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quarta-feira, 14 de março de 2012

Apostasia galopante



         Nunca a Palavra de Deus foi tão adulterada como nos últimos anos. Se alguém pegasse  todos os longos poemas de Shakespeare; “Os Lusíadas” de Camões ou  o “Poema Sobre a Natureza das Coisas” (do antiquíssimo  Titus Lucretius Carus) e adulterasse o seu conteúdo, o mundo não seria tão prejudicado, moral, intelectual  e espiritualmente, como tem sido, desde que as novas versões da Bíblia e os pastores dominionistas e liberais começaram a reescrever as palavras do Espírito Santo, inclusive “Os Dez Mandamentos”, tentando agradar mais aos homens do que a Deus.

         A desgraça começou com Orígenes, um erudito pagão, que acreditava e pregava que as estrelas têm alma e podem pecar [e, ao  invés da (ao invés da interpretação normal, literal, espalhou a interpretação alegórica, a grande, a maior semente de todo tipo de heresias no pseudo-cristianismo... Hélio]. Suas heresias penetraram na igreja e logo apareceram as versões alexandrinas (católicas)  da Bíblia, as quais foram crescendo, e com Westcott & Hort veio o Texto Grego do Novo Testamento, dando origem às versões modernas, as quais vão aparecendo, cada vez mais esdrúxulas,  não levando a sério a legítima Palavra de Deus. Essas versões são usadas e recomendadas pelos pastores modernos, encarregados de orientar as  novas gerações de crentes, pastores que buscam fama, riqueza e poder, valendo-se da Bíblia para agradar os ouvintes e encher suas igrejas de cristãos imaturos.
     Interessante é que esses pastores  (amigos das novas versões, inclusive da Edição Século 21), condenam veementemente os membros mais conhecedores da Bíblia, que ousem criticar as novidades que vão surgindo dentro da igreja, por conhecerem e amarem a Palavra de Deus, como sendo “os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles”, citando, indevidamente,  Paulo, conforme Romanos 16:17. Pelo visto, agora o Apóstolo Paulo tornou-se o grande amigo dos falsificadores da Palavra santa.
         A novidade mais recente são as edições especiais da Bíblia para todo tipo de gente - desde as crianças até os gays - com o precípuo objetivo de agradar uma determinada classe de leitores  e vender, vender e vender muito.
         Vejam a notícia que recebi via Internet, a qual me deu vontade de pedir que Deus me leve deste mundo, ainda hoje, ou que Jesus volte depressa, pois a igreja organizada está apodrecendo, deixando de ser “coluna e firmeza da verdade” (1 Timóteo 3:15), para se tornar propagandista das versões deturpadas da Palavra de Deus. E como Satanás é “o deus deste mundo”, ele deve estar se deleitando, com tantos ataques à Bíblia, que é a sua maior inimiga, porque prega Jesus Cristo do primeiro (Gênesis 3:15)  ao último livro (Apocalipse 22:20) e, portanto, não lhe dá possibilidade de encher o inferno de almas condenadas.
         Recebi a notícia de um dos meus filhos virtuais, que a retirou do site “Fontes Cristãs”.
Igrejas da Inglaterra decidem "reescrever" os 10 Mandamentos

Apenas10 é um projeto que visa tornar a Bíblia atraente para o público contemporâneo.
As principais regras religiosas de judeus e cristãos foram gravadas em tábuas de pedra por Deus e dadas a Moisés e posteriormente traduzidas para centenas de línguas ao redor do mundo. Porém, para um grupo de mais de 600 igrejas na Grã-Bretanha, elas precisavam ser reescritas, usando uma linguagem e princípios “mais modernos”.
Os “novos 10 mandamentos” foram criados pelo conhecido pastor evangélico inglês J John, e estão sendo elogiados por líderes religiosos por conseguirem se traduzir em “conselhos práticos para congregações modernas”.
Usando uma linguagem simples e curta, intercaladas com gírias, às novas regras foram lançadas em um DVD chamado “Apenas10 para as igrejas”, que visa oferecer orientação aos interessados. O kit com três DVDs e um livreto custa 30 libras . Além de explicar porque mudar as palavras, o material traz uma série de vídeos com pequenos sermões pregados por J John sobre cada um dos mandamentos.
O pastor J John alega que sua versão dos mandamentos permite que “todas as pessoas consigam entender os princípios eternos de Deus sobre como devemos viver”. Ele disse que sua inspiração para escrevê-los foram os distúrbios que ocorreram em várias partes do mundo no ano passado, que geraram um questionamento sobre a maneira como vivemos.
Os novos mandamentos incluem “conheça a Deus” (1°), “pare para respirar fundo” (4°) e “controle sua raiva” (6°). O original “Não furtarás” (8°) tornou-se “prospere com a consciência limpa”, e o longo “não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão” (3°) ficou apenas “leve Deus a sério”.
O décimo mandamento, por exemplo, transformou “Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo” em apenas duas palavras “encontre contentamento”.
“Não adulterarás” (7°) agora é “tenha relacionamentos fiéis”, e ” Honra teu pai e tua mãe”(5°) foi substituído para “viva em paz com os seus pais”.
Ao invés de proibir “imagens”, o pedido é “leve Deus a sério”(2°) e no lugar de coibir o “falso testemunho”, agora é “fale sempre a verdade” (9°).
O reverendo Paul Roberts, 54, da igreja São João Evangelista, fundada em 1210, está entre aqueles que aprovam os novos mandamentos. Ele acredita que “Basicamente, é uma forma de apresentar os Dez Mandamentos e ajudar as pessoas a se conectar com eles de uma forma positiva. Ao invés de vê-los apenas como uma lista de proibições, possam entender que se destinam a ajudar as pessoas a viver como Deus planejou. É algo para o nosso bem”.
Wayne Dulson, 40, ministro da Igreja Batista de Loughton, afirmou: “As pessoas realmente compreenderão os Dez Mandamentos de uma maneira nova. As pessoas passarão a ver estes mandamentos não como um conjunto de regras, mas como um modelo para vivermos de modo que possamos experimentar o melhor de Deus para nossas vidas. As pessoas ficam me dizendo como o ‘Apenas10’ os fez pensar muito mais sobre como eles vivem suas vidas e o quanto eles aprenderam agora sobre os mandamentos, descobrindo coisas que nunca pensaram antes”.
Steve Jenkins, porta-voz da Igreja da Inglaterra, disse apoiar as novas formas de comunicação e acrescentou: “a fé precisa ser ensinada de novo a cada geração”.

         Pelo visto, agora podemos PECAR À VONTADE, porque Deus ficou “bonzinho demais”.

 Mary Schultze, 13/03/2012 – www.marybiblia.com



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