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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Santo Daime

O Santo Daime é Cristão?
                          Pr. Airton Evangelista da Costa
Nas matérias pesquisadas, como a seguir, ensina-se que o culto do Santo Daime é uma prática religiosa cristã; que houve um casamento desse grupo com o Cristianismo. Isso é verdade? Não, não é verdade.  O fato de possuir ícones cristãos e cantar hinos de louvor a Jesus e a santos falecidos não garante aos seus seguidores estreita vinculação com o Cristianismo. Não pode ter havido – e não houve – um “casamento” com o Cristianismo. Casamento implica uma aceitação mútua. Se tivesse havido uma perfeita sintonia da doutrina do Santo Daime com a doutrina bíblica do Cristianismo, todos os cristãos estariam “expandindo suas consciências” e aumentando sua percepção para, por esse meio, receber o Espírito Santo. Para ser cristão, o Santo Daime deverá adaptar suas doutrinas e rituais às doutrinas cristãs.
      O Cristianismo não é pluralista. É verdade que pode acolher pessoas das mais variadas crenças, mas com a finalidade de fazê-las conhecer a Verdade que é nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. O Cristianismo é único e exclusivo. Por exemplo, cristãos e espíritas podem participar – e é possível que participem – do Santo Daime.  Essa participação não significa dizer que o Santo Daime seja cristão ou espírita. Pode ter alguns traços do Espiritismo e do Cristianismo. Somente.
     Ingerir um alucinógeno para entrar em contato direto com a divindade é prática totalmente contrária aos princípios e doutrinas do Cristianismo. A Bíblia diz que não devemos nos embriagar com vinho [com drogas, com alucinógenos]; devemos ser cheios do Espírito (Ef 5.18). O Apóstolo Paulo colocou a embriaguez e o Espírito em posições opostas e irreconciliáveis. São linhas que não se cruzam. O contato que o cristão tem com a divindade (Pai, Filho e Espírito) é através da oração e da leitura da Palavra (2 Cr 7.14; Mt 6.6).  Não há nenhuma necessidade de passarmos por experiências de expansão da mente, de alteração de nosso consciente. Na primeira epístola a Timóteo, o Apóstolo dar mais ênfase à proibição de bebida embriagante: O bispo não deve ser “dado ao vinho” (3.3). Os que estavam reunidos no dia de Pentecostes, quando sobre eles desceu o Espírito Santo, não estavam bêbados; não tomaram qualquer tipo de droga. Disse Pedro: “Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo a terceira hora do dia” (Atos 2.15).
     Todas as pessoas convertidas ao Cristianismo pela fé em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, mediante sincero arrependimento, recebe o Espírito Santo.
    Nada tenho contra os seguidores do Santo Daime ou de qualquer outra crença. Mas é bom que fiquem estabelecidas as diferenças.
Vejamos as matérias:
Saiba mais sobre o Santo Daime,         
a religião que nasceu na floresta 
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/2001-religiao-santo_daime.shtml

RICARDO FELTRIN 
Editor de Cotidiano da Folha Online  

O doutrina do Santo Daime começou na floresta amazônica no início do século 20. O pioneiro foi Raimundo Irineu Serra, descendente de escravos, que trabalhou como demarcador de terras brasileiras na região.

Serra, que ficaria conhecido como o Mestre Irineu, recebeu a revelação da doutrina, que é eminentemente cristã. Irineu afirmava ter recebido a "iluminação" numa aparição de Nossa Senhora da Conceição em plena floresta. A aparição foi na região de Basiléia, no Acre.         

Ninguém sabe ao certo quem foi o primeiro povo a preparar e a beber o daime de forma ritualística. Há registro de seu uso por tribos indígenas da Venezuela, bem como de povos antigos do México pré-colombiano, como os toltecas.       

Diferentemente desses povos, o daime "casou" com o cristianismo no Brasil. Toda a doutrina e a maioria absoluta de seus hinos faz referências a ícones cristãos, como Jesus, Nossa Senhora e José. Sempre antes e depois do ritual é rezado Pai-Nosso, Ave Maria e Salve Rainha, entre outras orações.      

Como é feito o daime        

O daime é feito a partir da mistura de duas plantas, o cipó conhecido como jagube (banesteriopsis caapi) e a folha de chacrona (psicotrya viridis), também conhecida como rainha.      
O preparo da bebida também obedece a uma ordem ritualística: só os homens podem manipular o cipó, e só as mulheres tocam as folhas; são cantados hinos durante todo o feitio (preparo). 

O preparo de uma "carga" de daime, que depois será consumida por fiéis de várias igrejas do país, pode durar semanas ou até mesmo mais de um mês. E não pára porque há turnos de fiéis.      

Apesar de ter seu cultivo, preparo e uso garantidos pela Constituição Federal, o daime ainda é considerado uma droga psicoativa (ou alucinógena).

Contato com o espírito      

Os adeptos da doutrina, no entanto, afirmam que a bebida tem propriedades enteógenas (que expandem a consciência). Uma das teses é que o daime possibilitaria ao ser humano ter contato direto com o Espírito Santo.

A idéia é que a maioria das pessoas está "entupida" demais com as preocupações cotidianas e materiais para ter uma experiência direta com o espírito.    

O daime abriria essa porta, mas muitas vezes, um preço deve ser pago. É comum que pessoas, mesmo as mais experientes, vomitem ou tenham fortes diarréias durante os rituais que podem se estender por até 14 ou 15 horas. Também é comum adeptos terem crises de choro ou mesmo de riso.        

Essas reações seriam apenas decorrências da "limpeza" que deve ser feita antes de o fiel entrar em contato com outras dimensões.     

A diferença entre o daime e outras religiões é que, nele, o mestre é algo relativizado: o mestre, propriamente dito, é a bebida, e é em torno dela que a "evolução" do discípulo acontece.   

A experiência de alguém com o daime pode até ser descrita em palavras, mas é difícil transportar para a escrita as sensações e visões que ele proporciona.
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Santo Daime
Seita que utiliza em suas cerimônias um chá alucinógeno de mesmo nome, feito da mistura de um cipó chamado jagube com uma folha denominada rainha, ambos da Amazônia. Fundada no Acre em 1938 por Irineu Serra, integrante das expedições do Marechal Rondon, popularizou-se no Rio de Janeiro na década de 1980, e suscitou polêmica sobre os efeitos provocados pelo consumo de sua bebida.
©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
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A DOUTRINA DO SANTO DAIME
www.xamanismo.com.br/download/A%20DOUTRINA%20DO%20SANTO%20DAIME.
“O movimento religioso do Santo Daime, começou no interior da Floresta Amazônica, nas primeiras décadas do século XX, com o neto de escravos Raimundo Irineu Serra, natural do Maranhão. Ao Mestre Irineu, como passaria mais tarde à história, foi revelada uma doutrina de cunho cristão e eclético, reunindo tradições católicas, espíritas, esotéricas, caboclas e indígenas em torno do uso ritual do milenar chá conhecido pelos povos íncas como ayauasca (vinho das almas) e por ele denominado Santo Daime. De uso bastante difundido entre povos indígenas da Amazônia Ocidental, a bebida é obtida pelo cozimento de duas plantas nativas da floresta tropical, o cipó Jagube (banisteriopsis caapi) e a folha rainha (psicotria viridis)”.
“Tem propriedades enteogênicas, isto é, produz uma expansão de consciência responsável pela experiência de contato com a divindade, através do encontro interior com o nosso Eu Verdadeiro”.
“O Mestre Irineu recebeu os ensinos diretamente de Nossa Senhora Da Conceição, que lhe apareceu numa das primeiras vezes que tomou a bebida na região de Brasiléia, Acre. Pouco depois, a Amazônia conheceu outros homens que, através da sabedoria revelada por estas “Plantas Professoras”, criaram escolas e linhas espirituais ligadas às tradições ayuasqueiras. Tal como nos legou o Mestre Irineu, a doutrina traz uma nova ênfase nos ensinos cristãos e uma nova leitura dos Evangelhos à luz do sacramento enteogênico, para afirmar, nos tempos de hoje, os mesmos princípios de Amor, Caridade e Fraternidade”.
“O seringueiro e construtor de canoas Sebastião Mota de Melo, natural de Eurinepé, Amazonas, foi um homem simples de sólida convicção espírita e trabalhador incansável. Discípulo do Mestre Irineu, dele recebeu o dom de trabalhar com o Santo Daime. Reuniu em torno de si centenas de adeptos - não por proselitismo, mas de forma natural, como resultado da amizade e do respeito que ele conquistou, ao atender a todos que o procuravam em busca de um conforto para os males da alma e do corpo. Há cerca de 15 anos retirou-se dos arredores do Rio Branco, Acre, onde havia fundado a comunidade religiosa conhecida como Colônia Cinco Mil, e levou parte de seu povo para uma área virgem no interior da floresta, denominada Rio do Ouro, onde trabalhavam a seringa e construíam casas, desenvolvendo também atividades agrícolas. Dois anos depois fundou o assentamento que se transformaria na atual Vila Céu do Mapiá, no município de Pauini, Amazonas”.
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“O uso do Santo Daime como sacramento enteogênico em um trabalho espiritual de auto-conhecimento obedece a regras rituais recebidas por inspiração divina pelo Mestre Irineu e pelo Padrinho Sebastião. Não há uso indiscriminado, pois como um sacramento, a bebida é somente distribuída em datas que obedecem ao calendário religioso anual e dentro das regras preestabelecidas”.
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“A Doutrina do Santo Daime é uma prática religiosa cristã, ecumênica, que repudia toda forma de fanatismo, sectarismo, racismo e intolerância religiosa. Através de suas condutas os seguidores têm provado que a ingestão ritualística do Santo Daime no contexto religioso, ao lado da prática social decorrente da doutrina, amplia nossa capacidade perceptiva, criativa, cognitiva e de discernimento, além de ajudar a assumir nossas responsabilidades pessoais e coletivas. Constitui-se, portanto, em um agente profilático e terapêutico a serviço da elevação da consciência do ser humano”.
www.palavradaverdade.com

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