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sábado, 26 de dezembro de 2009

Dogmas da Imaculada Conceição e da Assunção de Maria


Dogmas da Imaculada Conceição
e da Assunção de Maria

Muita gente me pergunta o que significa Dogma da Imaculada Conceição, celebrado no dia 08 de dezembro, que é exatamente a data do meu aniversário... Então, vou explicar a origem deste e de outro dogma – o da Assunção de Maria.
 Antes de promulgar o Dogma da Infalibilidade Papal (1870),  Pio IX  já havia proclamado um dogma católico - o da Imaculada Conceição de Maria, em 08/12/1854. Provavelmente apenas 1% dos Católicos sabe realmente  o que significa este dogma. A maioria pensa que se trata da concepção imaculada de Jesus e não de Maria. Pio IX declarou que “no momento de sua concepção, Maria foi preservada de toda mancha do pecado original...”. Esta declaração se choca terminantemente com diversos versículos bíblicos, como por exemplo: Romanos 3:23; Romanos 3:9 e muitos outros. A Bíblia diz que   um abismo chama outro abismo” (Salmos 42:7). Após o dogma da Imaculada Conceição,o palco foi montado para que, 120 anos mais tarde, fosse proclamado, por Pio XII (grande amigo e protetor de Adolfo Hitler),  Dogma da Assunção de Maria.  Ao proclamar este dogma, o papa foi de encontro a quase todos os teólogos do século 13, inclusive Tomás de Aquino, um dos mais famosos doutores do Catolicismo. 
A Tradição Católica embasada nos falsos “Decretos de Isidoro”,  como se fossem do século 6, trazem a afirmação de que Agostinho, Bispo de Hipona, havia escrito sobre a Assunção de Maria.  Este dogma também não tem suporte algum na  Arqueologia. O documento mais provável para a  sua elaboração foi o do herege ebionita Leucius com o título de “Dormitio Maria”.Conforme este documento, Maria residia em Jerusalém e na véspera de sua morte recebeu, no Monte das Oliveiras, por intermédio do “Grande Anjo”, uma visão de que iria para o céu. Foi para casa, lavou-se purificando o corpo e as vestes, à medida em que ia recitando uma oração pedindo proteção contra os estratagemas dos poderes diabólicos, durante a sua jornada pelo Cosmos. Em seguida os apóstolos chegaram de várias partes do mundo. Maria então fez-lhes uma preleção sobre a batalha que se travaria entre as forças do mal e do bem, ambas desejando o  seu corpo, que seria entregue ao vencedor.  (Isso mostra que ela não tinha a menor certeza da salvação, o que seria inadmissível a uma verdadeira discípula de Jesus Cristo).  No caso de Maria ela foi protegida por Jesus e Gabriel e seu corpo foi levado ao Vale do Cedrom, onde permaneceu por três dias muito bem guardado contra os poderes malignos e contra os judeus incrédulos. Foi aí que chegou o apóstolo Paulo, querendo aprender mais com os apóstolos ali reunidos, ao que Pedro se opôs terminantemente. Então Cristo, Miguel e Gabriel levaram o corpo de Maria para o céu numa linda carruagem... (“The Mith of Mary”, ps. 57-59).
Se entendemos bem,  Maria foi levada ao céu com vida, pois no céu não pode entrar coisa contaminada (cadáver); portanto, isso mostra que ela ressuscitou.  Entretanto Paulo nos ensina que todos os crentes terão de aguardar a ressurreição, ao soar da trombeta (1 Coríntios 15:52).   César Vidal faz este relato em seu livro já mencionado. Em seguida ele aponta as heresias contidas neste conto-do-vigário: 1) - Jesus não é Deus, mas apenas um anjo como Miguel e Gabriel. 2) - Paulo não é considerado apóstolo, mas um simples aprendiz. 3) -  salvação não é somente  pela fé em Cristo, pois carece de uma série de regras, como abluções e orações. Depois vem a luta pelo cadáver,  a fim de que seja decidido o seu destino final. A Bíblia afirma o contrário em Filipenses 1:21-23; Romanos 5:1, e outros.
De acordo com alguns Pais da Igreja e a Arqueologia, o túmulo de Maria foi localizado no Ribeiro do Cedrom, no Vale de Josafá,  ao lado do Monte das Oliveiras. Seu corpo não subiu ao céu, mas foi sepultado e ali permaneceu. Seu túmulo teria sido preservado intacto até a chegada  dos exércitos rebeldes de Teodósio I (379-395). Talvez por causa do sumiço do corpo e do aumento da mariolatria,  a partir do século 12 a cristandade começou a cogitar da Assunção de Maria. A História afirma que os cruzados reconstruíram sua tumba em Jerusalém,  em 1130. Mas foram os próprios cruzados que levaram os mitos de Maria para o Ocidente. As lendas pagãs foram se fundindo com os mitos do Cristianismo medieval e alguns séculos depois a receita estava pronta para ser entregue à credulidade cristandade católica. O povo sempre foi dado a crer em lendas e superstições e a Igreja encontra nos corações famintos de amor e de salvação o terreno ideal para implantar todo tipo de baboseira religiosa oriunda dos mitos e lendas do paganismo.
Os Católicos que estão lendo a Bíblia com amor e reverência provavelmente em breve irão ficar livres da escravidão católica romana e se voltarão para o puro evangelho do Senhor Jesus Cristo, o que seria a primeira conseqüência realmente positiva do Concílio Vaticano II. Infelizmente, porém, esses Católicos que agora lêem a Bíblia estão entrando pela porta larga do neopentecostalismo, onde os batuques de rock e as práticas de culto tomam o lugar da leitura e comentário da Palavra de Deus. A religiosidade tipo “self-service”, onde todos se servem à sua maneira e ao seu gosto, está substituindo a verdadeira espiritualidade. E assim poucos Carismáticos terão possibilidade de descobrir que a co-redenção de Maria não passa de um mito, e continuarão adorando a Deusa do Terceiro Milênio.    Se eles tentassem pesquisar a origem de cada doutrina católica, iriam descobrir que das 40 doutrinas principais, nada menos de 37 são heréticas, todas elas embasadas na Tradição forjada para explicar tais doutrinas. O livro “Por Amor aos Católicos Romanos”, de Rick Jones, e  “Resposta aos Amigos Católicos”, de Thomas F. Heinze (ambos editados pela Chick Publications, Califórnia, e por mim traduzidos),  ensinam com amor tudo que precisamos saber sobre este assunto. Com a Bíblia (católica) de um  lado e estes dois livros do outro, as doutrinas católicas poderão ser lidas e confrontadas, a fim de que se chegue à verdadeira doutrina bíblica. Infelizmente, porém, os Católicos são ensinados a crer que a Bíblia não é perfeita nem completa, mas precisa da Tradição e do Magistério para dar uma salvação perfeita através da Igreja Católica. Entretanto, quem lê a Bíblia descobre toda a verdade e fica liberto da mentira religiosa, que desgraça os Católicos e os leva  para o lago de fogo eterno.
Além destes dois dogmas, houve mais uma proclamação feita em 1964, pelo Papa Paulo VI, de “Maria, Mãe da Igreja”.

Mary Schultze, 06/12/2009.
Capítulo 8 do meu livro "A Deusa do Terceiro Milênio"

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