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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O Tribunal de Cristo

Uma visão do Tribunal de Cristo

     Após o encontro de inexcedível alegria (nos ares), de Cristo com os salvos, haverá a instalação do Tribunal de Cristo.  Não se trata do Julgamento do Grande Trono Branco, citado em Apocalipse 20. Os que vão sofrer este julgamento são os incrédulos falecidos, do primeiro ao último pecador impenitente.  Este julgamento vai acontecer no final do Milênio: “Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, E toda a língua confessará a Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus”.  (Romanos 14:11-12).
         No Tribunal de Cristo a questão da salvação eterna não será questionada, visto já ter sido resolvida na cruz do Calvário, para todos os crentes em Jesus Cristo. Hebreus 10:14-17 diz: “Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados. E também o Espírito Santo no-lo testifica, porque depois de haver dito: Esta é a aliança que farei com eles Depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seus corações, E as escreverei em seus entendimentos; acrescenta: e jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniqüidades”.
         Quanta paz e alegria nos dão estas palavras! Porém, alguns vão indagar: “Eu creio nisto, mas o que dizer dos pecados cometidos depois que me converti ao Senhor Jesus Cristo? Eles vão aparecer no Tribunal de Cristo, mesmo que Ele já os tenha perdoado?”
         Respondo: Todos os pecados da igreja estavam no futuro, quando Cristo morreu por eles - os pecados passados, presentes e futuros. O Seu sangue precioso foi suficiente para cobrir todos os pecados do mundo, de modo que o perdão completo e perfeito foi concedido, sem reserva alguma, a todos nós que cremos, e a todo pecador que confessar os seus pecados, conforme a 1 João 1:9,7: Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça... O sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado”.
         No Tribunal de Cristo nenhum pecado será exposto, pois todos já foram atirados ao mar do esquecimento divino. Mas, se os pecados foram cometidos contra o próximo, precisamos procurar a pessoa ofendida e pedir perdão em o Nome de Jesus. Se não forem esclarecidos agora, nosso castigo será uma perda de galardão, mas sem condenação alguma de nossas almas. [Nota: Meu galardão vai ser ZERO!]
Somente nesta vida o Pai vai nos disciplinar por causa dos nossos pecados e Ele tem muitas maneiras de fazê-lo: “Quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo”  (1 Coríntios 11:32).
         No final da existência da igreja, quando formos arrebatados, ninguém será julgado para condenação, pois teremos um corpo glorificado e, portanto, estaremos completos em Cristo. Não é o que eu sou nem o que posso fazer, mas o que Ele é e o que Ele fez. Isto é o que vai me salvar da ira vindoura. Que maravilhosa salvação e como é indescritível a graça de Deus em nosso favor!
         Nesse caso, qual é o objetivo do Tribunal de Cristo? Somos despenseiros da multiforme graça de Deus (1 Pedro 4:10) e se nos foram concedidos os depósito desta maravilhosa graça, devemos usá-los exclusivamente para a Sua glória, visando o bem do próximo e o progresso de Sua obra aqui na Terra. A grande comissão que Ele nos deu foi a de pregar o evangelho a toda criatura. Devemos usar para isso nossos talentos e habilidades, nosso dinheiro e tudo que possamos ter, pois tudo Ele nos deu visando a Sua glória. Nada é nosso e somos apenas Seus mordomos.
        “Toda a minha vida, Senhor, a Ti consagro.
Eis meus talentos e usa-os, conforme Te aprouver.
Toma a minha prata e o meu ouro; / que eu não guarde coisa alguma.
Todo o meu amor, Senhor meu, / eu coloco aos Teus pés.
Toma a mim mesma, / para que eu seja apenas tua serva”.
Somente enquanto vivermos na Terra, poderemos ajuntar tesouros no Céu, os quais nos garantirão uma posição de honra e confiança, na glória vindoura.  Perder os galardões celestiais, por avareza ou negligência de conduta, vivendo para nós mesmos, em vez de vivermos para Deus, será uma perda imensurável, que jamais poderá ser reparada e somente será compreendida, quando estivermos com Ele. Valerá a pena deixar de ouvir esta frase? “Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (Mateus 25:21).
         Todos os redimidos compartilharão igualmente do amor do Pai e dos gloriosos privilégios do lindo lar celestial; porém os galardões e os lugares de honra serão destinados somente àqueles que os mereceram, na mesma proporção de sua fidelidade na execução da obra. Conforme a 1 Coríntios 3:10-15, as obras dos crentes passarão por este critério:
        “Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo”.
           
Pregadores e mestres

         A obrigação precípua de um pregador cristão é pregar a sã doutrina, obedecendo estritamente a Palavra de Deus, a qual é clara e perfeita: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”  (2 Timóteo 3:16-17).
         Assim como o construtor de uma casa segue literalmente a planta do arquiteto, também o pregador deve seguir a Palavra de Deus em sua função de evangelista, jamais se desviado da mesma, a fim de que não venha a construir um edifício defeituoso, o qual poderá desabar sobre a sua  própria cabeça. É disto que o Tribunal de Cristo vai tratar, avaliando, principalmente, a obra de cada mestre, pois “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo” (Tiago 3:1).
         À medida em que se aproximam os tempos do fim, a admoestação de Paulo, na 2 Timóteo 2:15 se torna mais oportuna:
        “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”.
            Em Judas 3 está escrito: “Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos”.
         O Senhor já sabia da situação do mundo, nos últimos tempos, tendo indagado, conforme registrado em Lucas 18:8-b: “Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?”
         Será enorme a recompensa de quem fizer a obra segundo o padrão divino, a fim de merecer galardões de ouro, prata... ou de madeira ou feno, neste último caso, se fizer a obra visando recompensas materiais aqui na Terra.
         Cada um tenha cuidado sobre como está vivendo, deixando de atender ao conselho que o Senhor nos deu, em Mateus 6:33: “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. As coisas só devem nos interessar, quando comparadas à luz da Bíblia, conforme o conselho de Paulo: “tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens, sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis. Mas quem fizer agravo receberá o agravo que fizer; pois não há acepção de pessoas” (Colossenses 3:23-25).
         Devemos colocar o melhor de nós em tudo que fizermos, quer seja uma obra pequena ou grande, pois ao Senhor importa a qualidade, não a quantidade. “Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o louvor”. (1 Coríntios 4:5).
         Seremos julgados pelo nosso testemunho, pelas nossas obras na vida familiar e social, na pregação do evangelho, pois o nosso serviço aqui na Terra será aprovado ou condenado, conforme o padrão divino. Nossos erros serão corrigidos; os julgamentos errôneos serão revertidos; as incompreensões serão esclarecidas, as tentativas egoístas de imputar falsidade ou o mal, onde estes não existam, serão denunciadas. Os meios, palavras e intenções serão todos expostos à verdadeira luz, revelando o caráter de cada despenseiro da Palavra.
         Logo que todas as coisas estiverem resolvidas, cada crente vai receber o que merece. Muitas lágrimas vão deslizar nas faces de alguns, antes que a glória eterna lhes seja propiciada. Depois disso, nenhuma nuvem vai surgir em nosso firmamento e nenhuma questão pendente será levantada, para minar a alegria dos salvos. Este será um dia feliz, com o sol da justiça brilhando no horizonte, sem sombra alguma que venha perturbar nossa felicidade.
         Demos graças ao Pai porque Ele nos permitiu chegar ao do Tribunal de Cristo.

Mary Schultze, 04/11/2010 - www.maryschultze.com
Trabalho embasado no texto “The Lord is Coming”, de Franklin Ferguson.



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