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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A Verdadeira Obediência a Cristo e à Sua Palavra

Dave Hunt

Somos muito negativos?

Os críticos, há muito, têm feito a acusação de “divisores” e “negativos” aos que admoestam a igreja sobre os ensinos e práticas não bíblicas.
Em oração, considero essas acusações, pois meu coração ecoa a mesma preocupação. Almejo pregar o evangelho e abandonar a controvérsia que tem se tornado uma árdua parte da minha vida. Mas, quando se prega o puro evangelho é necessário distinguir cuidadosamente as falsidades que o rodeiam.

Seria muita negligência não admoestar as ovelhas sobre os pastos envenenados e os falsos pastores que promovem mentiras em nome da verdade. Além disso, as excentricidades são assombrosas.

As revistas do Norman Vincent Peale, por exemplo, têm 16 milhões de leitores, mensalmente, o que significa muitas vezes a circulação da nossa TBC! Nossa carne sucumbe de cansaço e frustração. Ora, por que persistir numa tarefa tão solitária e pesada? Sim, por que alimentar esta abrasadora paixão?

Graças a Deus, chegam muitas cartas de encorajamento daqueles que nos oferecem o seu amor, apoio e orações. Há também os ardorosos agradecimentos dos milhares que foram libertados do engodo e da escravidão dos falsos evangelhos - do catolicismo romano e da “psicologia cristã” ao pensamento positivo/possibilidade e da confissão positiva. Mas, mesmo sem esse encorajamento, seríamos compelidos a agir, apressando vocês a fazer o mesmo. Jeremias foi odiado, perseguido, preso e ameaçado de morte porque pregava o arrependimento e admoestava sobre o julgamento divino, enquanto os “profetas positivos” prometiam paz e prosperidade, “pela palavra do Senhor”. A opinião popular a ele se opunha. Ele ficou tão desanimado ao ponto de declarar que não iria mais falar em nome de Deus e nem mesmo iria mencionar o Seu nome. Mas, a Palavra de Deus estava em seu coração, queimando como fogo em seus ossos, de modo que ele precisava falar (Jeremias 20). Sim, é o fogo divino queimando por dentro que nos compele a falar.

Desgostoso com as acusações de “negativismo”, clamo a Deus e me volto para a Sua Palavra infalível. E o que ali encontro? A exata mensagem que sou forçado a pregar. O próprio Cristo era muito mais “negativo” do que eu tenho ousado ser. Ele admoestava constantemente sobre o julgamento e o inferno; denunciava o pecado, exigia arrependimento, censurava os líderes religiosos e os acusava de serem hipócritas, sepulcros caiados, cegos guiando cegos e tolos. Sem dúvida, Ele seria banido da maioria dos púlpitos cristãos de hoje!

O Sermão do Monte não objetiva fortalecer a “auto-estima” de pessoa alguma. Ele encoraja a ser pobre de espírito, a se lamentar e ser humilde e misericordioso e promete aos que são sinceros a Deus e à Sua Palavra que eles serão odiados, perseguidos e injuriados (Mateus 5). Ora, Jesus não disse: “Não julgueis para que não sejais julgados?” (Mateus 7:1). Não é, portanto, antibíblico acusar um líder cristão ou qualquer um que esteja errado? Ao contrário, Cristo apenas quis dizer que não devemos julgar os motivos, pois Ele nos disse claramente para julgar os ensinos e as vidas: (versos 15-20). Certamente Ele estava nos convocando a julgar as falsas doutrinas e ações.

Quando Paulo exortou Timóteo a “pregar a palavra”, ele explicou que, para fazê-lo, Timóteo deveria “redarguir, repreender, exortar, com toda a longanimidade e doutrina”. Ele apressou Tito a censurar fortemente o pecado (Tito 1:10-13). Ele disse a Timóteo: “Aos que pecarem, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor” (1 Timóteo 5:20).
É claro que essa reprovação exige um julgamento que não viole a proibição de Cristo, mas, de fato, Ele ordenou que os apóstolos a praticassem - um julgamento que Satanás odeia, porque desmascara suas mentiras.

O Tratado Internacional do Genocídio assinado pelo Presidente Reagan, em Novembro de 1988, transforma em crime tentar converter uma pessoa de outra religião ou sugerir que suas crenças sejam erradas. Dentro em breve, será um grave crime chamar a homossexualidade de pecado. Dia virá [N.T. E já chegou, pois este artigo é de 1991] em que, a fim de proteger “os direitos das minorias”, seremos proibidos por lei de pregar o evangelho, a não ser que o façamos de um modo muito positivo, ao que, infelizmente, a maioria das igrejas evangélicas já se adaptou.

Não basta, simplesmente, “pregar a verdade”, quando existem tantas mentiras falsificando-a, ao ponto de já não se poder notar a diferença. É tão lógico, como biblicamente essencial, denunciar e refutar os perniciosos e falsos evangelhos de hoje. Contudo, fazer isso é opor-se aos líderes eclesiásticos e ser barrados na maioria das plataformas. Sou banido até mesmo das transmissões radiofônicas, como as da Radio Moody, para não denunciar o Humanismo que ela promove em nome da “psicologia cristã”. Por que não se permite uma discussão aberta sobre itens vitais diante de toda a igreja? Os líderes eclesiásticos estão preocupados com a verdade ou apenas em proteger os seus próprios interesses?

A “psicologia cristã” pode parecer de ajuda por algum tempo, porém ela mina a nossa real vitória em Cristo, porque redefine o pecado como “doença mental”. Esta heresia é inspirada numa hoste de novos termos, tais como comportamento obsessivo-compulsivo, famílias desajustadas, dependência - e mais recentemente os mitos populares da co-dependência e dos programas de reabilitação, como Os Doze Passos, defendido pelos Alcoólicos Anônimos. Em “Os Doze Passos Para a Destruição”, os Bobgans mostram que Bill Wilson, fundador do AA, embasou o seu sistema no que seria uma nova teoria revolucionária: a embriaguez não é um “delito moral”, mas uma doença desculpável. Wilson ficou aliviado ao saber que ele fora apenas um “alcoólico” - um novo termo no tempo.

Ampliando esta mentira, os “psicólogos cristãos” têm redefinido como doença mental, todo tipo de comportamento que Jesus, o Grande Médico, diagnosticava como sendo pecado. John MacArthur conta que escutou uma mulher, em um programa de radio sobre “psicologia cristã”, confessar que não podia se abster de fazer sexo com qualquer um e com todo mundo. Disseram-lhe que o seu problema provinha de uma mãe castradora e de um pai abúlico, tratando-se de uma dependência que poderia exigir anos de terapia para a cura. Mas, onde fica o “vai e não peques mais”, de Jesus, conforme João 8:11? Desobedecer a Jesus já não é pecado, se alguém tiver uma compulsão, dependência, ou trauma de infância.

Em seu livro “Our Sufficiency in Christ”, MacArthur escreve: “O abismo em que a psicoterapia pode mergulhar é por demais profundo”. Um jornal local publicou recentemente um artigo sobre uma clínica de 34 leitos, aberta no Sul da Califórnia, para tratar cristãos dependentes do sexo. Conforme o artigo, a clínica é afiliada de uma grande e conhecida igreja protestante, na área. Alguns importantes “psicólogos cristãos” entrevistados para o artigo “zombaram do poder da Palavra de Deus para transformar um coração e quebrar a escravidão ao pecado sexual. O diretor explicou que o seu centro de tratamento serviria para resgatar muitos cristãos, aos quais havia sido ensinado que a Bíblia era tudo de que eles precisavam”. Contudo, a Bíblia diz isso mesmo a seu respeito (2 Timóteo 3:16-17). Nisso a igreja acreditou, durante 1.800 anos, até o advento da “psicologia cristã”.

Em “The Journal of Biblical Ethics in Medicine”, o Dr. Robert Maddox adverte que “todos os tipos de pecados… da glutonaria à fornicação; do roubo ao bestialismo... estão [sendo] rotulados como uma doença a ser curada com tratamentos químicos, elétricos e mecânicos.” Os Bobgans citam o livro do Professor Herbert Finganettes, da Universidade da Califórnia - “Heavy Drinking: The Mith of Alcoholism as Desease” - “Simplesmente não entendo como as igrejas possam aceitar a ideia de doença... [ela] nega a dimensão espiritual da coisa toda!” Eles [os Bobgans] também citam Santon Peale, em seu livro - “Deseasing of America: Addiction Treatment Out Of Control”: “As definições de doença minam as obrigações individuais de controlar o comportamento e de responder pela má conduta... (e) realmente aumentam a incidência de comportamentos preocupantes”.

Quão espantoso é que o mundo secular esteja abandonando o navio naufragado da psicoterapia, enquanto os cristãos estão pulando para dentro do mesmo, imaginando que este vaso condenado possa continuar flutuando, enquanto acrescentam um acessório que julgam necessário à arca que Deus já proveu. 

 Choro ao observar o crescente engodo, a fim de clamar contra ele, o qual é observado por tão poucos e aposto a tantos. Por que será que a correção essencial que a Escritura exige tão claramente é obscurecida pelos líderes eclesiásticos, enquanto é observada por milhões? Escrevam aos líderes da igreja evangélica e perguntem como eles podem pregar a Palavra “sem se envolverem na reprovação e admoestação sobre o erro rompante, algo, segundo Paulo, que deveria ser o âmago da pregação bíblica?”

Hoje recebi o memorando de uma pesquisadora, a qual, junto com o marido, está entre os “ninguéns”, clamando contra as heresias na igreja, preocupada com o “Ragamuffin Gospel” de Brennan Manning, um católico, publicado pela Multnomah Press. Numa parte ela diz: “Manning ensina ... que (um cristão) pode continuar a viver uma vida de deboche... (ele) se descreve como um fumante (pesado) e alguém que se tornou alcoólatra, após sua conversão... tolera homossexuais ativos em total companheirismo (p.26), além de outras pessoas imorais ... ensina um tipo de meditação oriental (pp. 43, 205-206) ... torce a Escritura (pp. 23, 28, 73, 79); diz que cada um, exceto os autojustificados (aqueles que aceitam e obedecem ao deus de Manning) irão para o Céu (pp. 17, 26, 29)... Este livro é perigoso... o complô de um católico da Nova Era para invadir a igreja evangélica... O (s) cristão (s) deve (m) ser admoestado (s) de que ... uma vez que confiem nos nomes de Multnomah, Thomas Nelson, Fleming Revell (para citar apenas alguns) não há garantia de ortodoxia. Que vergonha!”

Telefonei, a fim de ter a certeza de que ela não havia exagerado o assunto. Ela leu os excertos do livro para comprovar que não o havia feito. Os publicadores cristãos já não merecem confiança por publicarem a verdade, tendo se tornado promotores da morte! Uma enorme viatura não seria bastante ampla para conter toda a heresia mostrada na recente convenção de livros cristãos em Orlando. Até os publicadores católicos da mais terrível blasfêmia e inacreditável tolice, como a Paulist Press, estavam representados junto com os evangélicos.

Tomem, por exemplo, o stand de outro publicador católico, o Our Sunday Visitor. Um dos seus livros à mostra conta a estória do Padre Pio, um frade católico falecido, admirado pelo Papa JP2. Pio manifestava “estigma”, um sangramento nas palmas das mãos, para suprir a insuficiência da obra redentora de Cristo na cruz! Pio acreditava estar sofrendo pela salvação de pessoas falecidas, que ele via com os seus olhos físicos, vindo a ele, em sua caminhada para o céu, a fim de agradecer-lhe pelo livramento do purgatório! Esta é apenas uma das muitas heresias de Roma. Confrontei os funcionários do Our Sunday Visitor, com referência ao engodo demoníaco promovido em seus livros, tendo objetado contra a sua presença numa convenção de publicadores evangélicos. Foi então que eles apontaram o stand próximo, promovendo horrenda música rock, supostamente cristã, e declararam: “Temos o mesmo direito que eles têm de estar aqui”. Eu tive de concordar.

O boletim da “Mission Frontiers”, do US Center for World Mission, em Passadena, Califórnia, Vol. 13, Nos. 4-5, tem uma paixão bíblica pela evangelização. Contrariando a justificativa sobre o fumo de Manning/Mutnomah, o editorial declara: “O tabaco causa mais mortes, cada ano, nos Estados Unidos, do que a heroína, a cocaína, o álcool, a AIDS, os fogos, os homicídios e os acidentes de carro combinados... Mais colombianos morreram no ano passado por fumarem cigarros americanos do que os americanos pelo uso da cocaína colombiana”.

A “dependência” é ou não é um pecado?
O editorial também elogiou altamente o Papa JP2 em sua recente encíclica sobre missões mundiais. O desapontamento foi expresso de que a encíclica “foi manchada pela referência ao exato fim da ideia de que... a obra igreja é realizada ‘junto com Maria’. Sim a encíclica foi elogiada, com o endereço que foi dado para quem desejasse adquiri-la, porque ela falava de grupos de pessoas”, um termo em voga no World Center. Infelizmente, os 950 milhões [em 1991] de católicos que precisavam ser evangelizados - um grupo especial de pessoas, compreendendo 20% da população mundial - foi ignorado! O editorial, de fato, implicava em que o evangelismo do Catolicismo é bíblico.

Através de toda a America Central e America do Sul, o Catolicismo tem o mais ostensivo companheirismo com o espiritismo e paganismo. No Brasil, visitei Aparecida, a maior catedral do mundo, quase como a de São Pedro em Roma. Ela é dedicada ao pequeno ídolo de uma “Virgem Negra” - retirada de um lago próximo, numa rede de pesca - a qual agora opera “milagres”. O Papa veio recentemente honrar este ídolo. Na missa, o padre conduziu o povo em orações e cânticos ao ídolo, pedindo salvação e dedicando-lhe suas vidas. A grande livraria de Aparecida contém muitos dos mesmos livros de pensamento “positivo’, para iludir os protestantes - livros em português escritos por autores americanos, de Norman Vincent Peale aos “psicólogos cristãos”.

Os líderes evangélicos de hoje escondem o seu dever de se opor à heresia. Muitos deles promovem o catolicismo, o ocultismo e a psicologia humanista. Desse modo, nós os “ninguéns”, mesmo que poucos nos escutem, devemos proclamar cada vez mais alto, a fim de admoestar as ovelhas sobre os pastos envenenados e os falsos pastores. “Positivo” ou “negativo” não é a questão, mas, de preferência a pregação da verdade, a simples obediência ao nosso Senhor e à Sua Palavra.
Dave Hunt, TBC, 1991.
Traduzida e adaptada por Mary Schultze, em 21/08/2012.


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