Cristo e o Natal
Dave Hunt
Hoje em dia, o Natal é celebrado do mesmo modo como muitas crenças e práticas do Catolicismo Romano, que sobreviveram à Reforma Protestante. O historiador Will Durant nos diz que o Catolicismo Romano se originou da mistura do paganismo com o Cristianismo, a qual aconteceu sob o governo de Constantino, nos anos 300 d.C. Comentando a “cristianização” do Império Romano, conforme os Reconstrucionistas do grupo COR (Coalizão Sobre o Reavivamento), Jay Grimstead se refere gentilmente aonde esses Reconstrucionistas pretendem chegar:
“O paganismo sobreviveu na forma dos antigos ritos e costumes aceitos... por uma igreja indulgente... estátuas de Ísis e Hórus sendo renomeadas de Maria e Jesus .... A Saturnália (festival de Saturno à celebração do solstício de inverno), incenso, velas, flores, procissões e vestes, que tanto agradavam os antigos pagãos, foram ‘purificados’ e adaptados aos ritos católicos...”
Apesar da origem pagã e da crassa comercialização, nós nos alegramos no tempo do Natal, porque, de algum modo, ele nos traz a recordação do nascimento do Salvador. Infelizmente, os festejos natalinos geralmente têm perpetuado a confusão referente a quem Jesus Cristo é realmente e sobre o que Ele veio concretizar no mundo. Isto não é de surpreender, tendo em visto o falso entendimento que houve, até mesmo entre os Seus próprios discípulos, no primeiro Advento. Maior será a confusão sobre a qual a Bíblia nos adverte que vai acontecer por ocasião de Sua Segunda Vinda. A verdade é que o mundo inteiro - e também milhões de “cristãos” - vão adorar o Anticristo, convencidos de que ele é o verdadeiro Cristo.
As celebrações do Natal nos fazem lembrar que as mesmas errôneas interpretações, que levaram milhões de pessoas a não reconhecerem Cristo, quando Ele veio à Terra, deverão prevalecer em Sua Segunda Vinda. As causas desta confusão feita há 2000 anos, continuam sendo a chave da confusão de hoje, ou seja: qual a verdadeira missão do Messias e qual a natureza do Seu reino? Quando, como e por quem o Seu reino será estabelecido... qual a relação de Israel com a igreja? [N.T. Este último ponto pode ser esclarecido com a leitura de Romanos 10-11]. Muitos cristãos modernos estão cegos, do mesmo modo como estiveram os antigos discípulos de Jesus, os quais O abandonaram, porque Ele não satisfez as suas expectativas messiânicas.
Até mesmo João Batista se desiludiu sobre o que esperava de Cristo, quando enviou os seus discípulos para indagar: “És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?” (Mateus 11:3). Tais dúvidas pareceriam impossíveis em alguém que havia sido enviado por Deus, a fim de ”preparar o caminho do Senhor”. João foi cheio do Espírito Santo, quando ainda estava no sexto mês de concepção e saltou no ventre de sua mãe, quando escutou a voz de Maria, a qual acabara de saber que iria dar à luz o Filho de Deus. Vocacionado e inspirado por Deus para ser o precursor do Messias, João Batista testificou: “E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito, e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo. E eu vi, e tenho testificado que este é o Filho de Deus” (João 1:33-34).
Confiante nesta revelação sobrenatural, João declarou: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29). Mesmo assim, chegou o dia em que João Batista, no desespero da prisão, enviou os seus discípulos para indagar se realmente Jesus era o Messias esperado. Apesar da revelação sobrenatural quanto à identidade de Cristo, João interpretou erroneamente a Sua missão. Ora, os profetas não haviam dito que o Messias iria estabelecer o Seu reino em Jerusalém? Então, por que ele (João), o arauto do Messias, estava agora na prisão? João não conseguia entender que Cristo viera ao mundo para morrer pelos nossos pecados, a fim de que judeus e gentios, unidos numa igreja, pudessem chegar ao Céu. João também não entendeu que haveria uma Segunda Vinda.
O mesmo aconteceu com os discípulos de Cristo, no Jardim do Getsêmane. Admirados, eles viram Aquele que eles imaginavam ser onipotente, agora impotente, ao ser aprisionado, amarrado e levado pelos soldados. Obviamente, Jesus não podia ser o Messias! Os sonhos se desfizeram e eles voltaram à sua vida normal. O mesmo aconteceu aos dois viajantes no Caminho de Emaús, quando Cristo deles se aproximou: “E ele lhes perguntou: Quais? E eles lhe disseram: As que dizem respeito a Jesus Nazareno, que foi homem profeta, poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; e como os principais dos sacerdotes e os nossos príncipes o entregaram à condenação de morte, e o crucificaram. E nós esperávamos que fosse ele o que remisse Israel; mas agora, sobre tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram. É verdade que também algumas mulheres dentre nós nos maravilharam, as quais de madrugada foram ao sepulcro; E, não achando o seu corpo, voltaram, dizendo que também tinham visto uma visão de anjos, que dizem que ele vive. E alguns dos que estavam conosco foram ao sepulcro, e acharam ser assim como as mulheres haviam dito; porém, a ele não o viram”. (Lucas 24:19-24).
A morte de Cristo, conforme nós a reconhecemos hoje, é o exato coração do Evangelho e sem ela não teríamos vida eterna. Sua morte convenceu os Seus contemporâneos de que Ele não era o Messias, o Salvador do mundo, conforme lemos em Mateus 27:40-44, com ênfase no verso 42: “Salvou os outros, e a si mesmo não pode salvar-se. Se é o Rei de Israel, desça agora da cruz, e crê-lo-emos”. Foi este o desrespeitoso desafio da multidão sequiosa de sangue e dos líderes religiosos, que se encontravam ao pé da cruz, e também do ladrão impenitente crucificado ao lado de Jesus.
Quem Cristo veio salvar, do que, para que e como, nada disso foi compreendido, naquele tempo, por pessoa alguma, nem mesmo pelos Seus próprios discípulos. Quando Ele tentou explicar que deveria morrer pelos pecados dos homens, Pedro O censurou por ser tão “negativo”: “Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso”. (Mateus 16:22). Contudo, momentos antes, Pedro havia declarado: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”... “E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus’. (Mateus 16:16-17). Obviamente, Pedro não entendeu a missão de Cristo, mesmo sabendo Quem Ele era. E a repreensão de Cristo a Pedro demonstra a importância que Ele dava à Sua missão: “Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens” (verso 23).
Isto mesmo aconteceu aos de Jerusalém. (João 2:23-25), os quais creram em Jesus, viram os Seus milagres e acreditavam ser Ele o Messias, “mas Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia” (verso 24) e sabia que eles não iriam aceitar a verdade. O mesmo erro podemos constatar em João 6, quando o povo, após ter sido alimentado, quis arrebatar Jesus para fazê-Lo Rei (verso 15). Havia muitos que se consideravam Seus discípulos (os mesmos que hoje se autodenominam cristãos), porém tinham uma falsa visão da missão de Jesus e quando Ele tentou explicar-lhes a verdade, eles não quiseram escutá-Lo e O abandonaram (João 6:66).
Sabemos como Cristo lidava com as multidões que desejavam segui-Lo. Deveríamos fazer o mesmo. Muitos se apresentavam dizendo a Jesus que criam nEle e que desejavam segui-Lo fielmente. Ao contrário dos métodos de hoje, Cristo não exigia que os Seus discípulos se filiassem a uma organização, que fizessem parte de um coral ou comitê, que fossem ativos no trabalho da igreja, mas que se arrependessem (mudando suas mentes). E aos que se mostravam ansiosos por segui-Lo, Ele diria o seguinte: “Tem certeza de que deseja me seguir?” Quanto “negativismo”, hem? E lhes diria mais: “Estou indo para um monte chamado Calvário, em Jerusalém, onde vão me pregar numa cruz. Então se você quiser Me acompanhar, precisa se arrepender, tomar a sua cruz, agora mesmo e Me seguir, porque é para lá que Eu estou indo.”
Hoje em dia, somos por demais sofisticados para pregar o Evangelho em termos negativos. Estudamos motivação ao sucesso, Psicologia, fazemos o curso de Dale Carnegie: “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas”, técnicas que consideramos ideais para “ganhar pessoas para Cristo”. Desse modo, vamos enchendo as igrejas com multidões imaginando que a missão de Cristo foi simplesmente fazer com que nos sintamos bem conosco, edificando a nossa autoestima, com Ele respondendo nossas orações egoístas e cumprindo nossa agenda autocentrada.
Os Reconstrucionistas, os Dominionistas e os do Reino Agora estão mais confusos do que João Batista, praticando um erro semelhante. Eles se recusam a sofrer a rejeição de Cristo, a suportar a vergonha da cruz, porque isto seria “derrotismo”. Imaginam que já estamos vivendo no Reino Milenial e que devemos agir como “filhos do Rei”. Que a nossa tarefa é estabelecer domínio sobre todas as doenças e até mesmo sobre a morte... tudo isso devendo ser realizado pela igreja, antes do retorno de Cristo.
Isto soa muito positivo e ecumênico. Os lobistas “cristãos” desejam trabalhar com os “moones”, os mórmons, enfim, com todos os que estiverem desejosos de trazer de volta os valores cristãos às nações. E, nesta época de Natal, mais uma vez podemos exibir publicamente uma cruz e um berço, numa questão de honra - como um denominador comum no acordo ecumênico.
Em defesa desta tolice, os líderes cristãos defendem a validade de todos os que dizem“Jesus Cristo é o Senhor”. Parece que esqueceram as palavras de Cristo, conforme Mateus 7:22-23: “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade”. Muitos, como os mórmons e os católicos (para não mencionar os batistas, luteranos, presbiterianos e metodistas) que chamam Jesus de “SENHOR”, nem por isso são salvos!
Em 17/10/1989, Paul e Jan Crouch recepcionaram com boas vindas em seu programa de TV - “Praise the Lord” - dois padres e uma líder católica. Crouch exibiu sua ingenuidade e inacreditável ignorância teológica, ao afirmar que “as diferenças entre protestantes e católicos eram apenas uma questão de semântica”. Em sua ânsia de aceitar a transubstanciação (Esta é uma heresia tão grande que levou milhares de cristãos verdadeiros, os quais a negaram, à morte na estaca), Crouch declarou: “Bem, nós (protestantes) cremos nas mesmas coisas. Portanto, uma coisa que nos dividiu por tanto tempo (a Transubstanciação) não deveria ter-nos dividido, porque entendemos a mesma coisa, apenas com uma pequena diferença... Estou erradicando do meu vocabulário a palavra “protestante”, pois já não estou protestando contra coisa alguma... É tempo de os católicos e não católicos se unirem em um só Espírito e serem um com o Senhor”.
Ora, os católicos seguem um evangelho diferente - o da salvação pelas obras e rituais, através da mediação da igreja. [N. T. - Nós, protestantes, seguimos este Evangelho:“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1 Timóteo 2:5) e: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie”, o que redunda em enorme diferença.(Efésios 2:8-9)].
O Natal, com a sua ênfase sobre o “Menino Jesus”, tende a perpetuar outra grave heresia católica: a da subserviência de Cristo à Sua mãe. Esta é uma heresia que a ICAR tem promovido, deliberadamente, durante séculos. Certamente, Maria deve ser honrada por ter sido a mãe do Salvador. Mas ela não é “Co-Mediadora” nem “Co-Redentora”, conforme o ensino romanista. Nas catedrais católicas, pelo mundo a fora, é fácil observar as pinturas, as estátuas e os vitrais que dão a Maria um papel predominante. Muitas vezes, ela é mostrada até mesmo sobre a cruz, como a nossa Redentora. Jesus é mostrado como um infante indefeso nos braços da mãe, ou uma criancinha em seu colo, quando não, como uma vítima falecida em seus braços maternos. Maria nunca é apresentada ali como submissa ao Filho e quando, raramente, isto acontece, Cristo não é apresentado no triunfo de Sua Ressurreição, enquanto Maria é sempre apresentada como a “Rainha dos Céus”. Assim, Cristo continua sendo o menino submisso à direção de Sua mãe.
Típico deste engodo é um vitral observado na janela de uma igreja na França. Sobre a mesma está escrito: “O Purgatório”. Ali, Maria e Jesus são mostrados sobre uma nuvem (representando o Céu), com almas atormentadas nas chamas do Purgatório, na parte inferior, tendo os braços estendidos, clamando por socorro. Por acaso, elas estão implorando a ajuda de Cristo? Não, elas estão suplicando a ajuda de Maria, a qual está usando uma coroa real. Enquanto isso, Jesus, o Senhor da Glória, que triunfou na cruz contra Satanás e agora está assentado à destra do Pai, é apresentado como um menino de sete anos de idade, sobre os joelhos da “Rainha dos Céus”. Por isso, não é de admirar que as almas do “Purgatório” peçam ajuda a Maria e não ao Filho. E na parte inferior desta abominação, estão as palavras: “Mãe Maria, salva-nos!”.
Esta heresia não se originou na imaginação dos artistas, mas na tradição e nos dogmas da ICAR, sendo não apenas tolerada, como até promovida pela igreja. O temor do mitológico Purgatório é real para os católicos, porém Maria garante um escape aos seus devotos. Supostamente, ela teria aparecido a S. Simão Stock, no dia 16/07/1251, para lhe dar o que ficou conhecido como “A Grande Promessa”: ”Qualquer pessoa que morrer usando o escapulário não sofrerá no fogo eterno”. (O escapulário é uma peça de tecido marrom, contendo a promessa de Maria, num lado, e no outro, sua imagem segurando o “Menino Jesus”, a qual deve ficar pendurada no pescoço do fiel). Como as roupas mágicas dos mórmons, o escapulário dos católicos suprirá, supostamente, o que a morte e a ressurreição de Cristo não conseguiu [segundo eles] fazer. Em 1322, o Papa João XXII recebeu mais uma promessa conhecida como “O Privilégio Sabatino”: “Eu, a Mãe da Graça, descerei cada sábado, após a morte do meu devoto (ou seja, de quem usou o escapulário), a fim de libertá-lo”. A oração de Simão Stock termina assim: “Doce Coração de Maria, sede a nossa salvação!” [N.T. - Cada blasfêmia da ICAR,/ que ela chama de ‘oração’, / Jesus não vai escutar / pois só merecem um não!]
O Natal oferece uma rara oportunidade de compartilhar o verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo, a fim de denunciar e corrigir o confuso quadro ecumênico que tem sido apresentado ao mundo. Milhões de pessoas têm sido seduzidas, imaginando-se “cristãs”, pelo simples fato de experimentarem um sentimento piedoso em relação ao “Menino Jesus”. [N.T.- Este “menino” criado pela nebulosa tradição católica não tem poder algum para salvar]. Devemos nos lembrar do que Cristo falou, conforme João 8:31-32: “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. As palavras de Jesus estão registradas na Bíblia e não nas tradições religiosas. A Palavra de Deus é a única verdade na qual devemos confiar e, por isso, somos convocados a divulgá-la com clareza e poder.
Nota Importante:
Nos últimos dias deste ano de 2010, tomei a decisão de traduzir algumas cartas antigas de um dos meus autores cristãos mais queridos - Dave Hunt.
Suas mensagens, escritas há vinte anos, continuam atualíssimas, tendo em vista que este autor cristão especializou-se na profecia bíblica e temos visto acontecer muitas coisas, conforme sua visão escatológica.
Suas mensagens não perderam a importância para a Igreja atual, porque a Palavra de Deus é eterna e infalível, permanecendo para sempre no coração de quem ama os Seus ensinamentos. Como aconteceu há dois mil anos, o objetivo da missão de Cristo e do Reino de Deus continua sendo mal compreendido pelos que não conhecem as profecias bíblicas.
Quase todos os movimentos que se autodenominam “cristãos bíblicos” têm falhado, pregando o reinado físico de Cristo na Terra, antes do Seu retorno. Estes são os chamados Dominionistas ou Reconstrucionistas, os quais desejam ver o crescimento e enriquecimento da igreja, para que esta domine, eclesiástica e politicamente, o mundo inteiro.
Desde o tempo em que Dave Hunt escreveu este artigo (1989) os proponentes do“Reino Aqui e Agora” têm crescido exponencialmente em número e influência, conforme o Irmão Hunt tem escrito, ao longo de mais de vinte anos.
Um dos seus últimos textos “A Ilusão Temporal III” está programado para Janeiro de 2011. Aguardem esta preciosidade...
Embora Dave esteja, a maior parte do tempo, afastado do ministério, pela idade e por causa de um problema de saúde, devemos agradecer a Deus pelo privilégio de conseguir na Internet, no original, os tesouros que ele tem escrito durante tantos anos, para traduzir e apresentar aos leitores este tesouro, numa base contínua.
Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo deu a Dave, graciosamente, tremendos “insights”, usando-o como um dos Seus modernos atalaias, com relação às tendências e assuntos que continuam a prejudicar a missão de Sua igreja, nos dias de hoje. A Deus seja dada toda a honra e toda a glória... E a Dave Hunt, o descanso eterno, nos braços do Senhor, quando Ele o convocar à mansão celestial, que para este santo de Jesus já está preparada.
Texto de Dave Hunt - “Christ and Christmas”.
Traduzido e adaptado por Mary Schultze, em 25/12/2010.
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