“Jesus sempre tem muitos que amam o Reino celestial, mas poucos que suportam a cruz (...) Muitos o amam, contanto que não encontrem nenhuma adversidade; muitos o louvam e o bendizem, contanto que tenham alguma de suas bênçãos”.Tomás de Kempis (1380 – 1471) Queridos (as) Leitores (as), querem saber qual uma das maiores enrolações dos últimos tempos? A chamada Teologia da Prosperidade. O quê vem a ser isso? A Teologia da Prosperidade, doutrina muito ultimamente por um grande número de igrejas defende que “O Povo de Deus tem de ser o povo mais feliz da terra”, que devemos “mentalizar o sucesso” e “programar a mente para o sucesso”. Manda que abandonemos a “mentalidade de fracos e lamurientos” e a “mentalidade da pobreza” para, no seu lugar, “colocarmos a mentalidade da prosperidade”. A nossa meta, de acordo com os livros desses pregadores de meia-pataca é que “temos que ter o melhor que a vida pode oferecer”. Os fiéis, ou os leitores, são aconselhados a desenvolver uma imagem de vitória, sucesso, saúde, abundância, alegria, paz e felicidade, pois então nada na terra poderá tirar essas coisas deles. Outra tolice que os defensores desse tipo de teologia propagam é a de que Deus quer nos abençoar se tão-somente tivermos fé. O fundamental sai dos assuntos espirituais do pecado e salvação para se concentrar somente nos assuntos materiais das bênçãos e prosperidade. Para eles, o problema não é o pecado, mas a baixa auto-estima e pensamento negativo. A meta não é a salvação, mas o sucesso. Segundo eles, se tivermos opinião mais elevada de nós mesmos e enchermos a mente com pensamentos positivos, moldaremos um futuro mais próspero que será abençoado por Deus. Os discípulos de Jesus devem sentir-se confortáveis no mundo e esperar bênçãos de Deus. Chegam a dizer que em certos aspectos eles devem exigir tais bênçãos. Para a Teologia da Prosperidade Deus se torna uma espécie de Papai Noel cósmico que existe para nos abençoar, se tão-somente crermos que assim Ele fará. Os assuntos de significação eterna estão descartados em prol das considerações de felicidade temporal. A atitude “O que eu ganho com isso?” está impregnada na Teologia da Prosperidade. Penso que Jesus ficaria horrorizado em ver tal mentalidade. Na década de 70, a clássica canção de Keith Green intitulada “Asleep in the Light” (Dormindo na Luz) censura a igreja por seu egocentrismo: “Bless me, Lord, bless me, Lord, You know, it’s all I ever hear” (“Deus, me abençoe, Deus, me abençoe”, É só o que ouço). E Green repreende os fiéis que querem receber todos os benefícios de Cristo e vão descansar para esbaldarem-se neles sem trabalhar em prol do Reino de Deus. Sempre que ouço alguém dizer que Deus deseja que sejamos felizes e prósperos, não posso deixar de pensar: Diga isso aos mártires. Pensemos um pouco nas pessoas ao longo da história da igreja que perderam tudo o que possuíam por causa da fé. Eles perderam a família, puseram a saúde em perigo e sofreram todo tipo de sofrimentos. Veja como o autor da Carta aos Hebreus cataloga os grandes santos do Antigo Testamento: “Uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição; e outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos a fio de espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra” (Hebreus 11.35b-38). Fico imaginando quantos que dizem que crêem considerariam tais experiências como bênçãos de Deus! Escrito por Wagner Carvalho |
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