jesus disse em João 15:19 e 17:6,14-16: “Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia.” ... “Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra... Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou”. Isto parece ter sido esquecido pelos cristãos evangélicos [principalmente pelos emergentes reconstrucionistas].

O reconstrucionista George Grant escreveu: “O exército de Deus [nós] deve conquistar a Terra, subjugá-la, governá-la e exercer sobre ela o seu domínio”. David Chilton insiste: “Nosso objetivo é o domínio mundial sob o senhorio de Cristo, um mundo subjugado, caso vocês queiram... Somos os delineadores da história mundial [Cristo tem] nos comissionado para tomar posse deste mundo”. Gary North escreveu: “Deus deseja que os cristãos controlem a Terra para Ele...” . Até mesmo J. I. Packer afirma que “os cristãos foram chamados para reconstruir a militância americana [e] reconstruí-la a partir das ruínas [da] cultura americana”. North acrescenta que “a Igreja não está tentando converter, mas persuadir o mundo inteiro a experimentar bênçãos culturais, como resultado da expansão do Evangelho.” Ele censura os que enfatizam a salvação das almas e, ao mesmo tempo, negligenciam “a cura das instituições do mundo”. Jay Grimsteady concorda: “Nossa tarefa é obter a visão da realidade bíblica, uma visão da moralidade que deve ser imposta sobre a nossa cultura para a glória de Deus e o bem estar da humanidade cristã e não cristã”. Quando colocadas claramente, essas ambições são antibíblicas.

Ilusão semelhante é a que existe por trás do chamado “Dia Anual da Oração”, observado, em geral, no dia 06 de março. Nesse dia especial, todos são convidados para uma reunião de oração a qualquer que seja o Deus no qual creiam. Cristãos influentes acreditam, ingenuamente, que o Deus verdadeiro vai responder essas orações, com bênçãos sobre a América. Deveria Elias ter convocado os profetas de Baal e os sacerdotes de Moloque para se reunirem em oração conjunta, pedindo que Deus abençoasse Israel e as nações pagãs vizinhas? Nada disso! Elias denunciou os inimigos do Deus verdadeiro e resgatou os Seus seguidores da destruição. Contudo, não é “politicamente correto” obedecer, hoje em dia, à Bíblia [Ninguém mais lhe dá atenção, considerando-a um livro comum!]. Todas as religiões são encorajadas a permanecer no seu caminho rumo à destruição eterna.

Conquanto os que promovem o Dia Anual de Oração sejam bem intencionados, é absolutamente tolo convocar uma nação ímpia para orar a Deus, pois Ele disse, claramente: “O sacrifício dos ímpios é abominação” (Provérbios 21:27). A liderança nessa idéia de reunir todas as religiões no Dia Anual de Oração é claramente evangélica (Ela tem sido proclamada durante anos por Shirley Dobson e Vonete Bright) e os mais influentes líderes da Igreja se juntam em entusiástica aprovação, o que demonstra um profundo compromisso com César.

Por termos ousado criticar essa atitude, somos criticados pelos que ficam em cima do muro, falhando neste sentido. Será que para eles nada significa o que Cristo disse em João 17:19? “E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade”. [E o que é a Verdade senão a Palavra Deus, a Bíblia, pela qual seremos julgados, conforme João 17:17 e 12:48?] Por que devemos achar que Deus vai derramar bênçãos sobre a nossa América apóstata? Infelizmente o evangelicalismo tem promovido a falsa crença de que Ele vai abençoar os planos de qualquer pessoa ou nação, que clame pelo seu Nome, incluindo as nações ímpias, que entram num conchavo de “César & Deus”.

As reuniões de oração promovem sempre esta mentira; hindus, budistas, muçulmanos e ateus são todos bem-vindos, e nada se pode falar contra esses ajuntamentos ecumênicos, a fim de não se ofender a fé de nenhuma dessas religiões antibíblicas. Os preletores dessas reuniões oferecem o mesmo evangelho antropocêntrico, que está sendo pregado nos púlpitos [um evangelho que fala de prosperidade e bons propósitos], sem a mínima noção do que seja o pecado. Os “convertidos” a este evangelho imaginam que tendo feito “uma decisão por Cristo”, de repente suas vidas vão ser abençoadas com prosperidade material e espiritual. Enquanto isso, a justiça, a integridade, a honra e a glória a Deus não têm espaço algum nesse tipo de evangelho humanista. A todos os ouvintes é dada a clara (embora falsa) impressão de que Deus está ansioso para abençoar César, caso Lho peçamos. [Eles costumam usar jargões deste tipo: “Deus está apaixonado por você!” Como se o nosso Deus, estivesse pronto a descer do Seu trono de glória, nos dias de hoje, para se humilhar diante desta humanidade corrupta e pecadora!].

Cristo não nos comissionou a melhorar este mundo, mas a condenar suas práticas pecaminosas, convocando os pecadores arrependidos a saírem dele, a fim de se tornarem cidadãos do céu, quando reconhecerem sua miséria espiritual, sua enorme culpa e sua rebelião contra Deus. [Este é o caminho da cruz. Qualquer outro é apenas um desvio conduzindo à perdição eterna]. Cristo não nos comandou a dialogar com César, ou com os inimigos da Cruz, no sentido de se chegar a um arranjo vantajoso para ambas as partes. Ele nos comissionou a pregar o Evangelho verdadeiro, sem diluição alguma, e a “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Judas 3).



Dave Hunt (Caesar & God)
Traduzido por: Mary Schulz

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

HIPNOSE: Porta Para o Ocultismo

HIPNOSE
Porta Para o Ocultismo
Martin e Deidre Bobgan
A popularidade da hipnose
Durante estes dias de um suposto grande estresse e pressão, [alega-se que] a hipnose estaria pronta a oferecer cura para as massas. A hipnose... [seria] uma ferramenta terapêutica que os profissionais de saúde [poderiam] tirar do baú para lutar contra o vício do fumo ou problemas de obesidade; para administrar os problemas de ansiedade, medos e fobias; para curar dor; superar depressão; melhorar a vida sexual das pessoas; para curar males tais como a asma e a febre; enfrentar quimioterapia sem sentir náuseas; para curar ferimentos mais rapidamente; e para aumentar as notas na escola. Além disso, ...a hipnose [poderia ser usada] como parte do processo terapêutico para reduzir os efeitos colaterais dos medicamentos, para acelerar a recuperação do paciente, e para reduzir o desconforto pós-operatório. Dentistas [poderiam] usar técnicas hipnóticas em conjunto com óxido nitroso com o propósito de relaxar os pacientes, minimizar dor e hemorragia, e controlar a rejeição do paciente ao anestésico durante as intervenções.
A parte mais triste disso tudo é que alguns cristãos desavisados estão dispostos a "tentar" a hipnose. Uma propaganda em um jornal, publicada por uma Clínica Hipnoterápica (existe até uma "Sociedade Americana para Hipnose Clínica"), fez algumas afirmações incríveis que indicam como a técnica de hipnose realmente não é bíblica (i.e., da Nova Era):
A hipnose é o método mais efetivo de mudar a sua maneira de pensar, sentir e agir. Quando você alinha a sua mente subconsciente – sua voz interior – com sua mente consciente, você apaga crenças conflitantes que o restringem. Você pode então avançar, sem sabotar a si mesmo. As técnicas da clínica hipnótica guiam você a um estado de mente relaxado e pacífico. Você mantém total controle enquanto aprende a usar o poder de toda a sua mente a fim de criar um desejo forte de atingir o seu alvo. Você pode mudar a sua vida.
A hipnose não é algo novo. Ela já tem sido usada durante milhares de anos por feiticeiros, médiuns espíritas, xamãs, hindus, budistas e iogues. Mas a popularidade crescente do uso da hipnose para a cura no mundo secular tem influenciado muitos na Igreja a aceitarem a hipnose como um meio de tratamento. Há médicos, dentistas, psiquiatras e psicólogos, não-cristãos e cristãos professos, que recomendam e usam a hipnose.
Violentação da vontade
Ainda que um hipnotizador possa produzir somente um transe leve ou médio, ele não pode impedir alguém hipnotizado de entrar espontaneamente na zona de perigo, a qual pode incluir um senso de separação do corpo, uma aparente clarividência, alucinação, estados místicos similares aos descritos pelos místicos orientais, e até o que o pesquisador de hipnotismo Ernest Higard descreve como "possessão demoníaca". Nós argumentaríamos que a hipnose pertence ao oculto em qualquer nível de transe, mas quando ela se aprofunda em seus níveis, a hipnose está indubitavelmente ligada ao ocultismo.
Há controvérsias sobre se um hipnotizador pode ou não levar uma pessoa a fazer alguma coisa contra a sua própria vontade. Muitos hipnotizadores dizem categoricamente que a vontade não pode ser violada. Mas a evidência aponta em outra direção. A hipnose aumenta a capacidade de uma pessoa ser sugestionada a tal ponto que o sujeito crerá quase qualquer coisa que o hipnotizador lhe disser – até mesmo ao ponto de ter uma alucinação mediante a sugestão do hipnotizador. Durante a hipnose, as habilidades críticas de uma pessoa são reduzidas de tal forma a ponto de criar o que tem sido chamado de "transe lógico", o que aceita, sem discernimento, aquilo que normalmente pareceria irracional, ilógico e incompatível.
Pelo fato de quase qualquer coisa parecer plausível para alguém no estado de transe, é possível para uma pessoa hipnotizada agir contra a sua vontade, ou seja, fazer o que não faria se estivesse fora do estado hipnótico. A hipnose passa por cima da vontade ao colocar a responsabilidade do lado de fora da escolha objetiva, racional e crítica. Com as habilidades normais de avaliação submergidas, a sugestibilidade aumentada, e as restrições racionais reduzidas, a vontade estará seriamente impedida e, no mínimo, aberta para ser violada.
"Memórias" do passado e previsões do futuro
Um uso popular da hipnose tem sido o da procura da memória para "voltar até a infância". Alguns pacientes inclusive descrevem suas experiências do que eles crêem ser sua vida no ventre da mãe e seu nascimento subseqüente (isto é impossível, entretanto, por causa do fato científico neurológico de que a mielina do cérebro pós-natal é incapaz de guardar tais memórias). Outros ainda descrevem algum tipo de estado desincorporado e, então, o que eles identificam como sendo suas vidas passadas e antigas identidades. Quanto disso é criado pelo aumento da sugestibilidade, imaginação irrestrita, transe alucinógeno ou intervenção demoníaca não pode ser determinado! Além disso, a Bíblia claramente contradiz a noção de vidas passadas e reencarnação – "...aos homens está ordenado morrerem uma só vez" (Hb 9.27).
A hipnose nem mesmo é confiável para recordar coisas recentes. O que é "lembrado" sob o efeito da hipnose tem sido muitas vezes criado, reconstruído ou melhorado durante o estado de alta sugestibilidade. Pesquisas indicam que depois de hipnose, a pessoa é incapaz de distinguir entre uma recordação verdadeira e o que imaginou ou criou sob o efeito da sugestão. Muito provavelmente, a hipnose trará à luz falsas impressões como se fossem eventos verdadeiros do passado (indivíduos podem e muitas vezes mentem durante a hipnose!). É mais provável então que a hipnose mais contamine a memória do que ajude a pessoa a lembrar o que realmente aconteceu.
Além da terapia hipnótica das vidas passadas, alguns praticantes estão fazendo agora terapia hipnótica da vida futura. A pessoa hipnotizada supostamente vê os futuros eventos, resolve assassinatos, revela os destinos futuros de personalidades bem conhecidas, etc. Alguém envolvido nessa viagem hipnótica deve perguntar a si mesmo: "Onde está a linha de demarcação entre o demoníaco e o divino, entre a esfera de Satanás e a da ciência? Em que ponto a porta das trevas se abre e o diabo conquista uma fortaleza na alma?"
Rótulos científicos
Pelo fato de alguns médicos e psicólogos usarem a hipnose, a maioria crê que ela seja algo médico e, portanto, científico. O rótulo de "médica" antes da palavra hipnose dá a impressão de que a hipnose é benevolente e segura. Até mesmo alguns cristãos famosos alegam que a hipnose pode ser de ajuda se praticada por médicos cuja intenção seja boa e não má (apesar da hipnose ter sido investigada através de meios científicos, e existirem alguns critérios mensuráveis sobre o transe em si mesmo, a hipnose não é uma ciência).
Ninguém sabe exatamente como a hipnose "funciona", além do óbvio "efeito placebo" – o uso bem-sucedido do "falso feedback" (falsa realimentação) da mesma maneira como o "feedback" é usada em técnicas ocultas comuns à acupuntura, biofeedback e psicoterapia. Mas combinar a palavra hipnose com a palavra terapia não transforma essa prática oculta em científica. Um paletó branco pode ser uma roupa bem mais respeitável do que penas e caras pintadas, mas as coisas básicas permanecem as mesmas. A hipnose é hipnose, mesmo que seja chamada de hipnose médica, hipnoterapia, auto-sugestão, ou qualquer outra coisa. A hipnose nas mãos de um médico é tão científica quanto uma forquilha para procurar água nas mãos de um engenheiro civil.
Transes que ocorrem mediante a ação de médicos não são significantemente diferentes da hipnose do ocultismo. Nos seus artigos sobre hipnose, os quais são usados em escolas de medicina, dois renomados pesquisadores afirmam categoricamente: "O leitor não deveria se confundir pela suposta diferença entre hipnose, zen, ioga e outras metodologias orientais de cura. Ainda que os rituais de cada uma difiram uns dos outros, eles são fundamentalmente a mesma coisa." Só porque a hipnose é usada por um médico não significa que ela esteja livre de sua natureza ocultista. Mais e mais praticantes de medicina estão sendo influenciados por essas antigas práticas médicas do ocultismo. O movimento de cura holística tem casado, com muito sucesso, a medicina ocidental com o misticismo oriental.
Transes hipnóticos auto-induzidos
Aqueles que poderiam se sentir um pouco nervosos com o fato de serem hipnotizados por outros, muitas vezes, tendem a se sentir seguros com a auto-hipnose (ainda que essas pessoas, em um transe hipnótico auto-induzido, possam ganhar um certo controle e exercitar algum grau de escolha, eles, mesmo assim, não retêm o seu meio normal de avaliação da realidade, e moderação racional). Mestres de auto-hipnose geralmente tentarão assegurar às pessoas que a hipnose é simplesmente a atenção enfocada, concentração aumentada, relaxamento, visualização e imaginação. No entanto, tais atividades são precisamente os meios para se entrar em transe. Além disso, eles continuam ligados em um nível diferente durante o transe. Ao imaginar que está deixando o corpo, a pessoa pode entrar em um transe com o tipo de alucinação e transe lógico de tal forma que realmente parece estar fora de seu corpo.
Um médico, ao ensinar auto-hipnose em uma classe, instruiu seus estudantes a entrarem em transe hipnótico, deixarem seus corpos, e então voltarem-se para explorar várias partes dos seus corpos. O propósito de tal exercício era o auto-diagnóstico e a cura de si mesmo. O ocultista Edgar Cayce também usou auto-hipnose para diagnosticar enfermidades e prescrever tratamentos. Portanto, a auto-hipnose pode ser uma atividade tão ocultista e demoníaca como um transe dirigido por um hipnotizador.
Hipnose e ocultismo
Em seu livro Peace, Prosperity and the Coming Holocaust (Paz, Prosperidade e o Futuro Holocausto), Dave Hunt faz algumas observações interessantes a respeito do porquê ele classificaria hipnose como parte do ocultismo:
Uma razão para chamarmos a hipnoterapia de um ritual religioso é o fato de que ela produz efeitos misteriosos que deixarão totalmente confundido um investigador que a analise como ciência; (1) sob hipnose administrada por psiquiatras, pessoas que nunca tiveram contato com OVNIs podem ser estimuladas a "lembrarem-se" de um rapto por um OVNI que coincide em detalhes com aqueles descritos por outros que supostamente foram raptados por eles; (2) a hipnose também leva a ter "memórias" espontâneas de vidas passadas e futuras, com mais ou menos um quinto delas envolvendo uma existência em outros planetas; (3) o transe hipnótico também duplica as experiências que são comuns sob o estímulo de drogas psicodélicas, meditação transcendental, e outras formas de ioga e meditação orientais; (4) a hipnose também cria poderes psíquicos espontâneos, clarividência, experiências fora do corpo, e todo um espectro de fenômenos ocultos; e (5) a experiência da chamada morte clínica (quase-morte) é também produzida sob hipnose.
Duas conclusões que a maioria dos investigadores acha muito desagradáveis, mas que parecem ser inescapáveis são as seguintes: (1) há uma origem comum por detrás de todos os fenômenos ocultos, incluindo OVNIs, que parece estar hábil e deliberadamente orquestrando uma fraude inteligente para seus próprios propósitos; e (2) a hipnose, ou o poder da sugestão, está no coração desse esquema de fenômenos ocultos.
A conexão entre a hipnose e o misticismo oriental é evidente. Nas várias profundidades do transe hipnótico, pacientes descrevem experiências que são idênticas a da consciência cósmica e auto-realização induzidas pelo transe da ioga. Eles primeiro experimentam uma paz profunda, depois a separação do corpo, depois a liberação de sua própria e pequena identidade a fim de fundirem-se com o Universo, e o sentimento de que eles são tudo e não têm qualquer limitação para o que podem experimentar ou se tornar. Por exemplo, uma consciência de ser deus "na qual o tempo, o espaço e o ego são supostamente transcendentes, mergulhando na pura consciência do nada primal do qual toda a criação existente tem sua origem."
A hipnose começou como parte do ocultismo e da religião falsa. A Bíblia fala fortemente contra todas as práticas das falsas religiões e do ocultismo. Deus deseja que o Seu povo, com suas necessidades, se volte para Ele, e não para aqueles que praticam feitiçaria, adivinhação ou encantamento. Ele avisa Seu povo para não seguir médiuns, mágicos, encantadores, feiticeiros, e aqueles que consultam os mortos (Deuteronômio 18.9-14). A hipnose, tal como é praticada hoje, pode muito bem ser a mesma coisa que é identificada na Bíblia como "encantamento" (Levítico 19.26).
No hipnotismo, a fé é transferida de Deus e de Sua Palavra para o hipnotizador e sua técnica. Deus fala ao Seu povo através da mente consciente e racional. Ele criou os indivíduos como criaturas que fazem escolhas conscientes e volitivas. Ele enviou o Seu Santo Espírito para habitar nos cristãos a fim de capacitá-los a confiar nEle e obedecer-Lhe através do amor e da escolha consciente. A hipnose, por outro lado, opera na base da imaginação, ilusão, alucinação e engano. Jesus alertou Seus seguidores contra o engano. Depois que uma pessoa abre a sua mente para o engano através da hipnose, ela pode se tornar muito mais vulnerável a outras formas de fraude espiritual.
A hipnose pode gerar as imitações satânicas do exercício da verdadeira religião. Se a hipnose gera qualquer forma de fé e adoração que não é dirigida diretamente para o Deus da Bíblia, qualquer pessoa que se submete ao hipnotismo pode estar fazendo o papel de prostituta na esfera espiritual (veja Lv 19.26,31; 20.6,27; Dt 18.9-14; 2 Rs 21.6; 2 Cr 33.6; Is 47.9-13; Jr 27.9).
O hipnotismo é, na melhor das hipóteses, potencialmente perigoso, e, no pior dos casos, demoníaco. No pior caso, ele abre um indivíduo para experiências psíquicas e de possessão satânica. Quando os médiuns entram em transe hipnótico e contatam os "mortos‘, quando os clarividentes revelam informações que eles não poderiam conhecer de forma alguma, quando os prognosticadores, através de auto-hipnose, revelam o futuro, certamente Satanás está agindo.
Conclusão
Devido a todas essas razões: porque a hipnose tem sempre sido uma parte integral do ocultismo, porque ela não é uma ciência, por causa dos seus conhecidos efeitos maléficos, e por causa de sua fraude espiritual, o cristão deve evitá-la completamente, até mesmo por motivos "médicos". É óbvio que a hipnose é letal se usada com propósitos maus. No entanto, nós argumentamos que a hipnose é potencialmente letal seja para qualquer propósito que for usada. No momento em que alguém se rende à porta do ocultismo, mesmo em nome da "ciência" e da "medicina", ele se torna vulnerável aos poderes das trevas. (Adaptação de trechos do livro "Hypnosis and the Christian" – Traduzido por Ebenezer Bittencourt.)
Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, novembro de 1997.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Lutando com Deus

Ficando só e tendo que transpor o vau do Jaboque !

"Levantou-se naquela mesma noite, [...] transpôs o vau do Jaboque. Ficando ele só; e lutava com ele um homem, até o romper do dia" - Gênesis 32:22-24.
por Vilson Ferro Martins

Sabemos que no texto acima está descrito a luta de Jacó com Deus, antes de transpor o vau do Jaboque. Ele se levantou de noite, pegou sua família, seus pertences e os fez passar o vau, ficando ele só, e lutou com Deus até nascer do sol. Teve seu nome mudado e assim que isto aconteceu, o sol nasceu e ele estava em Peniel, que significa a "face de Deus".
Isto se assemelha as nossas vidas e a atitude que a envolve.
Um dia fizemos nossa decisão, e partimos numa diferente caminhada. Esta decisão, na maioria das vezes envolve toda a família, assim como Jacó fez passar toda sua família, pelo vau. Todo cristão é o intercessor número um, de sua família e pela sua família.
O vau do Jaboque para o cristão é este mundo. Há uma luta constante para que consiga transpor este vau. Deus está junto e estamos envolto numa luta constante. Muitas vezes ficamos só, não da pessoa de Deus, mas de companheirismo, de solidariedade, onde a peleja é mais interna do que externa. É luta de alma, pois para transpor este vale muitas renuncias devem acontecer.
Assim como Jacó, não devemos largar Deus em hipótese alguma, mesmo que Ele nos toca na "articulação da coxa" - (nosso eu, orgulho, vaidade). Quantos desígnios de Deus, nós simplesmente não entendemos, e devemos aceitá-los apenas pela fé ?
Devemos prosseguir lutando na "noite" que terá fim ou para nossas vidas ou quando do arrebatamento da Igreja. Noite esta que parece não ter fim e que traz tantas lutas, dissabores, alegrias, decepções, descontentamentos.
À noite, o que mais se percebe é a lua e a pouca claridade que ela possui, todavia, ao amanhecer, nasce o sol e traz luz de modo que podemos andar desprendidos, sem medo de tropeçar. (João 11:9)
Nosso "sol de justiça" é Jesus, e logo após a "noite" passar, O veremos face a face. Veremos de fato como Ele é e então estaremos em Peniel, vendo a face de Deus ou vendo Deus face a face.
Como diz a canção: "Só mais um pouquinho, a vitória logo vem".
Assim como aconteceu com Jacó que teve seu nome mudado para Israel, teremos nosso nome mudado também. Todo aquele que se torna filho de Deus, já possui um novo nome, porém, ainda não o sabe, mas lá o saberemos, conforme descrito em Apocalipse 2:17. Isto é tremendo, não ? Talvez você nem goste muito do seu nome, mas imagine como irá gostar de um nome escolhido ou criado pelo próprio Deus ?
Eu te digo: Para transpor o vau do Jaboque, ter um novo nome, ver o sol nascer e se encontrar em Peniel, vale o esforço de perseverar dia após dia !

Shalom !

FONTE: VOZ DO TRONO

terça-feira, 25 de novembro de 2008

A Psicologia e a Igreja Evangélica

Na história da igreja evangélica, nada tem induzido os crentes ao abandono da fé na suficiência da Palavra de Deus mais do que a pseudociência do aconselhamento psicológico.      


         Considerem o seguinte: a igreja evangélica é um serviço mais que tudo de referência no aconselhamento por psicólogos e psiquiatras. Muitas grandes igrejas possuem psicólogos licenciados em seu quadro de funcionários. As agências missionárias estão exigindo que os seus candidatos a missionários sejam avaliados e aprovados por psicólogos profissionais licenciados, antes de serem admitidos ao serviço. Psicólogos e conselheiros cristãos tornam-se sempre mais conhecidos e respeitados pelos evangélicos do que os pregadores e professores. Quem já não ouviu falar do psicólogo Dr. James Dobson?
         A maioria dos evangélicos está convencida de que a psicoterapia é científica e necessária para suprir o que falta na Bíblia, no que se refere às necessidades mentais, emocionais e comportamentais. Quando emprego o termo “psicoterapia”, estou me referindo ao aconselhamento psicológico, à psicologia clínica e à psiquiatria (não biológica). Posso também usar o termo “psicologia”. Reconheço que existem algumas áreas da psicologia que são claramente distintas da psicoterapia e devem ter mérito e valor científico, quero dizer, os campos que estudam a percepção, a inter-relação homem-máquina, a ergonomia, qualquer psicologia educacional, e assim por diante. Contudo, estas representam uma pequena porcentagem na indústria da psicologia, a qual afirma ter “insights” científicos  dentro da mente humana.
         Então, qual o problema com a psicoterapia? De acordo com numerosos estudos científicos, ela raramente funciona (e quando o faz é apenas superficialmente) sendo conhecida como prejudicial. A partir de uma perspectiva bíblica, ela é um engodo anticristão. Estas duas conclusões vão se tornar completamente óbvias à medida em que prosseguirmos.
         Em razão da significativa influência que tem tido na igreja, o caminho psicológico comparado ao caminho bíblico deveria ser assunto de interesse crítico para todos os que crêem ser a Palavra de Deus sua autoridade e que ela é totalmente suficiente para nos dar “tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude” (2 Pedro 1:3).

        Como comparar estes dois caminhos?

         Eles não poderiam ser mais opostos. As teorias básicas do aconselhamento psicológico são contraditórias ao que a Bíblia ensina sobre a natureza humana e a solução divina para os seus problemas mentais, emocionais e comportamentais. Os conceitos psicoterapêuticos  com relação à humanidade são intrinsecamente bons. A Bíblia diz que, exceto Jesus Cristo, não existe homem bom e que este foi nascido com uma natureza pecaminosa, “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23).
         O aconselhamento psicológico promove sempre a crença de que os problemas que afetam adversamente o bem estar mental e emocional da pessoa são determinados por circunstâncias fora da pessoa, tais como abuso de pais e o meio ambiente. A Bíblia diz que um coração humano maligno e suas escolhas pecaminosas é que são causadores dos problemas emocionais e comportamentais: “Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem” (Marcos 7:21-23).
         A psicoterapia tenta melhorar o ego através de conceitos, como amor próprio, auto-estima, auto-dignidade, auto-imagem, auto-atualização, etc.  A Bíblia ensina que o ego é o maior problema da humanidade e não a solução dos males que a afligem. Ela profeticamente identifica a principal solução mostrada no aconselhamento psicológico, o amor próprio, como o catalizador a uma vida de depravação: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos...” (2 Timóteo 3:1).
Ela nos ensina ainda que a reconciliação com Deus através de Jesus Cristo é o único meio do homem resolver os seus problemas mentais, emocionais e comportamentais relacionados ao pecado: “A vós também, que noutro tempo éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora contudo vos reconciliou no corpo da sua carne, pela morte, para perante ele vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis” (Colossenses 1:21-22).
         A psicologia tem sabotado de muitos [cristãos] a fé no que se refere à suficiência da Bíblia. Visto como os psicólogos afirmam possuir “insights” dentro da natureza humana e também métodos para mudá-la, métodos esses que não se encontram na Bíblia, isso quer dizer que a Bíblia não é suficiente para aconselhar nem conduzir os crentes em suas necessidades mentais, emocionais e comportamentais. 
         A psicoterapia vendeu à igreja essa mentira de que a psicologia pode ser integrada à Bíblia. Isso deveria ser escandaloso para todo crente inteligente. Visto como a psicologia e a Bíblia estão fundamentalmente em oposição uma à outra, deveria ser óbvia a impossibilidade de uma real integração em seus ensinos. Além do mais, se a Bíblia [o Livro escrito por Deus] é insuficiente para englobar tudo o que diz respeito à vida e piedade, nesse caso os seres por Ele criados devem buscar em algum lugar o bem estar mental, emocional e comportamental. E como devem buscá-lo em algum lugar, então a afirmação que a Bíblia faz de ser autoridade, de ser infalível e suficiente, também é falsa!

         Como a psicoterapia tem influenciado a igreja?

         Seria de fato muito raro encontrar um sermão sem qualquer suposto “insight” de psicologia. Típica é a Igreja Willow Creek, perto de Chicago, cuja influência é nacional e internacional, através de suas 10.000 associações de membros de igrejas. Um pesquisador dos métodos  de crescimento das igrejas, o qual passou um ano em Willow Creek, observou: “[O Pr.] Hybels não apenas ensina princípios psicológicos como os usa como guias na interpretação da exegese da Escritura... O rei Davi teve uma crise de identidade, o apóstolo Paulo encorajou Timóteo a fazer auto-análise e Pedro tinha um problema de fronteiras”.  O livro recordista de vendas de Rick Warren - “Uma Vida Com Propósito” -  além da aceitação da psicologia na igreja, ainda inclui bobagens como “Sansão era co-dependente” e “A fraqueza de Gideão era sua baixa auto-estima e profunda insegurança”.
         Por que essa psicologização do Cristianismo? Ora, porque à igreja foram vendidas três idéias errôneas:
1. - A psicoterapia é um esforço científico
2. - O aconselhamento é somente para os profissionais.
3. - A psicologia cristã reconcilia a ciência com a fé.
Vamos dar uma olhada em cada uma destas:
Primeiro, a psicoterapia não é um esforço científico. Martin e Deidre Bobgan registram em seu livro “The End of Christian Psychology” (O Fim da Psicologia Cristã): “Tentando analisar  o status da psicologia, a Associação Americana de Psicologia nomeou o Dr. Sigmund Koch para planejar e direcionar um estudo subsidiado pela “National Science Foundation” (Fundação Nacional da Ciência). Esse estudo envolve oito eminentes eruditos analisando os fatos, teorias e métodos da psicologia. Os resultados desse extensivo esforço foram publicados numa série de sete volumes intitulada “Psychology: a Study of a Science” (Psicologia: um Estudo de Uma Ciência). O Dr. Koch resume as conclusão dessa plêiade nestas palavras: ‘Suponho que agora fica absoluta e finalmente óbvio que a psicologia não é uma ciência coerente’”.
O Dr. Carl Popper, considerado um dos maiores filósofos da ciência, depois de um completo estudo da psicoterapia, declarou: “Embora posando de ciência (a psicoterapia) tem de fato muito mais em comum com os mitos primitivos do que com a ciência (e) se assemelha mais com a astrologia do que a astronomia”.
Segundo,
o aconselhamento não é somente para profissionais. Graças a Freud, e a outros com antecedentes médicos, a psicoterapia possui termos e conceitos que dão a falsa impressão de que têm a ver com a ciência médica. Uma compreensão do termo “doença” é a chave para se entender essa ilusão.
Será que o processo mental de alguém, ou seja, o seu pensamento e comportamento podem ficar literalmente enfermos? Nossos cérebros, que são físicos, certamente podem, mas as nossas mentes, que não são físicas, não podem adoecer.  Nesse caso, o termo “mentalmente enfermo” está errado - é um mito. Além disso, com algumas exceções na área da psiquiatria, os psicoterapeutas não se referem aos problemas orgânicos nem físicos dos seus pacientes.
Então, o que fazem os psicoterapeutas? Ora, no máximo eles conversam com os pacientes e os escutam. O psiquiatra pesquisador Dr. Thomas Szasz nos revela: “Em linguagem clara, o que o paciente e o psiquiatra realmente fazem? Eles falam e escutam um ao outro. Sobre o que falam? Falando claramente, o paciente fala de si mesmo e o terapeuta fala do paciente... cada um tentando conduzir o outro a ver ou fazer coisas, de um certo modo”.
Entendo que a maioria dos evangélicos, quer esteja no púlpito ou nos bancos, pode, certamente, lidar com a média do aconselhamento - que se resume simplesmente em falar e escutar. [NT. - Em Tiago 5:16, lemos: “Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis...”]. Contudo, poucos dentre nós são profissionais treinados. Não somos treinados adequadamente no sentido de falar e escutar, nem temos estudado teorias sobre o comportamento humano, as quais não passam de opiniões de homens ímpios.  Isso sem falar que existem mais de 500 sistemas de terapia e milhares de métodos técnicos (muitas vezes contraditórios e algumas vezes, altamente bizarros).
Então, não sendo profissionais, deixamos de possuir todo esse assim chamado conhecimento. Nesse caso, será que os profissionais não são mais efetivos do que os não profissionais no auxílio a pessoas com problemas psicológicos? Não!!!
Depois de ver uma pesquisa comparando profissionais treinados com os não treinados, os pesquisadores Truax e Mitchell registram: “Não há evidência alguma de que o costumeiro programa tradicional gradual tenha valor positivo no sentido de produzir terapeutas que possam oferecer melhor ajuda, comparados aos não profissionais”.
Considerem a conclusão  de um extenso projeto de pesquisa liderado pelo Dr. Joseph Durlack.
Acima de tudo, os resultados descobertos em estudos comparativos têm favorecido os não profissionais... Não houve diferenças significativas entre os auxiliadores, em 28 investigações; contudo, em 12 estudos feitos, os não profissionais foram significativamente mais efetivos. A chocante conclusão  dessas investigações comparativas é que os profissionais não possuem habilidades terapêuticas visivelmente superiores, quando comparados aos não profissionais. Além do mais, a educação em saúde mental, o treinamento e a experiência não são exigências necessárias a uma pessoa que presta ajuda mental.
O psicólogo Dr. Bernie Zibergeld escreveu em seu livro bestseller -The Shrinking of América: Miths of Psychological Changes”  (A Retração da América: Mitos das Mudanças Psicológicas) ... “A maior parte dos problemas enfrentados pelas pessoas seriam mais facilmente resolvidos com uma conversa com amigos, esposos, parentes ou alguém mais, que pareçam estar agindo bem, o que acreditamos estar fazendo parcamente... Se eu, pessoalmente, tivesse um problema de relacionamento e não pudesse resolvê-lo com o meu parceiro não sairia para ver essa retração. Olharia ao meu redor em busca do tipo de relação que admiro... É para isso que eu iria. Gosto que alguém me testemunhe pela sua vida que pode fazer isso.” [NT. - Trocando em miúdos: um bom testemunho cristão em vencer os obstáculos - pela fé em Cristo e no Seu poder - é o melhor testemunho que se pode oferecer a um irmão com problema].
Ora, esse é apenas o conselho de um homem que entende de psicoterapia. Contudo, nestes “tempos trabalhosos” para a igreja, muitos (e os números continuam crescendo) têm abandonado não apenas o “senso comum”, mas, o que é pior, eles têm descartado o seu mandato bíblico, que é ministrar um ao outro, através da Palavra de Deus e no poder do Espírito Santo. Foram intimidados pelos mitos e abandonaram a verdade. 
Finalmente, a psicologia cristã não pode reconciliar a ciência com a fé. Por que não? Porque a psicologia não é uma ciência e nem pode ser cristianizada. Sem dúvida, existem cristãos licenciados e psicoterapeutas profissionais, porém não em ramo ou afluente algum identificado como cristão.
         Considerem esta declaração representando a visão da “Christian Association for Psychological Studies” (Associação Cristã de Estudos Psicológicos)
“Somos freqüentemente indagados e somos ‘psicólogos cristãos’... Somos cristãos psicólogos, mas no momento não existe qualquer psicologia cristã aceitável, que seja significativamente diferente da psicologia não cristã. É difícil concluir que estejamos funcionando de um modo fundamentalmente distinto dos colegas não cristãos... Bem como não existe uma teoria  aceitável, um modo de pesquisa ou uma metodologia de tratamento distintamente cristão”.
         Então, como agem os psicoterapeutas licenciados? Eles se aproveitam seletivamente dos conceitos aprendidos, durante a sua educação e treinamento seculares, e tentam integrá-los ao seu sistema de crença cristã.  Contudo, esses conceitos são todos antiéticos à maneira bíblica de ministrar os problemas de um crente, relacionados ao domínio do pecado e a viver uma vida frutífera e produtiva que agrade ao Senhor.
         É de admirar que um cristão se volte para essas teorias da sabedoria de humana, as quais foram concebidas por homens tão obviamente anticristãos. Freud considerava a religião como uma ilusão e ficou conhecido pelo seu ódio ao Cristianismo, o qual ele acreditava ter ensinos anti-semitas.  Outros, como Abraão Maslow,  e Carl Rogers, eram ostensivamente novaerenses e ocultistas. Mesmo assim, considerem a citação de um conceituado líder psicólogo cristão: “Sob a influência de psicólogos humanistas, como Carl Rogers e Abraão Maslow, muitos de nós cristãos temos começado a ver a nossa necessidade de amor proprio e auto-estima. Este é um foco bom e necessário”.
Não segundo as Escrituras! 
         O Livro de Neemias nos dá uma descrição do que está acontecendo na igreja. Neemias (cujo nome significa Iavé é o nosso confortador) tipifica o Espírito Santo. Deus o envia para reconstruir e fortificar Jerusalém. Sob a desculpa de ajudar Neemias, os inimigos de Israel tentam subverter a restauração. Inacreditavelmente, o sacerdote dá ao adversário Tobias um aposento dentro do Templo. É exatamente o que está acontecendo, hoje em dia, na igreja, com a assim chamada psicologia cristã.
         É muito séria essa psicologização da igreja? Embora ela esteja sendo devastadora, agora mesmo, a Escritura nos diz que ela excederá em muito o que se possa imaginar: “SABE, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te” (2 Timóteo 3:1-5).
         “Nos últimos dias” a condição do homem vai ser “trabalhosa”. Essa admoestação principia com uma característica que é a pedra fundamental da psicologia humanista, a qual Paulo diz, nos versos 2-5,  ser a raiz de todos os males - o amor próprio.
         No próximo mês, vamos considerar os aspectos proféticos da psicologia secular e da psicologia cristã; como estas contribuem para a formação da igreja apóstata e da religião do Anticristo. TBC.
(Nota: partes deste artigo foram colhidas no DVD “Psychology and the Church: Critical Questions... Crucial Answers”.
T. A. McMahon, TBC, março 2006,
tradução de Mary Schultze


Todas as citações bíblicas são da ACF (Almeida Corrigida Fiel, da SBTB). As ACF e ARC (ARC idealmente até 1894, no máximo até a edição IBB-1948, não a SBB-1995) são as únicas Bíblias impressas que o crente deve usar, pois são boas herdeiras da Bíblia da Reforma (Almeida 1681/1753), fielmente traduzida somente da Palavra de Deus infalivelmente preservada (e finalmente impressa, na Reforma, como o Textus Receptus).
(retorne a http://solascriptura-tt.org/ SeparacaoEclesiastFundament/
retorne a http:// solascriptura-tt.org/ )

CÉU ISLÂMICO

Quem busca nas religiões do mundo uma visão da eternidade no céu está apenas se lançando numa aventura sem esperança. O Cristianismo Bíblico é a única religião verdadeira, a única a oferecer uma vida feliz e digna neste mundo, com a esperança de uma gloriosa eternidade junto ao nosso Criador.

"Para a liberdade Cristo nos libertou" (Gálatas 5:1) e devemos dar conta de nossos atos somente ao Pai Celestial, o Deus e Pai de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o qual veio ao mundo para nos dar uma eterna garantia de salvação. Quem segue os ensinamentos da Palavra de Deus, que é a Verdade, ou seja, o próprio VERBO entregue em letras, (na língua de cada povo que O tem buscado), está andando na estrada certa, rumo à felicidade eterna. Todas as demais religiões do mundo mostram sinais de que foram criadas por mentes falhas, sem nenhuma garantia significativa e concreta de vida feliz na eternidade.

A mais cruel e triste de todas essas religiões é o Islamismo. Conquanto muitos líderes políticos e religiosos teimem em afirmar que o Islamismo é do bem e que Alá é o mesmo Deus dos judeus e cristãos, os fatos têm comprovado ser esta uma afirmação totalmente falsa. A falsidade do Islamismo pode ser facilmente comprovada pela sua visão do céu.

Vamos dar uma olhada na teologia islâmica sobre o céu. Ele é apenas um bordel, onde as mulheres passam a eternidade servindo como escravas sexuais aos que mataram, em vida, muito "infiéis", principalmente judeus e cristãos. Uma mulher que abraça a religião de Alá deve ser totalmente ignorante do destino que a aguarda, após a morte, conforme a teologia islâmica. Por que iria ela desejar o posto de "esposa" entre as setenta e duas virgens, às quais o marido tem direito, no céu islâmico?

O falso profeta Maomé descreveu esse quadro da seguinte maneira: "A menor recompensa para os fiéis, que chegam ao paraíso, é uma habitação, onde 80.000 servos e 72 esposas, estão ao seu serviço. Essa habitação é decorada com pérolas, rubis, águas marinhas e rubis, numa extensão que vai de Al-Jabiyyat até Damasco" (Al-Rahman, conforme interpretado por Ibn Kathir, falecido em 1373).

Vamos citar, resumidamente, algumas promessas do Alcorão:

"Quanto aos justos, de certo eles triunfarão. Deles serão jardins e vinhedos, e virgens de busto volumoso, para serem suas companhias, numa taça de prazer realmente transbordante. Eles se sentarão com belas virgens de olhos negros, tão castas como ostras guardadas na concha. Sim, eles se casarão com essas virgens lindas. Eles se deitarão com essas belas virgens, com as quais se casarão, em macios divãs sobre rodas. Essas virgens serão tão preciosas como corais e rubis. Então, qual outro prazer o Senhor poderia recusar-lhes? Não só vão existir virgens em quantidade abundante, como também jovens moços, ávidos de serem devorados em deleites sexuais... Jovens de perpétuo frescor..."

Pelo visto, o bordel muçulmano inclui o mais abjeto pecado humano, que é o abuso de garotos adolescentes. Isso porque resumimos ao máximo as promessas descritas no Alcorão, a fim de poupar as inocentes mentes cristãs. Na Hadith, Maomé se estende, falando de virgens e garotos, promovendo um livre mercado sexual no paraíso islâmico. Bem ao gosto dos beduínos rudes e ignorantes.

O único provável mentor de tanta baixaria só poderia ser o príncipe das trevas, o anjo decaído, blasfemo e pornográfico, cujo nome é Lúcifer. O famoso cantor Michael Jackson acaba de se "converter" a esta religião. Mas, por que não? Ele foi acusado de abusar de garotos, em seu luxuoso apartamento, nos Estados Unidos. Portanto, as promessas do Alcorão vêm a calhar com a sua mente corrompida pela fama, pela ânsia de prazer e pela vocação às esferas luciferianas.

        Quando nos detemos a comparar o céu islâmico com o céu criado para os filhos de Deus (angelicais e humanos), o qual é apresentado do Gênesis até o Apocalipse, não encontramos a menor semelhança entre os mesmos. O céu prometido pelo Pai aos que conhecem e amam o Seu Filho é uma sucessão de alegria, pureza, beleza e bênçãos eternas, onde todos nos uniremos, ajoelhados humildemente, diante do Cordeiro Santo, para louvar e glorificar Aquele que deu Sua preciosa vida por nós. Jesus comenta com o Pai, em João 17:3, na Oração Intercessória: "E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste".

A Bíblia é o Livro mais belo, mais perfeito e mais santo, que Deus escreveu, usando homens de vida irrepreensível, inspirados pelo Espírito Santo. Enquanto isso, o Alcorão é uma revista pornográfica, em cuja leitura o homem carnal e depravado se refestela, nos mais baixos instintos de sua natureza corrompida pelo pecado.

FONTE:

Mary Schultze, 23/11/2008 – www.cpr.org. br/Mary.htm

Dados colhidos no texto "The Islamic Heaven: A Pornographic Brothel", do Pr. Joseph Chambers

sábado, 22 de novembro de 2008

Mansidão de Cristo

- Irmã, por favor, me ajude, porque ainda não consegui localizar a igreja!
- Mas, pastor, o senhor está bem pertinho! Olha, siga duas ruas à frente após o semáforo e desça à esquerda. No quarto cruzamento vire à esquerda e vá para o número 252.
- Ah, meu Deus, direita, esquerda, semáforo, irmã, eu vou me atrasar um pouquinho!
O pastor estava procurando a igreja Batista da Vila Colônia. Mas a cidade é grande e era a sua primeira vez naquela região. Levou consigo o guia de ruas, mas, por via das dúvidas, deixou o celular ligado. Tentou orientar-se com a secretária da igreja, que era a esposa do pastor local. Mas ele estava tão aflito, que não conseguia nem achar o semáforo.
- Segunda, terceira, ah, droga, cadê esse semáforo? Eu vou chegar atrasado! Meu Deus, me ajude!
- Calma, pastor, o senhor vai conseguir já, já! - disse a secretária, do outro lado da linha.
Subitamente o pastor cruzou a terceira travessa, enquanto falava com a moça. Foi quando tentou cruzar a terceira travessa. Não percebeu que havia um semáforo bem no cruzamento, e o sinal era vermelho. Ele passou. Na rua que cruzava um outro veículo vinha devagar, obedecendo ao sinal verde. Ao perceber o descuido do pastor, acabou brecando violentamente e conseguiu evitar uma tragédia. Bem, evitou a batida, mas a tragédia... Ele esqueceu de desligar o celular. A irmã o chamava:
- Pastor, pastor, o que aconteceu?!
O outro motorista, que fora cortado, sem saber que o pastor estava perdido, começou a gritar:
- Seu imbecil, não viu que o sinal estava vermelho pra você?
- Imbecil é a sua mãe, seu palhaço! Eu cruzo no vermelho quantas vezes quiser e ninguém tem nada com isso! Vai encarar?
- Olha, não me ameace não, porque você não sabe com quem está mexendo...
- Ah, judiação do nenê! Tô morrendo de medo! Vem, vem me pegar, seu sem-vergonha! Vem se você for homem!
A secretária, atônita, pensou:
- Meu Jesus, e agora? Ele vai apanhar na rua! E o meu marido que não chega...
O motorista do outro carro parou e desceu. Tinha um pedaço de pau dentro do carro, que ele tirou com ares de superioridade. O pastor, por sua vez, sangue quente, enfiou a mão por debaixo do banco e tirou o extintor de incêndios.
- Ele quer briga? Pois vai ter! - pensou.
Ambos estavam na rua. O celular do pastor estava pendurado na cinta. E a secretária já estava rouca de tanto gritar, inutilmente.
- Olha aqui, seu barbeiro - falou o outro motorista - É melhor ir andando, se você tiver amor pelos seus filhos. Você está errado e vai apanhar aqui e agora. Assim, saia enquanto é tempo!
- Seu cafajeste, pensa que a rua é só sua? Só você sabe guiar? Vem, vem aqui com o papai, que eu te dou um banho de espuma!
A secretária já estava roxa de tanto gritar e agora ficava pálida: eles iam brigar!
Mas, subitamente, o outro motorista disse:
- Quer saber de uma coisa? Você é insignificante demais pra mim. Não vou estragar meu pedaço de pau numa cabeça tão oca quanto a sua. Dá o fora, imbecil!
- ahahahah, amarelou, né, palhaço? Pois eu é que não vou gastar o meu extintor num cara que não honra as calças. Vá pro inferno e não cruze mais comigo!
- Vá pro inferno você, babaca!
Os dois entraram nos seus carros e saíram cantando pneus, quase batendo novamente. Mas foram embora. O pastor parou o carro e começou a xingar:
- Cara fdp, v, c, &*()(  #$@R%^^^& (palavras intraduzíveis, caríssimo leitor. Qualquer dúvida, pergunte para a secretária, que estava na linha, ouvindo tudo).
Então, lembrando-se das conferências da noite, cujo tema era MANSOS COMO CRISTO, parou um pouco, tentou lembrar-se do endereço e tentou ligar pra secretária. Sem aperceber-se que havia linha no aparelho, apertou os botões e disse:
- Alô? Já atendeu, irmã? Que rapidez!
Ela, escandalizada, envergonhada, decepcionada, sem ter o que dizer, falou:
- Desce a segunda à direita e vira à esquerda. Número 252.
E rapidamente o pastor chegou à igreja. Estacionou, escolheu o seu melhor sorriso, disse consigo mesmo que aquelas coisas acontecem e são passageiras, desceu do carro e, em lugar do extintor, tomou a bíblia e o hinário.
As pessoas, ansiosas por cumprimentarem-no, aproximaram-se. Ele, cortez e cavalheiro, a todos atendeu com carinho. O pastor da igreja, que chegara atrasado, estava ocupado na sala de reuniões e iria entrar no decorrer do culto, para apresentar o pregador.
O culto começou. Orações, leituras responsivas, corinhos da equipe de louvores, números especiais, um culto e tanto! O pastor-visitante estava feliz.
Então, antes de passarem a palavra para ele, chamaram o pastor da igreja, para que ele fizesse a apresentação. O pastor da igreja não o conhecia pessoalmente, só por fama de bom pregador.
Foi quando o pastor entrou, pela porta dos fundos, ao lado da esposa, a secretária da igreja. O pastor visitante estava de costas, falando com um corista.
O pastor da igreja olhou para o auditório, olhou para o pastor e ficou mudo. O povo imaginava que ele estivesse escolhendo as palavras para apresentá-lo de forma polida e diplomática. Afinal, ele gostava de honrar os visitantes. Mas o silêncio estava custando a passar, e começava a ser constrangedor. Algumas bagas de suor escorriam pela testa do pastor. O pastor visitante, de repente, sentado onde estava, envermelhou-se e abaixou a cabeça, no maior silêncio também.
Agora a igreja estava preocupada.
Os adolescentes diziam:
-"Aí, meu, da hora esse suspense! Acho que pintou sujeira, saca só!"
Um garotinho de dois anos olhou pra mãe e perguntou:
- "Mamãe, o pastor usa flaldas também? Ele tá fazendo a mesma cala que eu faço quando tô fazeno cocô" . E a mãe: "Cala a boca, menino!"
Um seminarista cutucou a namorada, com ares irônicos, e falou:
- Tá vendo, bem? Até ele esquece o esboço de vez em quando. Não sei porque só falam de mim".
Silêncio na igreja. Um olhava para o rosto do outro, sem saber o que fazer. O coral fazia gestos ao regente, que os mandava aguardar. Eram duzentas pessoas suando, sem saber nem porquê.
E o pastor, no púlpito, começou a chorar. A igreja pensou que ele tivesse recebido uma notícia ruim. Mas, estranhamente, o pastor visitante também, e de soluçar!
Um universitário, novo convertido, exclamou:
- Poxa, cara, surrealismo pós-moderno! Divino!
O choro dos dois, cada um no lugar onde estavam, era tão comovente, que muitos começaram a chorar também, sem terem a mínima idéia do porquê. Um crente pentecostal, que estava alí, arriscou a dizer para os seus colegas de banco:
- Aleluia, irmãos, acho que ele recebeu o batismo! Eu sabia! Um dia ia acontecer! Aleluia!
O pastor visitante levantou-se e desceu da plataforma, chorando. Realmente comovente. Estava indo embora pelo corredor lateral, quando o pastor da igreja disse, ao microfone:
- ESPERE!!!
- Pra quê?
- Porque somos crentes!
Então o pastor visitante estacou, virado de costas. O pastor da igreja começou:
- Irmãos, há cerca de uma hora eu e ele quase saímos no tapa no cruzamento da rua de cima, por causa de uma briga de trânsito. Ele iria me dar um banho de extintor de incêndios, e eu iria surrá-lo com um pedaço de pau que guardo no carro. Amados, quando é que eu iria imaginar que esse era o homem que eu havia convidado para pregar aqui na igreja hoje?
E o pastor visitante, do corredor, exclamou:
- E como eu iria saber que o senhor era o pastor da igreja que eu estava procurando?
Voltaram a chorar. Agora a igreja chorava de gosto, porque sabia a razão.
Um velho diácono, experiente, sincero, leal e consagrado, tomou a palavra e disse:
- Igreja, que sermão melhor poderíamos ouvir sobre ser MANSO COMO CRISTO? Esses pastores, humanos, pecadores, falhos, mostraram para nós tudo quanto não devemos fazer, e certamente muitos de nós fazemos até pior! Nós só não temos coragem de dizer! Mas, se eles pecaram, Jesus é fiel e justo para perdoá-los e purificá-los! E essa é a maior lição! Pastores, vocês são crentes! Lembrem-se do que diz a Bíblia: "irai-vos e não pequeis, não se ponha o sol sobre a vossa ira" (Rm 12.19). Vocês acham que Jesus faria o que vocês fizeram? Ele era manso! Sejam mansos também! E agora façam o favor de se reconciliarem e glorificarem ao Senhor! Vamos, pastores, o que estão esperando?
Envergonhados, pálidos, assustados, os pastores saíram de seus lugares e, nas escadas da plataforma, abraçaram-se, pedindo perdão um para o outro, em lágrimas comoventes, que marcaram a vida daquela igreja. Naquele dia o sermão não foi pregado com palavras, mas proclamado com atitudes. Não pelo pecado que cometeram, mas porque aprenderam que pecar custa muito caro. E Deus usou o velho diácono como nunca havia usado. Seja Deus engrandecido.
Faz 4 anos que isso aconteceu. E há 4 anos essa igreja não tem mais problemas de ressentimentos ou mágoas, porque, assim que surgem os problemas, são tratados com responsabilidade. Afinal, ninguém quer passar o vexame que os pastores passaram.
POIS SENDO RESGATADOS POR UM SÓ SALVADOR
DEVEMOS SER UNIDOS POR UM MAIS FORTE AMOR
OLHAR COM SIMPATIA OS ERROS DE UM IRMÃO
E TODOS AJUDÁ-LO COM BRANDA COMPAIXÃO
SE TUA IGREJA TODA ANDAR EM SANTA UNIÃO
ENTÃO SERÁ BENDITO O NOME DE "CRISTÃO"
ASSIM O QUE PEDISTE EM NÓS SE CUMPRIRÁ
E TODO O MUNDO INTEIRO A TI CONHECERÁ
(hino 381 do Cantor Cristão, AMOR FRATERNAL, segunda e quarta estrofes)

Pr. Wagner Antonio de Araújo
bnovas@uol.com.br
20/04/2002

Psicologia - Ciência ou Religião?

 

            O que William Law escreveu, há dois séculos, está mais evidente hoje: “O homem precisa ser salvo de sua própria sabedoria tanto como de sua justiça própria, pois ambas produzem uma e a mesma corrupção”.

            É um paradoxo verificar que, no tempo em que os pesquisadores da Psicologia [secular] demonstram menos confiança no aconselhamento psicológico, mais e mais cristãos estejam correndo atrás dele. Os centros de aconselhamentos “cristãos” estão brotando através de toda a nação, oferecendo o que muitos acreditam ser uma perfeita combinação de Cristianismo mais Psicologia.         Além disso, os cristãos que não estão no ministério de aconselhamento buscam os psicólogos para se aconselharem sobre como viver, como se relacionar com os outros e como enfrentar os desafios da vida.

            Em suas tentativas de se tornarem importantes, muitos pregadores, mestres, conselheiros e escritores promovem uma perspectiva psicológica da vida, em vez da perspectiva bíblica. O emblema da Psicologia obscurece a Cruz de Cristo e o jargão psicológico de cristãos professos contamina a Palavra de Deus. A Psicologia é um levedo sutil disseminado na Igreja. Ela tem permeado a massa e está matando de inanição espiritual as ovelhas. Ela promete muito mais do que pode dar e o que ela dá não é alimento nutritivo. Mesmo assim, multidões de cristãos professos vêem a Psicologia com respeito e admiração.

            Ora, quando falamos em Psicologia, não estamos nos referindo a todo o campo de estudos psicológicos, como o da pesquisa válida. Nossa preocupação reside exatamente naquelas áreas que tratam da natureza humana; de como o homem deve viver e de como ele pode mudar. Estas áreas envolvem alguns valores, atitudes e comportamentos, que são diametralmente opostos aos ensinos da Palavra de Deus. Vamos ver, portanto, que a Psicanálise a Psicoterapia são incompatíveis com a fé cristã.

Quatro mitos sobre a Psicologia

Entre os cristãos professos existem quatro mitos importantes sobre a Psicologia, os quais têm se entrincheirado dentro da Igreja. O primeiro mito, igualmente comum aos cristãos e os não cristãos é que a Psicoterapia (aconselhamento psicológico, com suas teorias e técnicas) é uma ciência... Um meio de estudar e ajudar a humanidade, baseado na empírica evidência formada por dados mensuráveis e consistentes.

O segundo mito importante é que o melhor tipo de aconselhamento é o que utiliza tanto a Psicologia como a Bíblia. Os psicólogos que se dizem cristãos geralmente afirmam ser mais qualificados para ajudar as pessoas a se entender melhor e a mudar o seu comportamento do que os cristãos (inclusive pastores e presbíteros) que não usam a Psicologia.

O terceiro mito importante é que as pessoas que estão passando por problemas mentais, emocionais e comportamentais são mentalmente enfermas.  Elas estão supostamente enfermas no sentido psicológico e, portanto, precisam de uma terapia psicológica. O argumento comum é que o médico trata do corpo, o ministro trata do espírito e o psicólogo trata da mente e das emoções. A não ser que os ministros sejam treinados na Psicanálise e na Psicoterapia, eles, supostamente, são desqualificados para ajudar as pessoas que estão passando por problemas existenciais.

O quarto mito importante é que a Psicoterapia tem um alto registro de sucesso... Que o aconselhamento psicológico profissional produz maiores resultados do que outras formas de ajuda, tais como a auto-ajuda, a ajuda familiar, a dos amigos ou a dos pastores. Desse modo, o aconselhamento psicológico é visto como mais eficiente do que o aconselhamento bíblico, no sentido de  ajudar os cristãos. Esta é uma das principais razões por que os cristãos professos estão estudando, a fim de se tornarem psicoterapeutas.

A Psicologia é uma ciência?

            Homens e mulheres de Deus buscam o conhecimento tanto na Escritura como na revelação divina através do mundo físico. Paulo diz que todo homem é responsável diante de Deus por causa da evidência que a criação dá sobre a Sua existência (Romanos 1:20). O estudo científico é um meio válido para se chegar a uma compreensão da obra de Deus e pode ajudar muito nos caminhos da vida.

            A verdadeira ciência desenvolve teorias embasadas no que pode ser observado. Ela examina cada teoria através de rigorosos testes, para ver se estas correspondem à realidade. O método científico trabalha, cuidadosamente, observando e  registrando os dados físicos e quando chega a uma conclusão ela qualifica ou não a teoria.

            Durante os meados do século 19, eruditos (na verdade, filósofos) quiseram estudar a natureza do homem, na esperança de aplicar o método científico para observar, registrar e tratar o comportamento humano.  Eles acreditavam que, se as pessoas pudessem ser estudadas de maneira científica, haveria maior exatidão na compreensão do comportamento atual, em predizer o comportamento futuro e em alterar o comportamento através da intervenção científica.

            A Psicologia, bem como o seu braço forte, a Psicoterapia, têm adotado, de fato, uma prática científica. Contudo, a partir de um estrito ponto de vista científico, elas não têm conseguido satisfazer as exigências da ciência. Ao tentar avaliar o status da Psicologia, a American Psychological Association nomeou Sigismund Koch para planejar e dirigir um estudo subsidiado pela National Science Foundation. Este estudo envolveu 80 eruditos eminentes, assessorando fatos, teorias e métodos da Psicologia. Em 1983, os resultados foram publicados numa série de sete volumes, intitulada “Psychology: A Study of Science”. Koch publicou a ilusão de se pensar que a Psicologia é uma ciência:

            “A esperança de uma ciência psicológica tornou-se impossível no que se refere à mesma. Toda a história subseqüente da Psicologia pode ser vista como um esforço ritualista, tentando se igualar às formas da ciência, a fim de manter a ilusão de que ela seja uma ciência”.

Koch acrescenta: “Através da história da Psicologia como ‘ciência’, o grosseiro conhecimento que ela tem apresentado tem sido simplesmente negativo”.

O fato é que as declarações psicológicas que descrevem o comportamento humano, ou que registram resultados de pesquisas, podem ser científicas. Contudo, quando deixamos de descrever o comportamento humano, para explicá-lo e, particularmente, mudá-lo, saímos da ciência para o campo da opinião.  Sair da descrição para a prescrição é se mover da objetividade para a opinião. E a opinião sobre o comportamento humano, quando apresentada como verdade ou fato científico, é simplesmente uma pseudociência. Ela se embasa em falsas premissas (opiniões, suposições e explanações subjetivas), conduzindo a conclusões falsas.

O dicionário define pseudociência como “um sistema de teorias, suposições e métodos erroneamente observados como sendo científicos”.  A pseudociência ou falsa ciência inclui o uso do rótulo científico, a fim de produzir e promover opiniões que não são prováveis nem refutáveis.

Um aspecto da Psicologia dirigido pela pseudociência é a Psicoterapia. Se ela tivesse alcançado sucesso como uma ciência, haveria algum consenso no campo com referência aos problemas mentais, emocionais e comportamentais e como tratá-los. Em vez disso, o campo está repleto de teorias e técnicas contraditórias, todas elas comunicando confusão, em lugar de alguma coisa organizada.

A Psicoterapia  prolifera com muitas explanações conflitantes sobre o homem e  o seu comportamento. O psicólogo Roger Mills, em seu artigo “Psychology Goes Insane, Botches Role as Science”, afirma:

“O campo da Psicologia, hoje em dia, é literalmente,  uma bagunça. Existem tantas técnicas, métodos e teorias envolvendo-o, como existem pesquisadores e terapeutas. Tenho visto, pessoalmente, terapeutas convencendo os clientes de que todos os seus problemas provêm de suas mães, das estrelas, de sua formação bioquímica, de sua dieta, do seu estilo de vida e até do carma de vidas passadas”.

Com mais de 150 sistemas diferentes de Psicoterapia, cada um deles afirmando superioridade sobre os outros, é difícil visualizar opiniões tão diferentes, como sendo ciência, ou até mesmo fatos.

Os verdadeiros fundamentos da Psicoterapia não são científicos, principalmente o determinismo, o humanismo secular, o behaviorismo, o existencialismo e, também, o humanismo. O psiquiatra de renome mundial, E. Fuller Torrey, diz claramente:

“As técnicas usadas pelos psiquiatras ocidentais estão, com raras exceções, no mesmo nível das práticas usadas pelos curandeiros da feitiçaria”.

A Psicologia como religião

             Explicações sobre a razão das pessoas se comportarem como se comportam e de como mudam de comportamento têm preocupado filósofos, teólogos, líderes de seitas e ocultistas através dos séculos. Estas explicações formam a base da Psicologia moderna. Contudo, a Psicologia trata das mesmas áreas de preocupação tratadas na Escritura.

            Visto como a Palavra de Deus ensina a viver, todas as idéias relativas ao comportamento e às mudanças do mesmo são vistas como de natureza religiosa. Enquanto a Bíblia afirma sua inspiração divina, a Psicoterapia afirma possuir substância científica. Mesmo assim, considerando que ela trata do comportamento, das atitudes morais e dos valores, está tratando de religião... quer seja da fé cristã ou de quaisquer outras das inúmeras religiões mundiais, inclusive do humanismo secular.

            O prêmio Nobel Richard Feinman, ao considerar a afirmação de status científico da Psicoterapia, diz: “a Psicanálise não é uma ciência... Talvez ela se assemelhe mais ao curandeirismo ocultista”.

            Carl Jung escreveu:

            “As religiões são sistemas de cura de doenças psíquicas... Daí porque os pacientes forçam os psicoterapeutas a representar o papel de sacerdotes, esperando e exigindo deles que os liberte dos seus problemas. Por isso, nós, os psicoterapeutas, devemos nos ocupar dos problemas que, estritamente falando, pertencem aos teólogos”.

            Observem que Jung usou a palavra “religiões”, em vez de usar a palavra “Cristianismo”. Ele havia repudiado o Cristianismo e explorado outras formas de experiência religiosa, inclusive o ocultismo. Sem anular a natureza religiosa do homem, Jung estava tratando do Deus da Bíblia e assumindo ele mesmo o papel de sacerdote.

            Jung via todas as religiões,  inclusive o Cristianismo, como mitologias coletivas. Ele não acreditava que elas fossem reais na essência, mas que podiam afetar a personalidade humana, devendo servir de solução aos problemas do homem.

            Ao contrário de Jung, Sigmund Freud reduzia todas as crenças religiosas ao status de ilusão e chamava a religião de “neurose obsessiva da humanidade”. Ele via a religião como algo ilusório e, portanto, uma coisa má e causadora de problemas mentais.  Tanto a posição de Jung como a de Freud são verdadeiras, no que se refere às [falsas] religiões do mundo, mas também são anticristãs [N.T.: colocando o Cristianismo no mesmo balaio de gatos das falsas religiões]. Jung nega o Cristianismo e Freud o transforma em ilusão.

            Ao repudiar o Deus da Bíblia, tanto Jung como Freud conduziram seus seguidores à busca de compreensões alternativas para os problemas existenciais. Eles mergulharam inteiramente em suas limitadas imaginações e viram as coisas a partir de uma subjetividade anticristã. A fé uma vez entregue aos santos foi substituída por um tipo de fé disfarçado de medicina ou ciência, embasado em fundamentos, em direto contraste com a Bíblia.

            O psiquiatra Thomas Szasz, em seu livro “The Mith of Psychoterapy”, publicado em 1978, diz: “Os ingredientes básicos da Psicoterapia nem sempre envolvem repressão”. Ele aponta que, conquanto a Psicoterapia não envolva repressão, ela sempre envolve religião e (conversação) retórica. Szasz diz muito acentuadamente  que “As relações humanas que agora chamamos Psicoterapia são, de fato, assuntos de religião, enquanto as rotulamos, erroneamente, de terapêuticas, para enorme risco do nosso bem estar espiritual”  [N.T.: Quando um católico se confessa com um sacerdote e lhe conta os pecados, sai do confessionário totalmente curado de suas preocupações. Este é o segredo do sucesso dos confessionários católicos]. Sempre se referindo à Psicoterapia como sendo uma religião, Szasz diz:  “Ela não é apenas uma religião se fazendo passar por uma ciência, mas é, realmente, uma falsa religião, a qual busca destruir a verdadeira religião”. Ele diz ainda que “A psicoterapia é um nome moderno com tonalidade científica, para o que antigamente se chamava ‘cura da alma’.” Um dos seus principais objetivos ao escrever “The Mith of Psychoterapy”  foi:

            “... Mostrar como, com o declínio da religião e o crescimento da ciência, no século 18, a cura das almas (pecaminosas), que havia sido uma parte integral das religiões cristãs,  foi substituída pela cura das mentes, chamada ‘Psicoterapia’. O verdadeiro aconselhamento bíblico foi obscurecido e hoje é uma prática quase inexistente”.

Psicoterapia transpessoal

            Embora todas as formas de Psicoterapia sejam religiosas, o quarto ramo da Psicologia - o transpessoal - é  mais ostensivamente religioso do que os outros. As psicologias transpessoais envolvem a fé no sobrenatural... em algo que transcende o universo físico. Contudo, a espiritualidade que elas oferecem inclui experiências místicas, tanto do ocultismo como das religiões orientais.

            Através das psicologias transpessoais, várias formas de religiões orientais estão invadindo a vida ocidental. O psicólogo Daniel Goleman cita Chogyam Tungpa, dizendo: “O budismo vai entrar no ocidente sob a forma de Psicologia”. Goleman aponta como as religiões orientais “parecem estar tomando uma forte direção como psicologias, não como religiões”. Jacob Needleman também diz:

            “Um grande e crescente número de psicoterapeutas está agora convencido de que as religiões orientais oferecem uma compreensão da mente muito mais completa que qualquer coisa já vista pela ciência ocidental. Ao mesmo tempo, os novos líderes das novas religiões - os inúmeros gurus e mestres espirituais, agora agindo no Ocidente - estão adaptando e reformulando os sistemas tradicionais, conforme a linguagem e a atmosfera da Psicologia moderna”.

Psicologia mais Bíblia

            A Igreja não escapou dessa grande invasão da influência da Psicoterapia. Ela tem, inconscientemente, mas com ansiedade, abraçado a falsa ciência da Psicoterapia. Ela não apenas tem incorporado intimamente este espectro das diversas circunstâncias e ensinos dos psicoterapeutas nos sermões e nos seminários, como está andando de mãos dadas com a Psicoterapia, confiando mental e emocionalmente e até coxeando diante do enaltecido altar da Psicoterapia.

            Muitos líderes da Igreja contendem que esta não tem capacidade para enfrentar  as necessidades das pessoas que sofrem de depressão, ansiedade, medo e outros problemas da vida.  Por isso, elas confiam e prestam mais atenção aos praticantes da falsa ciência do que à Palavra de Deus e à obra do Espírito Santo.

            Por causa da confusão entre a ciência e a pseudociência, os líderes da Igreja têm elevado os psicoterapeutas a uma posição de autoridade dentro da Igreja moderna. Desse modo, qualquer ataque à mistura da Psicoterapia com o Cristianismo é considerado um ataque à própria Igreja.

            Embora a Igreja tenha aceitado e endossado, quase universalmente, a Psicologia, existem cristãos que não o fizeram. O Dr. Jay E.Adams diz:

            “Em minha opinião, defender, permitir e praticar a Psiquiatria e os dogmas psicanalíticos dentro da Igreja é  tão pagão e herético (apóstata e perigoso) como propagar os ensinos das seitas mais bizarras. A única diferença vital é que as seitas são menos perigosas, visto como os seus erros são logo detectáveis”.

            A Psicoterapia é o erro mais sutil e perigoso espectro perseguindo a Igreja, por ser percebida e recebida como uma salvação científica para a alma enferma, uma vez que ela é, realmente, um sistema pseudocientifico substituto da crença religiosa.

            A igreja primitiva encarou e ministrou os problemas mentais e comportamentais, que eram tão complexos como os de hoje. De modo algum, as condições da igreja primitiva eram mais difíceis do que as de hoje. Os cristãos primitivos sofreram perseguições, pobreza e várias outras aflições que a cristandade do século 20 não conhece (especialmente no Ocidente). As catacumbas de Roma são um testemunho da gravidade e dos problemas encarados pela igreja primitiva.

            Quando sofremos, hoje em dia, isso acontece pelo excesso de facilidades, as quais nos induzem ao egocentrismo, o que não acontecia nos tempos antigos.  Contudo, a cura dos pecados e da autopreocupação existia na igreja primitiva, tanto como existe hoje. 

            A Palavra de Deus e a obra do Espírito Santo são aplicáveis a todos os problemas da vida, e não precisam ser substituídos pelas conversas, nas terapias e nos psicoterapeutas.  Será que a igreja moderna desistiu de sua vocação e da obrigação de ministrar aos indivíduos que sofrem?  Se isso acontece é porque os cristãos acreditam no mito de que o aconselhamento psicológico é uma ciência, quando, em verdade, ele é apenas outra religião, “outro evangelho”.

            O conflito entre a maneira de aconselhamento psicológico e a maneira de aconselhamento bíblico não está entre a verdadeira ciência e a religião da Bíblia.

            A pior de todas as primorosas promessas da Psicologia “cristã” é que a Bíblia mais a Psicoterapia podem prover melhor ajuda  que a Bíblia sozinha. Conquanto esta idéia tenha sido promovida por muitos psicoterapeutas “cristãos”, não existe qualquer evidência na pesquisa que possa respaldá-la.

            Pessoa alguma jamais conseguiu provar que a Bíblia precise de argumentação psicológica, a fim de se tornar mais efetiva, no tratamento dos problemas da vida. Ninguém pôde comprovar que a cura “cristianizada” das mentes (a Psicoterapia) seja mais benéfica  que o uso da simples e não adulterada cura das almas, através do aconselhamento bíblico.

Existe uma Psicologia cristã?

            A Christian Association of Psychology Studies (CAPS) é formada por um grupo de psicólogos e conselheiros que professam ser cristãos. Em uma de suas reuniões, foi declarado o seguinte:

            “Sempre nos indagam se somos ‘psicólogos cristãos’ e achamos difícil responder, uma vez que não sabemos o que esta pergunta significa. Somos cristãos que são psicólogos, porém, no momento, ainda não existe uma Psicologia cristã aceitável, que seja diferente da Psicologia não cristã. É difícil afirmar que funcionamos de maneira diferente dos nossos colegas não cristãos... Visto como ainda não existe uma teoria aceitável, um modo de pesquisa ou metodologia de tratamento que seja distintamente cristão”  (06/76 - CAPS Western Association).

            Apesar da lengalenga das opiniões e contradições científicas, os “psicólogos cristãos”  proclamam: “Toda verdade é a verdade de Deus”, mas não são claros no que significa “a verdade de Deus”.
Será que os pronunciamentos de Freud sobre a neurose obsessiva são a verdade de Deus? Ou será ela a estrutura dos arquétipos de Jung? Ou será que a verdade de Deus  é o behaviorismo de B. F. Skinner. Ou a verdade de Deus significa: “Estou bem. Você está bem?”

            A Psicologia, como todas as religiões, inclui elementos de verdade. Até mesmo a tentação que Satanás fez a Eva  incluiu a verdade e a mentira. A sedução de que “toda verdade é a verdade de Deus” é a falácia de que existe muita semelhança entre os ensinos bíblicos e as idéias psicológicas. Contudo, tais semelhanças não tornam a Psicologia compatível com o Cristianismo mais que a semelhança com outras crenças religiosas. Até mesmo religiões como o Hinduísmo, o Budismo e o Islamismo contêm declarações sobre atitudes e comportamentos que podem ser semelhantes a alguns versos bíblicos. As semelhanças entre a Psicologia e o Cristianismo indicam simplesmente que os sistemas de aconselhamento          são, de fato, religiosos. O cristão não deveria procurar os psicólogos mais que os líderes das religiões não cristãs, a fim de conseguir ajuda para os problemas existenciais.

            Tendo em vista que não existe uma Psicologia “cristã” definida, qualquer um que se nomeie psicólogo cristão decide por conta própria quais entre as inúmeras opiniões e métodos dos psicólogos se adaptam às suas idéias sobre “a verdade de Deus”. Ao fazer isto, as observações subjetivas e as opiniões pessoais de simples mortais são colocadas no mesmo nível da inspirada Palavra de Deus.

            Somente a Bíblia contém a exclusiva e pura “verdade de Deus”. Tudo o mais é distorcido pelas limitações da percepção humana. Qualquer coisa que se possa descobrir além da criação de Deus é apenas um conhecimento ou entendimento parcial. Nada pode ser equiparado à verdade de Deus.

            O simples fato de imaginar que teorias sempre conflitantes de homens não redimidos, como Freud, Jung, Rogers e outros, sejam a verdade de Deus é minar a Palavra de Deus. Que os psicólogos que se autodenominam cristãos tenham a ousadia de usar esta frase para justificar o uso da Psicologia apenas demonstra a direção de sua fé.

            A declaração de que “toda verdade é a verdade de Deus”  é comentada na publicação cristã Baker Encyclopedia of Psychology. O livro afirma que os seus contribuintes estão “entre os melhores eruditos evangélicos no campo”. Na revisão deste livro, o Dr. Ed Payne, professor associado de Medicina, no Medical College of Georgia, diz:

            “Quase certamente a mensagem do livro e de seus autores é que a Bíblia e a literatura psicológica  estão no mesmo nível de autoridade”. Payne prossegue:

            “A alternativa do auto-amor não é o auto-ódio, mas o amor no relacionamento com Deus e os outros; a alternativa para a auto-estima não é a autocondenação, mas uma compreensão da grandeza de Deus habitando em um vaso de barro; a alternativa para a auto-satisfação não é uma vida vazia de significação, mas o convite de Deus para que a pessoa se envolva com Ele, em vez de se envolver consigo mesma. A verificação de que o Deus Criador do universo escolheu depositar em nós o Seu amor deveria gerar amor e estima por Ele, em vez de gerá-los por nós. A admirável verdade de que Deus nos tem convocado para um relacionamento com Ele, para fazer a Sua vontade, ultrapassa de longe os nossos ínfimos sonhos de auto-satisfação.”

            Os psicologizadores da Igreja não estão provendo alimento espiritual àqueles que eles tentam deixar à vontade em sua autocentralidade. Eles estão lhes roubando as riquezas de Cristo, as quais são ofertadas a todos os que se humilham na Sua presença.

            A humildade não se encontra na linguagem da Psicologia em qualquer grau elevado. Dobbins chega ao ponto de encorajar os indivíduos a expressarem sua ira contra Deus (Ver o registro de James Dobson para o mesmo ensino). Ele diz: “Se você estiver zangado com Deus, diga-Lhe isto. Vá em frente e fale. Ele é  grande o bastante para recebê-lo” [N.T.: Este ensino foi adotado por alguns segmentos evangélicos neopentecostais, os quais afirmam que o crente deve “perdoar Deus”].

Onde se encontra na Escritura que seja correto ficar zangado com Deus? Jonas se revoltou contra a Sua ordem, para o seu próprio detrimento, mas nenhum exemplo pode ser encontrado, onde a ira contra Deus seja condescendida ou mesmo encorajada. Eclesiastes 5:2: “Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu estás sobre a terra; assim sejam poucas as tuas palavras”.

            Sempre que se mistura a Psicologia com a Escritura, a Palavra de Deus é diluída e a Igreja, enganada. A ira é mais complexa que a enganosa simplicidade apresentada por Dobbins. Sua base bíblica para explicar a raiva é fraca, na melhor das hipóteses, e errônea, na pior. Os escritos e os filmes de Dobbins são embasados em suas opiniões psicológicas pessoais, sem qualquer comprovação. Infelizmente, essas opiniões e conclusões não condizem com a realidade. Aparentemente, Dobbins gostaria que acreditássemos no que ele diz, simplesmente porque ele o diz. Contudo, concordar com suas teorias é carregar uma mala cheia de vento (conforme ele faz em seus escritos) e, recomendar que alguém se zangue com Deus, sem qualquer pesquisa válida ou prova bíblica, é cientificamente recusável e biblicamente não confiável.

A estrada menos viajada

            O psiquiatra M. Scott Peck se tornou extremamente popular como preletor e escritor, entre os cristãos professos. Seus livros “People of the Lie”  (Povo da Mentira) e “The Road Less Traveled”  (A Estrada Menos Viajada) têm aparecido nas colunas da revista evangélica Livro do Ano. A lista é o resultado dos votos coletados de líderes e teólogos evangélicos selecionados pela revista. Um revisor de livros do New York Times revela: “A principal aceitação do livro está no vasto Cinturão Bíblico”. O revisor descreve “A Estrada Menos Viajada” como “uma ambígua tentativa de casar a teologia cristã com as descobertas de Freud e Jung do século 20”. Numa entrevista que apareceu na “Christianity Today”, perguntaram a Peck o que ele achava de chamar Cristo de “Salvador”, ao que ele respondeu:

            “Peck gosta de Jesus, o Salvador, como uma vovó complacente (um termo que eu tenho certeza de que ele não usa com seriedade), e um exemplo, alguém que nos mostra como viver e morrer. Mas ele não gosta da idéia de Jesus, o Propiciador” (Christianiy Today, 01/03/85, p. 22).

            A compreensão de Peck sobre a natureza de Deus e a natureza humana provém de uma mistura de Psicologia junguiana com misticismo oriental, em vez da Bíblia. Vamos ler o que ele diz sobre Deus e o homem:

            “Deus quer que nos tornemos Ele mesmo (ou ela mesma...). Estamos evoluindo rumo à divindade. Deus é o objetivo dessa evolução. Deus é a fonte da força evolucionista  e ser Deus é o nosso destino. É isso que queremos dizer, quando falamos que Ele é o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim”. [N.T.: A mesma lorota de Satanás, conforme Gênesis 3:1-6]. Leiamos Isaias 44:6 - “Assim diz o SENHOR, Rei de Israel, e seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus”.

            Peck prossegue:

            “Uma coisa é acreditar num Deus bondoso e idoso, o Qual vai cuidar de nós, a partir de Sua cômoda posição de poder, à qual jamais iremos chegar. Bem, outra coisa é crer em um Deus que pretenda que alcancemos Sua posição, Seu poder, Sua soberania, Sua identidade, etc.”

            As únicas palavras que se aproximam desta declaração se referem a Lúcifer, conforme Isaías 14:12-14:

            “Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo”.

            De fato, Peck se autodenomina um deus diante de todos os que assumirem a responsabilidade de obter a divindade:

            “Entretanto, logo que acreditamos que o homem pode se tornar um deus, não podemos descansar por muito tempo e jamais dizer: ‘ok, meu serviço acabou, está consumado’. Devemos nos empurrar sempre  para uma sabedoria cada vez maior e também para uma efetividade cada vez maior. Com esta crença, nos enroscamos em nossa própria exigência, pelo menos até a morte, num vigoroso moinho de automelhoramento e de crescimento espiritual. A responsabilidade é exclusivamente nossa”. [N.T.: E você, crente carismático, vai encarar?].

Peck vai mais longe, na confusão do misticismo oriental e do ocultismo junguiano, ao dizer:

            “Falando francamente, nosso inconsciente é Deus dentro de nós. O tempo inteiro somos parte de Deus. Deus tem estado conosco o tempo inteiro, está agora e sempre estará”.

            Ao contrário de Peck, a Bíblia revela que a única maneira da pessoa entrar numa relação com Deus é através da fé em Jesus Cristo e que Ele é o único caminho para se chegar ao Pai. (João 14:6). Até que alguém nasça de novo pelo Espírito Santo, ele reside no reino de trevas, sob o domínio de Satanás. (Efésios 2:1-5).

            Não importa quão pessoais e importantes sejam os terapeutas “cristãos” (ou que afirmam ser cristãos); eles são pesadamente influenciados pela ímpia perspectiva psicológica. Desse modo, a Psicologia se torna  o meio de interpretação tanto da Escritura como de sua aplicação ao viver diário. Quando alguém lê a Bíblia, sob a perspectiva psicológica de Freud, Jung, Adler, Maslow, Rogers e outros, ele tende a conformar a sua compreensão da Bíblia às teorias  destes homens ímpios. Em vez de enxergar a vida através das lentes da Bíblia, ele passa a ver a Bíblia através das lentes da Psicologia.

            Os amalgamadores acrescentam a sabedoria humana, tentando preencher o que eles imaginam estar faltando à Bíblia. Eles pegam o antigo problema da humanidade, que é o PECADO enraizado na autocentralidade, dão-lhe novo nome, como: “crise da idade”, ou outra idéia, oferecendo a solução a partir de uma massa levedada. Eles combinam idéias psicológicas com um verso ou uma história da Bíblia, aqui e ali, afim de que os pacientes acreditem que se tratam de soluções efetivas para os problemas que, erroneamente, imaginam estar além do alcance da Escritura.

Pastores minados

            Os “curandeiros” psicológicos minam os pastores e têm desenvolvido uma forma referencial para eles. (1) Qualquer pastor que não tenha estudado Psicologia não pode ser qualificado para aconselhar as ovelhas sobre os seus problemas existenciais (2). Referem-se favoravelmente apenas aos terapeutas profissionais. Este é um modelo previsível,  a partir da perspectiva da sedução psicológica do Cristianismo.

            Os pastores têm sido intimidados pelas advertências dos psicólogos. Eles temem não conseguir fazer a coisa exata para a qual Deus os vocacionou -  ministrar as necessidades espirituais das pessoas através de um conselho piedoso, tanto no púlpito como fora do mesmo. Uma parte dessa intimidação tem partido dos pastores treinados na Psicologia.

            Um porta-voz da American Association of Pastoral Counselors, um grupo treinado na Psicoterapia, diz: “Nossa preocupação é que existe uma porção de ministros não treinados para tratar com os seus paroquianos, através da Psicoterapia”. E é claro, se os pastores não são treinados, não podem ser considerados como qualificados. Desse modo, o conselho subreptício é: “procure um profissional”.

            Dentro do confinamento da sala dos psicoterapeutas, a mensagem pastoral confrontando o pecado é a subversão da vida individual. Tem havido uma mudança sutil na significação das palavras e frases. A palavra “pecado” é rebatizada como falha, erro, reação ao passado ferido, etc. Palavras como “curado” têm substituído a palavra “santificado” e “santo”. De fato, a palavra “santo” foi redefinida para significar algum tipo de satisfação psicológica.  Para os psicologizadores, o que é literal na Escritura passa, às vezes, a ser metafórico e o que é metafórico se torna literal [N.T.: conforme melhor se adapte às suas idéias].

            Essas definições são recebidas somente pelos que pagam o preço de recebê-las dos psicoterapeutas. Elas se tornaram modelos dentro da comunidade cristã professa, através da ampla influência da Psicoterapia, dos livros e da chamada mídia cristã.  Não é de admirar que alguns pastores piedosos estejam abandonando o seu testemunho de buscar conselhos apenas na Escritura... Mas quem se dá conta disso?

            Finalmente, os que confiam na Psicoterapia, em vez de confiar na Escritura, vão pagar o preço de não serem confrontados diretamente com a sua natureza pecaminosa. Será que o sistema psicológico pode justificar uma pessoa diante de Deus e lhe dar paz com Deus? [N.T.: Leiamos Romanos 5:1]. Será que o sistema psicológico oferece o tipo de fé, pela qual alguém possa viver conforme as promessas de Deus? Será que o sistema psicológico cumpre suas promessas, do mesmo modo como Deus as cumpre? Será que o sistema psicológico dá a mesma esperança da qual Paulo fala? Será que ele possibilita alguém a exultar, mesmo em meio à tribulação? Será que ele aumenta o tipo de perseverança que edifica o caráter, dá esperança e produz o amor divino, amor que se estende até mesmo aos inimigos?

            Através dos séculos tem havido indivíduos que têm passado por problemas extremamente difíceis na vida, que têm buscado Deus e comprovado que Ele é verdadeiramente Fiel. Eles perscrutam a Palavra de Deus, buscando sabedoria e orientação, para conviver e vencer os seus problemas. A vida desses santos tem iluminado bastante as vidas das pobres almas, que têm seguido o canto da sereia da Psicoterapia.

O mito da saúde mental

            Os termos distúrbio mental, enfermidade mental e desordem mental tornaram-se populares para todos os tipos de problemas da vida, a maior parte dos quais com pouco ou nenhum tratamento. Estes são logo rotulados de doenças mentais, para as quais a Psicoterapia é a solução. Quando as pessoas são consideradas responsáveis pelo seu comportamento, devemos lidar com elas na  base na educação, da fé e da escolha. Mas, quando as consideramos “mentalmente enfermas”, nós as privamos da dignidade humana, da responsabilidade pessoal e do relacionamento divino, através dos quais os problemas podem ser resolvidos.

            Por causa do termo “doença mental”, acontecem atitudes e comportamentos nos meios médicos; por isso, é importante examinar o assunto com exatidão. Ao examinar o conceito de doença ou distúrbio mental, o pesquisador psiquiatra, Dr. E. Fuller Torrey, diz:

            “O próprio termo não tem sentido, sendo um erro semântico.  As duas palavras não podem aparecer juntas. Ninguém pode ter um distúrbio mental mais que ter uma idéia púrpura ou um espaço vazio”.

            A palavra “mental” significa “da mente” e mente não é a mesma coisa que “cérebro”. Além disso, a mente é de fato mais que apenas uma função da atividade cerebral. A pesquisadora do cérebro e autora, Bárbara Brown, insiste em que a mente vai além do cérebro. Ela diz:

            “O consenso científico de que a mente é o mesmo cérebro mecânico é letalmente errada... Os dados das pesquisas das próprias ciências apontam muito mais fortemente na direção de uma mente mais do que cérebro... Deus criou a mente  humana para amá-Lo e para escolher amar, confiar e obedecê-Lo. No exato ato da criação, Deus planejou para a humanidade governar Sua criação terrena, servindo-O como Seu representante na Terra. Pelo fato da mente ir além do reino físico, ela está além da pesquisa científica e não se pode ficar mentalmente doente”.

            Visto como a mente não é um órgão físico, ela não pode adoecer. Conquanto alguém tenha um cérebro doente,  ele não pode ter uma mente enferma, embora ele tenha uma mente pecaminosa ou não redimida. Torrey diz, com muita propriedade:

            “De fato, a mente não pode se tornar enferma, mais que o intelecto pode se tornar obcecado. Além disso, a idéia de que os “distúrbios” mentais são de fato distúrbios do cérebro criou uma estranha categoria de “distúrbios”, que são, por definição, sem causas conhecidas. O corpo e o comportamento se tornam interligados nesta confusão, até não se tornarem mais distinguíveis. É preciso voltar aos antigos princípios: o distúrbio é algo que temos e o comportamento é algo que fazemos”.

            Pode-se entender o que seja um corpo doente, mas o que é uma mente enferma? É óbvio que não se pode ter uma  emoção nem um comportamento doente. Então, o que é uma mente enferma? Mesmo assim, os terapeutas se referem aos problemas mentais, emocionais e comportamentais como sendo doenças.

            Thomas Szsaz critica o que ele chama “impostor psiquiatra”, o qual “apóia um desejo comum, culturalmente compartilhado, de equiparar e confundir o cérebro com a mente e nervos com nervosismo”. O cérebro e a mente não apenas não são sinônimos como não o são os nervos e o nervosismo.  Alguém poderia esperar nervosamente a chegada de um amigo que se atrasou para um encontro, mas seus nervos poderiam estar ocupados com outras tarefas.

            Szasz diz:

            “É costume definir a Psiquiatria como uma especialidade médica, preocupada com o estudo, diagnóstico e tratamento da doença mental. Esta significação é inútil e mal conduzida. A doença mental é um mito... A idéia de uma pessoa ter uma doença mental é cientificamente inexata. Ela provê o consentimento profissional à popular racionalização... ou seja, que os problemas em viver experiências em termos expressos dos chamados sintomas psiquiátricos são basicamente idênticos às moléstias do corpo”.

            Embora um problema médico ou moléstia do cérebro possa acarretar sintomas mentais, emocionais e comportamentais, a pessoa não age e não pode racionalmente ser classificada como “mentalmente enferma”. Ela pode estar medicinalmente doente, mas não mentalmente. As palavras “psicólogo” e “biólogo” não são sinônimos. Do mesmo modo, mental e medicinal não são sinônimos. Uma se refere à mente e a outra ao corpo.

            O aconselhamento psicológico trata do cérebro físico. Ele trata dos aspectos do pensar, sentir e se comportar. Deste modo, o psicoterapeuta não entra no negócio de curar doenças, mas de ensinar novas maneiras de pensar, sentir e se comportar. Ele é um mestre, não um médico.

            Muitos têm usado, desonestamente, o termo “doença mental”, para descrever toda uma hoste de “problemas da vida”. Embora o termo “doença mental” seja errado, uma junção errônea das duas palavras,  ele se tornou firmemente inserido no vocabulário público, sendo pronunciado, superficialmente, em todas as ocasiões, tanto pelos leigos como pelos profissionais. Jonas Robstscher diz:

            “Nossa cultura está permeada de pensamento psiquiátrico. A Psiquiatria, que teve os seus inícios no cuidado com os doentes, tem expandido sua rede  para incluir cada pessoa e exercer sua autoridade sobre toda uma população, através de métodos que vão desde a terapia forçada e do controle coagido, até o avanço das idéias e promulgação de valores”.

            O exato termo “doença mental” se tornou uma praga na sociedade. Se de fato cremos que uma pessoa com problema mental, emocional e comportamental está doente, então teremos admitido que ela já não é responsável pelo seu comportamento. E se ela não é responsável pelo seu comportamento, então o que é?

            As propostas psicanalíticas e behavioristas pregam que o comportamento do homem é fixado por forças além do seu controle. Na proposta psicanalítica, o homem é controlado por forças psiquiátricas interiores e exteriores; segue-se que ele não é responsável pelo seu comportamento. Deste modo, aos criminosos é permitido fazer barganha na base da “insanidade temporária”, da “capacidade reduzida” e da “posição incompetente de julgamento”. Todo o impacto do mal deslanchado sobre a sociedade pelos profissionais da Psicanálise ainda está para ser verificado.

            Entrementes, a mística ao redor do termo “doença mental” tem afugentado pessoas que poderiam ser de grande ajuda aos que sofrem de problemas existenciais. Muitas pessoas que desejam ajudar os indivíduos com problemas se sentem “desqualificadas” para ajudar uma pessoa rotulada como “mentalmente enferma”. A confusão inerente a esta justaposição de termos tem conduzido a erros que, freqüentemente, têm sido mais prejudiciais que auxiliadores aos que são assim rotulados.

            Muitos casos são contados sobre a intrusão governamental em vidas pessoais forçando o encarceramento em instituições mentais, privação de direitos pessoais e perda da vivência, por causa do estigma anexado ao termo “doença mental”.  Mesmo assim, a profissão continua a promover o falso conceito da “doença mental”, para alinhá-lo à Medicina e conseguir impingir a Psicoterapia como ciência... enquanto o público vai condescendendo (Até mesmo crianças estão sendo diagnosticadas como mentalmente enfermas)... Pior ainda é que a Igreja professa está seguindo a mesma linha.

A Psicoterapia é bem sucedida?

            Por causa da grande confiança dos que acreditam se tratar de uma ciência e de um número cada vez maior de pessoas rotuladas como “mentalmente enfermas”, a Psicoterapia continua a florescer com suas promessas de mudança, cura e felicidade. Garantias são apoiadas por testemunhos de confiança nos modelos e métodos psicológicos. Contudo, a pesquisa narra algo diferente sobre a eficiência e as limitações da Psicoterapia.

            As pesquisas mais conhecidas sobre as taxas de sucesso e fracasso da Psicoterapia foram registradas em 1952, por Hans J. Eysenck, eminente erudito inglês. Eysenck comparou grupos de pacientes tratados pela Psicoterapia com pessoas às quais foi dado pouco ou nenhum tratamento. Ele descobriu que uma porcentagem  maior de pacientes que não haviam se submetido à Psicoterapia demonstrou uma melhora superior à daqueles que haviam se submetido à Psicoterapia. Após ter examinado mais de 8.000 casos, Eysenck concluiu:

            “... Dificilmente, 2/3 de um grupo de pacientes neuróticos vão se reabilitar ou melhorar num espaço de uns dois anos, a partir do estabelecimento de sua doença, quer sejam tratados ou não pela Psicoterapia”.

            A American Psychiatric Association indica que uma resposta definitiva a esta pergunta: “A Psicoterapia funciona?” pode ser obtida. Seu livro de pesquisa de 1982: “Psychoterapy Research: Methodological and Efficacy Issues” conclui: “Inequívocas conclusões sobre as casuais conexões entre o tratamento e o resultado podem nunca ser possíveis na pesquisa da Psicoterapia”. Na revisão do livro, o Brain-Mind Bulletin diz: “A pesquisa muitas vezes falha em demonstrar uma inequívoca vantagem da Psicoterapia”. Um exemplo interessante vem do citado livro: “Uma experiência no All-India Institute of Mental Health, em Bangalore descobriu que os psiquiatras treinados no Ocidente e os curandeiros nativos tiveram quase a mesma taxa de recuperação. A diferença mais notável foi que os curandeiros místicos liberaram os seus pacientes mais cedo.”

            Se a American Psychological Association  e a American Psychiatry Association  (assim como outros grupos independentes de estudo) entregam registros mistos [Psicanálise mais curandeirismo] sobre a eficácia da Psicoterapia, por que tantos líderes “cristãos” aceitam as inatingíveis promessas da Psicologia? E se existe pouca pesquisa positiva e virtualmente nenhuma evidência que apóie a Psicoterapia, por que os cristãos professos estão tão ansiosos para substituir as teorias terapêuticas da Escritura e do Espírito Santo?  Estas são perguntas legítimas [N.T.: que devem ser respondidas...], tendo em vista, principalmente, a natureza religiosa da Psicoterapia.

Conclusão

            A Igreja existe num mundo hostil. Se os seus membros não rejeitarem as filosofias do mundo, elas irão se refletir em suas vidas.  Se somos amigos do mundo, de suas religiões e filosofias, dos seus sistemas e práticas psicológicos, precisamos nos indagar seriamente por que não estamos dando atenção às palavras de Jesus: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia” (João 15:18-19).

            Obviamente, se não levamos a sério estas palavras é porque não acreditamos nelas. A Igreja foi criada para refletir Jesus, não o  mundo. Muito embora sejamos do mundo, não estamos nele (João 17:16). Então, cada ministro do Corpo de Cristo deve ser bíblico e não deve tentar absorver as teorias e técnicas filosóficas do mundo. A Igreja pode, de fato, mostrar uma forma de piedade, pois, se apela às coisas ditadas pelo mundo, ela nega o poder de Deus. Ela faz do homem o seu deus.

Como membros do corpo de Cristo, precisamos orar para que Ele faça em nós a lavagem regeneradora e santificadora do Espírito Santo (Tito 3:5). Devemos orar por uma seleção entre o falso e o legítimo evangelho. Devemos buscar a face de Deus com diligência. Devemos nos desembaraçar do que pertence ao mundo, à carne e ao diabo e vestir novas roupas (tudo que é de Cristo). Bebamos a água que jorra das fontes da vida, da Palavra Santa de Jesus, em vez de beber das cisternas rotas dos sistemas psicológicos.

Excerto do artigo PsychoHeresy: The Psychological Seduction of Christianity de Martin & Deidre Bobgan, traduzido por Mary Schultze, em 15/12/2008.