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sábado, 13 de novembro de 2010

O Pecado

 

O PECADO


Não há nada pior do que o pecado. E não há nada mais triste e horrendo do que a pecaminosidade. O pecado é uma mancha na alma; é desgosto e traição, é treva, é injúria; um acinte.

Todo pecado é o próprio pecado. Não há pecado pior do que o outro. Pecado é sempre pecado. Todo pecado é hediondo; todo pecado é criminoso; todo pecado é ofensivo; todo pecado é uma agressão à santidade de Deus.

Não existe algo do tipo pecadinho e pecadão. Não há, diante de Deus, pecado mais grave e pecado menos grave. Para Deus, pecado é sempre pecado, uma falta de conformidade com a sua vontade e uma transgressão da sua lei. Um tiro errado no alvo determinado.

O pecado é uma frustração, é uma tentativa do homem de ser o que ele não foi criado para ser. É uma busca por viver fora de um curso para o qual não há outra alternativa. O pecado não é uma segunda alternativa ao plano de Deus; é um desvio dele. É andar na contramão.

O pecado é mais do que um simples equívoco, mais do que um mero erro de cálculo. Pecado é algo muito mais sério; é um erro grave. Para o pecado não basta um simples pedido de desculpa; é necessário haver punição.

Pecado não é apenas um ato fortuito, mas um estado inevitável. É a condição de onde se projetam as ações pecaminosas.

O pecado não é um distintivo cultural, mas uma condição universal. Não é uma enfermidade que uns contraem e outros não. É uma doença que infectou todos os seres humanos, indistintamente. O pecado não é um infortúnio dos pobres, nem seqüela da riqueza. Não é fruto do meio, nem produto da injustiça econômica e social. Não é um espasmo temporário, mas uma moléstia constante.

O pecado submete o homem ao seu domínio. O homem está debaixo do pecado, está sujeito e submisso a ele, sob seu controle, sob seu comando.

O pecado não é um poder externo, mas habita dentro do homem, está enraizado nas fibras e células, radicado no DNA humano, arraigado no coração, e o ocupa como um inimigo ocupa um país.

O pecado produz estrago e morte aos homens e ira e indignação em Deus. O pecado nunca é inofensivo aos homens, e jamais imperceptível a Deus. Todo pecado causa dano ao pecador e seus semelhantes e ofende a Deus. Da mentirinha ao assassinato, do olhar malicioso ao adultério, do desejo secreto ao furto, todos os pecados são, essencialmente, desvios do propósito estabelecido por Deus.

O pecado é enganoso, produz uma falsa sensação de bem-estar, uma pífia impressão de prazer. O pecado é sempre uma mentira, uma ilusão, um engodo, uma quimera.

O pecado é irresponsável, é antinômico, é aversão ao que é legal, uma falsificação do que é legítimo; é oposição ao nobre, é o impulso ao prazer acima do dever; é injustiça, iniqüidade e desamor; é divida, ofensa e ultraje.

Só há um antídoto capaz de livrar o homem dessa enfermidade chamada pecado: o sangue de Jesus Cristo. Esse sangue purifica o homem de todo pecado, lava completamente de sua imundície. O sangue de Cristo liberta, desata, resgata e emancipa o homem do pecado. O sangue de Jesus é suficiente para pagar a dívida que o pecado contraiu. O sangue de Cristo confere o perdão que o pecado necessita, porque Cristo sofreu o castigo que o pecado merece.

O sangue de Cristo é a resposta de Deus ao pecado; a resposta definitiva. A única forma do homem livrar-se do domínio do pecado é render-se ao domínio de Cristo. Nele os efeitos do pecado são curados pelos efeitos da graça redentora. Onde sobejam os efeitos pecado, transbordam os resultados da remissão de Cristo. Cristo veio ao mundo para salvar pecadores do pecado, tirá-los de suas garras, libertá-los e conduzi-los de volta ao caminho traçado por Deus, e assegurar-lhes plena e irrevogável sentença de liberdade. E para que todos saibam que o pecado, por mais vil que seja, tem um limite, Deus encravou na história humana uma cruz na qual fixou a fronteira entre a enfermidade e a cura, a morte e a vida, a luz e as trevas, o desespero e a esperança, a desventura e a graça, o inferno e o céu. Para que todos compreendam que, maior do que o pecado, é a graça que o remove, e restaura definitiva e completamente aqueles a quem ela de destina.
Fonte: Creio e Confesso

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